sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

É melhor ir as fontes e não aos jornalões brasileiros que falam em "partidários de Mubaraki" quando deveriam dizer "os tonton macoute" do ditador.

http://english.aljazeera.net/




[QODLink]
Egypt holds 'Day of Departure'
Hundreds of thousands flood Tahrir Square for largely peaceful 'Day of Departure' protest against President Mubarak.
Last Modified: 04 Feb 2011 20:33 GMT

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011




Estado, por sugestão do Blog República de Itapeva.

Marca do atraso político

O Estado de S. Paulo - 03/02/2011

A tranquila recondução de José Sarney à presidência do Senado Federal, para mais um mandato de dois anos - o quarto -, pode parecer um saudável sintoma da estabilidade política de que o País necessita para evoluir na consolidação das instituições republicanas e do desenvolvimento econômico e social. Na verdade, é uma garantia de tranquilidade para o governo, que continuará dispondo, no comando da Câmara Alta, de um aliado exigente em termos de contrapartidas, mas subservientemente fiel e prestativo. A recondução de Sarney à presidência do Senado é uma marca do atraso político que o Brasil não consegue superar. É o tributo que a Nação é obrigada a pagar, em nome de uma concepção falsificada de governabilidade, ao mais legítimo representante das oligarquias retrógradas que dominam e infelicitam as regiões mais pobres do País. Democracia e oligarquia são incompatíveis entre si. Um oligarca como José Sarney, portanto, é incompatível com a democracia, da qual só lhe interessa o sistema eleitoral que manipula sem constrangimento para se perpetuar no poder.

José Sarney está no poder, quase que ininterruptamente, há mais de meio século. Pelo menos desde o golpe militar de 1964, quando se elegeu governador do Maranhão, com o apoio do presidente Castelo Branco, e depois senador desse Estado por dois mandatos consecutivos. Presidiu a Arena, depois PDS, e em 1985, quando pressentiu a irreversibilidade do processo de redemocratização do País, em troca da candidatura a vice-presidente, coliderou a dissensão que resultou na eleição do oposicionista Tancredo Neves. Com a morte deste, a Presidência da República caiu-lhe no colo.

Depois de um mandato que registrou seguidas crises econômicas, o estouro da inflação e uma controvertida moratória, Sarney criou condições para que o País se encantasse com um "caçador de marajás", na eleição presidencial de 1989. Isso acabou lhe custando um breve período - os dois anos e sete meses de Fernando Collor na Presidência - distante do poder. Mas logo em seguida, já em fins de 1992, com Itamar Franco na Presidência, o senador Sarney estava novamente na situação.

Paralelamente, o clã Sarney consolidava seu poderio econômico, com um complexo de negócios cuja face mais visível é o Sistema Mirante de Comunicação, o maior grupo privado de comunicação do Maranhão, proprietário de emissoras de televisão e de rádio e do diário O Estado do Maranhão.

Mas a completa simbiose do senador maranhense eleito pelo Amapá com o Poder Central ocorreu a partir da chegada do lulo-petismo ao Palácio do Planalto. Imune a pruridos éticos, Lula não demorou em transformar aquele que fora um dos alvos preferenciais de seus ataques, quando na oposição, em um aliado indispensável. O primeiro grande serviço prestado pelo senador ao novo amigo ocorreu quando estourou o escândalo do mensalão e Sarney ajudou a convencer a oposição de que Lula deveria ser preservado. A recompensa veio em 2009, quando Sarney ocupava pela terceira vez a presidência do Senado e estourou uma série de escândalos na administração da Casa. Foram, então, apresentados 11 pedidos de cassação de seu mandato à Comissão de Ética do Senado. Lula acionou sua tropa de choque e dessa vez o preservado foi Sarney.

A essa altura até a mídia internacional já se tinha dado conta do que representava o homem forte do governo Lula. Logo após sua terceira eleição para a presidência da Câmara Alta, em 2009, Sarney foi o protagonista de ampla reportagem da revista inglesa The Economist. Sob o título Onde os dinossauros ainda vagam, a matéria assinada pelo jornalista John Prideaux classificava o evento como uma "vitória do semifeudalismo".

