domingo, 1 de maio de 2011

Pinga Fogo...

Leia a Pinga-Fogo de domingo:

Publicado em 01/05/2011, Às 10:26

De olhos bem abertos

Não precisa ser especialista. Tampouco estar entre os que conspiram contra o governo da presidente Dilma Rousseff. Em atividades simples do dia a dia se percebe: a inflação sobe. E na capital do Poder, Brasília, não se fala de outro assunto como registra o deputado do PMDB de oposição, Raul Henry (veja abaixo). Mas poderia muito bem ser anotado por um governista. A inflação cresce sim, trazendo o temor de que tudo que foi construído na economia do País nos anos 90 pode ir por água abaixo. Em termos econômicos e sociais.

O sentimento geral é o de que a inflação deve bater a barreira do 7% a partir de julho. Voltamos a conviver com um problema antigo. O nosso trauma de uma inflação de 40 anos que marca a história do Brasil. Não se pode levianamente dizer que o governo não está atento.

Ao reativar o conselhão na semana passada, a presidente Dilma Rousseff colocou o controle da inflação em pé de igualdade com o crescimento econômico. Foi aplaudida. Mas por enquanto é discurso. Precisa mostrar na prática disposição e coragem de abrir mão da popularidade do governo para enfrentar o dragão. Afinal, o êxito ou fracasso de seu governo depende da presidente habilmente saber a hora de agir.

“Subestimar é um erro grave

O deputado federal Raul Henry (foto) conta que não se fala de outro assunto nas rodas de Brasília que não seja o fantasma da inflação. “Isso é ameaçador ao País. Foi a estabilidade econômica que permitiu a inclusão de milhões de brasileiros. Subestimar a inflação é um erro gravíssimo. É preciso adotar o rigor necessário da política fiscal com corte de gastos e aumento de juros, infelizmente”.

Mais poderes…

Está em análise na comissão de Constituição e Justiça do Senado um projeto de lei que autoriza o cidadão a propor mudanças na Constituição Federal. Atualmente, só as leis comuns podem ser criadas por iniciativa popular.

…para o cidadão

O projeto é do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e prevê menos burocracia na elaboração de leis de iniciativa popular. Hoje são exigidas 1,3 milhão de assinaturas enquanto que para criar um partido bastam 490 mil.