
15/10/2011 - 10h14 / Atualizada 15/10/2011 - 11h45
Orlando Silva recebeu propina na garagem do Ministério do Esporte, aponta reportagem da "Veja"
Do UOL NotíciasEm São Paulo
-                Reportagem da "Veja" acusa Orlando Silva de receber propina na garagem do Ministério do Esporte 
  Em reportagem de capa deste sábado (15), a "Veja" aponta que o atual  ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB) --à frente da pasta desde  2006-- recebeu propina na garagem do ministério em Brasília. Segundo a  revista, que entrevistou o policial militar João Dias Ferreira, preso no  ano passado acusado de fazer parte de um esquema supostamente  organizado pelo partido comunista para desviar dinheiro público usando  ONGs como fachada, Silva recebeu o dinheiro das mãos de uma espécie de  faz-tudo do esquema, Célio Soares Pereira.
 
 No ano passado, a polícia de Brasília prendeu cinco pessoas acusadas de  desviar dinheiro de um programa criado pelo governo federal para  incentivar crianças carentes a praticar atividades esportivas --o  Segundo Tempo. O grupo era acusado de receber recursos do Ministério do  Esporte através de ONGs e embolsar parte do dinheiro.
 
 O PM contou à "Veja" que o esquema pode ter desviado mais de R$ 40  milhões nos últimos oito anos. "As ONGs, segundo ele, só recebiam os  recursos mediante o pagamento de uma taxa previamente negociada que  podia chegar a 20% do valor dos convênios. O partido indicava desde os  fornecedores até pessoas encarregadas de arrumar notas fiscais frias  para justificar despesas fictícias", diz a reportagem.
 
 Ainda na entrevista à revista, o policial afirma que, na gestão de  Agnelo Queiroz no Ministério do Esporte (antecessor de Silva), o Segundo  Tempo já funcionava como fonte do caixa dois do PCdoB --e que o gerente  do esquema era o atual ministro Orlando Silva, então secretário  executivo da pasta.
 
 O ministro do Esporte está em Guadalajara, no México, onde participou  nesta sexta (14) da abertura dos Jogos Pan-Americanos 2011 e hoje  participará de uma reunião com ministros de Esporte do Mercosul. No  Ministério do Esporte, em Brasília, não há expediente neste sábado,  portanto ninguém respondeu as acusações da revista.
Ministros acusados
  Nos 10 primeiros meses do governo Dilma, cinco ministros caíram, sendo  quatro por conta de suspeitas de corrupção. Os peemedebistas Pedro Novais (ex-Turismo), Nelson Jobim (ex-Defesa) e Wagner Rossi (ex-Agricultura), Alfredo Nascimento (ex-Transportes), do PR e o petista Antonio Palocci (ex-Casa Civil) fecham a lista.
 
 A exceção à regra foi o caso de Nelson Jobim, que saiu, não por  suspeita de envolvimento em corrupção, mas por uma série de declarações e  críticas aos seus colegas de governo.
Entenda as acusações contra os ministérios
  Reportagem do dia 15 de outubro da revista "Veja" aponta que o atual  ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB) --à frente da pasta desde  2006-- recebeu propina na garagem do ministério em Brasília. Segundo a  revista, que entrevistou o policial militar João Dias Ferreira, preso no  ano passado acusado de fazer parte de um esquema supostamente  organizado pelo partido comunista para desviar dinheiro público usando  ONGs como fachada, Silva recebeu o dinheiro das mãos de uma espécie de  faz-tudo do esquema, Célio Soares Pereira.
 
 No ano passado, a  polícia de Brasília prendeu cinco pessoas acusadas de desviar dinheiro  de um programa criado pelo governo federal para incentivar crianças  carentes a praticar atividades esportivas --o Segundo Tempo. O grupo era  acusado de receber recursos do Ministério do Esporte através de ONGs e  embolsar parte do dinheiro.
 
 O PM contou à "Veja" que o esquema  pode ter desviado mais de R$ 40 milhões nos últimos oito anos. "As ONGs,  segundo ele, só recebiam os recursos mediante o pagamento de uma taxa  previamente negociada que podia chegar a 20% do valor dos convênios. O  partido indicava desde os fornecedores até pessoas encarregadas de  arrumar notas fiscais frias para justificar despesas fictícias", diz a  reportagem.
 
 Ainda na entrevista à revista, o policial afirma  que, na gestão de Agnelo Queiroz no Ministério do Esporte (antecessor de  Silva), o Segundo Tempo já funcionava como fonte do caixa dois do PCdoB  --e que o gerente do esquema era o atual ministro Orlando Silva, então  secretário executivo da pasta.