Inabalável, o eterno governista disse que fará mais um "sacrifício pessoal", ficando mais dois anos na presidência do Senado. Como se não tivesse sido o principal personagem do escândalo dos "atos secretos", afirmou, ainda impávido, que "a ética, para mim, não tem sido só palavras, mas exemplo de vida inteira". Só se emocionou, chegando às lágrimas, quando lembrou que este será o seu último mandato legislativo.

Corriere dela Sera. Recomenda-se ver o vídeo choc. O canalhas da polícia ditatorial mostram TODA SUA COVARDIA.

A economia vai bem, repetem os papagaios ("economistas", "cientistas políticos", etc) de rabo preso com o governo. Vai bem...mal!

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Concorrência com a China faz 67% dos exportadores perderem clientes

Segundo sondagem da CNI, setores de material eletrônico de comunicação, têxteis, equipamentos hospitalares e de precisão, calçados, máquinas e equipamentos são os mais afetados

03 de fevereiro de 2011 |
Eduardo Rodrigues, da Agência Estado

BRASÍLIA - O impacto da concorrência com a China na indústria brasileira é tão significativo que 67% das empresas exportadoras brasileiras, que competem com produtos chineses, perdem clientes e 4% deixou de exportar, de acordo com Sondagem Especial, divulgada nesta quinta-feira, 3, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Além disso, 45% das empresas que competem com a China perderam participação no mercado doméstico brasileiro. De acordo com a Sondagem, a presença da China é mais intensa em seis setores industriais, onde pelo menos metade das empresas afirmaram que concorrem com similares chineses. É o caso dos setores de material eletrônico de comunicação, têxteis, equipamentos hospitalares e de precisão, calçados, máquinas e equipamentos, além do setor que a CNI classifica como "indústrias diversas".

No geral, 52% das empresas exportadoras brasileiras competem com a China em outros mercados. No entanto, 21% das companhias consultadas registram importação de matéria prima chinesa, denotando, segundo a CNI, um aumento da penetração do país asiático na cadeia produtiva brasileira. Além disso, 32% dessas empresas pretendem aumentar as compras de insumos do gigante asiático.

De acordo com a sondagem, 50% das indústrias brasileiras já definiram estratégias para enfrentar a competição com os produtos chineses. A principal alternativa é o investimento em qualidade e design dos produtos. Ainda assim, 10% das grandes empresas brasileiras já produzem com fábrica própria na China, como resposta à concorrência com empresas chinesas pelos mercados doméstico e internacional. A sondagem, foi realizada entre os dias 4 e 19 de outubro do ano passado com 1.529 empresas.

Valorização cambial

Como o yuan tem sua cotação atrelada ao dólar, a valorização do real em relação à moeda americana tem sido o fator mais determinante para que produtos brasileiros percam mercado para os chineses tanto no mercado internacional quanto no doméstico, na avaliação do gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

De acordo com sondagem divulgada há pouco pela entidade, 67% das empresas exportadoras brasileiras que competem com companhias chineses perderam clientes no mercado externo, enquanto 45% da indústria nacional que enfrenta essa concorrência perderam participação no mercado interno.

Segundo Castela Branco, o aumento da concorrência nos últimos anos está diretamente ligado ao preço dos produtos chineses. O economista lembrou que os custos de produção no país asiático são consideravelmente menores do que os brasileiros por diversos motivos: os menores salários e encargos sobre a folha de pagamentos, taxas de juros mais favoráveis, menor tributação e burocracia para exportação, menores exigências de conformidade para os produtos, melhor eficiência de infraestrutura e maior escala de produção.

No entanto, destacou Castelo Branco, apesar desses inúmeros fatores estruturais que dão vantagem à China no comércio internacional, a concorrência com os chineses aumentou justamente a partir do momento em que o câmbio brasileiro acelerou sua valorização. "As dimensões estruturais pouco mudaram nos últimos anos, a grande alteração está na valorização do nosso câmbio. Esse é o fator mais determinante para o aumento da concorrência e da penetração dos produtos chineses", avaliou.

