Em suma: duas enganações com pretexto de luta contra o racismo. Embroma Obama, embroma Benedita. É tudo muito feio. Sempre que leio notícias assim, recordo A Hora e a Vez de Augusto Matraga : "Jesus, manso e humilde de coração, fazei meu coração semelhante ao Vosso". Mas tenho esperança de que um dia, a gente brasileira deixará de ser apenas cordeiro que alimenta lobos e gritará na direção dos falsos crentes (incluindo alguns bispos e bispas) : "Eu vou pro céu nem que seja a porrete!". E porrete neles!
RR
Primeira governadora negra do Brasil vai encontrar Obama
Primeira governadora negra do Brasil, a atual secretária de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro, Benedita da Silva, viaja nesta terça-feira para os Estados Unidos, para participar, junto a representantes de 180 países, de um café da manhã com o presidente americano Barack Obama, nesta quinta-feira (5), em um hotel de Washington.
| Efe/Folha Imagem |
| Benedita da Silva vai participar de encontro com Obama e representantes de 180 países |
"Há muitos anos trabalho com o Congresso dos Estados Unidos em políticas sociais e raciais e já fui muitas vezes lá", disse a secretária. "Deus me deu esta oportunidade e estou indo muito feliz da vida. Vou aproveitar para discutir nossos projetos com os congressistas americanos e conhecer as ações de inclusão social deles que deram resultados positivos."
Ela disse que vai participar ainda de palestras, debates e outras atividades.
Benedita da Silva se disse muito feliz com a possibilidade de cumprimentar e parabenizar Obama pela vitória nas eleições americanas. Líder comunitária no início da carreira e militante do movimento negro, ela já foi vereadora, deputada federal, senadora e governadora do Rio de Janeiro. Ela era vice de Anthony Garotinho e assumiu no fim do governo, em 2002, quando ele deixou o governo para concorrer à Presidência. A mulher de Garotinho, Rosinha Matheus, derrotou Benedita da Silva na disputa pelo governo estadual no mesmo ano.
Ela também foi ministra de Assistência Social no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, mas foi demitida durante uma reforma ministerial, em janeiro de 2004, depois da revelação de que usou recursos públicos para ir e levar assessoras para eventos religiosos em outros países --como Portugal e Argentina. Ela devolveu o dinheiro, mas caiu meses depois.