Para o executivo, além da ampliação das estratégias para enfrentar a competição com a China, seja por via de redução dos custos e investimentos em qualidade e design, é preciso enfrentar a questão cambial. "É preciso ter menos dependência da taxa de juros para controle da inflação, pois o diferencial de juros brasileiro favorece a entrada de dólares no País e pressiona ainda mais a cotação da moeda. E se a gente não avança nas agendas de competitividade em uma velocidade adequada para enfrentar essa concorrência, o quadro se torna mais preocupante", completou.

Corriere dela Sera. É possível seguir a TV Al Jazira, pelo link do Corriere. Em direto (pena que em árabe...mas as imagens dizem muito).

LA CRISI EGIZIANA

Cairo, altri dieci morti|Diretta video
ElBaradei: no al dialogo col governo

Cairo, altri dieci morti|Diretta videoElBaradei: no al dialogo col governo

12:48 ESTERILe opposizioni: «Il mondo non sostenga un regime che uccide sua gente». Pressing Usa-Ue: «Subito transizione». Ancora scontri in piazza, vittime nella notte. «Picchiatori pagati da partito Mubarak, 40 $ per creare disordini» Museo in fiamme
MULTIMEDIA: Foto e video
Soleiman e la Cia, 15 anni di sequestri e torture di G. Olimpio
«Morire per la libertà» di Lorenzo Cremonesi-Vai al Blog


Como ex-corinthiano, apenas simpatizo com a revolta da fiel.

Zanone Fraissat/Folhapress

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

ACCOUNTABILITY À BRASILEIRA. E VIVA SIR NAY, E VIVA O TIRIRICA, E VIVA...

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São Paulo, quarta-feira, 02 de fevereiro de 2011



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ALEXANDRE SCHWARTSMAN

De olhos bem fechados


O resultado da mágica contábil do governo foi a destruição da credibilidade das estatísticas fiscais

HÁ DUAS formas de lidar com um problema. Uma é reconhecê-lo e procurar formas de solucioná-lo; a outra é fechar os olhos e fingir que o problema não existe, na (vã) esperança de que milagrosamente o problema se resolva sozinho e possamos então comemorar nossa estupenda competência.

Digo isso porque não há economista sério no país que não saiba que -usando a desculpinha da política anticíclica- o governo aumentou consideravelmente seu deficit de 2008 para cá, erodindo o trabalho de anos de alguma (embora imperfeita) contenção fiscal.

Mesmo o FMI, ultimamente comedido acerca desse tema, também se manifestou a respeito, ecoando vários analistas locais, dentre os quais orgulhosamente me incluo.

A despeito disso, o governo federal, responsável pela maior parcela da deterioração fiscal, apresentou na semana passada suas contas relativas a 2010, afirmando ter registrado um superavit primário equivalente a 2,16% do PIB (atentem para o segundo dígito após a vírgula), batendo a meta de 2,15% do PIB (a sutileza é marcante).

Mesmo sem entrar nos detalhes do saldo recorde registrado em dezembro, atingido com uma queda algo suspeita dos gastos de custeio (que costumam saltar nesse mês), também todo analista fiscal sabe muito bem como esse resultado reflete muito mais truques contábeis, do mesmo tipo que a Grécia fez antes de ter que encarar a triste realidade, do que qualquer resquício de disciplina fiscal.

Em setembro de 2010, por exemplo, na esteira da operação de aumento do capital da Petrobras, o governo federal promoveu um espetáculo mambembe de mágica contábil, colocando, à vista de todos, o coelho na cartola, para triunfalmente retirá-lo como se ninguém soubesse como ele teria ido parar lá.

Concretamente, o governo cedeu à Petrobras os direitos de exploração do pré-sal por R$ 75 bilhões, recebendo em troca R$ 43 bilhões em ações da empresa, contabilizando a primeira como receita e a segunda como despesa, ficando a diferença (R$ 32 bilhões, ou 0,9% do PIB) registrada como se fosse superavit do governo.

Mesmo se ignorarmos que boa parte desses R$ 32 bilhões se refere a ações da Petrobras compradas pelo Fundo Soberano do Brasil e pelo BNDES (outros braços do governo federal), pergunto: os R$ 75 bilhões em receitas tiveram o mesmo efeito que teriam R$ 75 bilhões de tributos arrecadados, no sentido de reduzir a renda das famílias e seu consumo?

Certamente não, pois se trata de mera cessão de ativos que só irão produzir algo daqui a alguns anos (e produziriam mesmo se a cessão não houvesse ocorrido).

Da mesma forma, alguém com mais de oito anos acredita que o gasto do governo na aquisição dos papéis da empresa teve algum impacto sobre a demanda e a capacidade produtiva do país, como teriam, por exemplo, R$ 43 bilhões investidos na ampliação de aeroportos e da indecente malha rodoviária?
Vale dizer, a balela contábil não teve nenhuma repercussão sobre o lado real da economia.

O suposto superavit de R$ 32 bilhões resultante dessa pirotecnia primária não ajudou em nada a compensar os efeitos sobre a atividade econômica doméstica do aumento persistente do gasto federal (9,4% acima da inflação). O único resultado palpável foi a destruição final da credibilidade das estatísticas fiscais.

Ao mesmo tempo, a inflação, impulsionada, entre outros fatores, pelo excessivo aquecimento da economia (visível, por exemplo, na inflação de serviços beirando 8% nos últimos 12 meses), forçou o Banco Central a retomar o processo de aperto monetário interrompido em meados do ano passado.

Agora o governo federal acena com promessas de cumprimento da meta fiscal, que, finalmente admite, poderia evitar aumentos ainda maiores das taxas de juros.

Isso dito, como acreditar nas promessas de quem ainda se recusa a abrir os olhos e aceitar a responsabilidade pela maior farra fiscal dos últimos 15 anos?


ALEXANDRE SCHWARTSMAN, 47, é economista-chefe do Grupo Santander Brasil, doutor em economia pela Universidade da Califórnia (Berkeley) e ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central. Escreve às quartas-feiras, quinzenalmente, neste espaço.
Internet: www.maovisivel.blogspot.com
alexandre.schwartsman@hotmail.com

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011


B`nai B'rith Campinas age com rapidez contra o racismo e o preconceito

B`nai B'rith Campinas age com rapidez contra o racismo e o preconceito


B'NAI B'RITH - B'NAI B'RITH SAO PAULO

22 de Shevat 5771
31 de Janeiro de 2011

B`nai B'rith Campinas age com rapidez contra o racismo e o preconceito


A B`nai B'rith Campinas agiu rapidamente em relação às declarações racistas e preconceituosas contra os judeus do vereador Antonio Francisco dos Santos - "O Politizador" do PMN, através do twitter, em 25 de janeiro, onde ele afirma que os judeus só lidam com dinheiro e especulação, indagando: “você já viu um judeu plantar batatas?”. A B`nai B'rith Campinas foi informada do ocorrido pela reportagem do jornal Correio Popular, modelo na luta contra a intolerância, discriminação e racismo.



No dia 26 de janeiro, a B'nai B'rith Campinas enviou carta ao presidente da Câmara dos Vereadores de Campinas, Dr. Pedro Serafim, que teve presença marcante no atentado a bomba na Sinagoga de Campinas, denunciando o comportamento do vereador e encaminhando a resposta contra o racismo,ódio e intolerancia.

Carta da B`nai B'rith Campinas

Ilmo Dr. Pedro Serafim

DD. Presidente da Câmara Municipal de Campinas


Em publicação no twitter o vereador “o politizador”, fez declarações discriminatórias e ofensivas ao povo judeu.

Respaldados pelo direito de resposta, enviamos a V.Sa. o texto abaixo, onde esclarecemos alguns dos pontos mencionados pelo citado vereador, solicitando providências cabíveis, na esfera da administração pública.

Não é admissível que um representante dessa Casa aja de maneira racista, desrespeitando a comunidade judaica de Campinas e região.

Certos de sua atenção,estamos a sua disposição para eventuais contatos e maiores esclarecimentos.

Cordialmente

SHALOM

Campinas, 26 janeiro 2011

PEDRO C B TIAGO

Honorável Presidente da B’NAI B’RITH CAMPINAS

ALBERTO LIBERMAN

Diretor Nacional de Direitos Humanos da B’NAI B’RITH BRASIL

DIREITO DE RESPOSTA CONTRA O RACISMO, ÓDIO E INTOLERANCIA

Ao longo da história da humanidade muitas vezes os judeus não tiveram o direito ao acesso a terras e se voltaram para o comércio, como única maneira de prover subsistência aos seus filhos.

Em Israel, os judeus transformaram pântanos e desertos em terras férteis.

A agricultura israelense é hoje em dia uma das mais avançadas do mundo, terras antigamente improdutivas, à partir do trabalho árduo e continuo do povo, hoje produzem frutas, hortaliças e flores, que abastecem inclusive a Europa e são modelo de agricultura moderna.

A alta tecnologia israelense está sendo difundida através de Acordos Internacionais de Cooperação entre o Brasil e Israel, especialmente no Nordeste, com programas de irrigação por gotejamento, com pouco consumo de água e o uso balanceado de nutrientes.

O mesmo acontece na Revolução Verde que os judeus estão ajudando a implementar na África.

O povo judeu considera a educação fundamental e isto lhe permite ter tantas personalidades de destaque e renome nas várias áreas do conhecimento, ciência e pesquisa, conforme pode ser constatado na enorme relação de premiados cientistas judeus ganhadores do premio Nobel.

Por outro lado, a ignorância com relação a história e cultura de nosso povo é base do preconceito, que apenas promove a injustiça e discriminação, em um total desserviço para a humanidade.

Resposta do Vereador

Em resposta, Antonio Francisco dos Santos endereçou uma carta à comunidade judaica, dizendo entre outros “em minha vida política sempre lutei contra qualquer tipo de preconceito"... “tenho o maior respeito ao povo Judeu, que sem sombra de dúvidas é o Povo que mais sofreu ao longo da história os efeitos nefastos da intolerância”. “Assim sendo, declaro que minha intenção objetivou unicamente a reflexão sobre o atual situação monetária internacional. Em momento algum quis denegrir ou ofender quem quer que seja. Se fui mal interpretado, deixo aqui as minhas desculpas à toda a comunidade judaica, a qual sempre me solidarizei.”

Comentários Finais

A mensagem do twitter do vereador é preocupante porque são argumentos antigos, que procuram instilar o ódio contra os judeus, desde os tempos dos Protocolos dos Sábios de Sião, uma farsa construída com este objetivo.

Reportagem do jornal Correio Popular informa que o advogado Paulo Mariante, parceiro da B’NAI B’RITH em inúmeras atividades de Direitos Humanos, entrará com representação junto ao Ministério Público.

A B`nai B'rith Campinas continua atenta diante da nova agressão antissemita e aguarda o pronunciamento das autoridades competentes.

Roberto Romano, curso de pós-graduação sobre propaganda e manipulação das massas, primeiro semestre de 2011.



HF314-D – TÓPICOS ESPECIAIS DE FILOSOFIA POLÍTICA

PROF. ROBERTO ROMANO DA SILVA

1º SEMESTRE/2011

Horário: sextas feiras, das 14 as 18 horas.


PROGRAMA:

“Chegamos hoje à internet, aos meios eletrônicos de busca e controle, além da espionagem dos próprios cidadãos, com uma eficácia que recorda os procedimentos descritos na imaginação que gerou o romance 1984. O fisco como razão de Estado impulsiona a perda quase absoluta do espaço individual pelas ações comandadas (seja em clima de guerra a países, seja na luta contra o terrorismo) pelos governos poderosos, em detrimento das liberdades e dos direitos humanos. Trata-se de um labirinto que tem início na própria gênese do Estado e da Igreja modernos. O que apenas tornará mais sombrias as perspectivas dos séculos XXI e seguintes, caso não se consiga diminuir o desejo de tudo ver, ouvir, tocar e reprimir das chamadas autoridades públicas, para as quais o ato de arrecadar impostos e taxas tornou-se mais do que uma segunda natureza.”

É assim que este professor termina um artigo acadêmico cujo título é “Reflexões sobre impostos e razão de Estado” (Revista de Economia Mackenzie, Vol. 2, No 2, 2004 no endereço eletrônico seguinte : http://www3.mackenzie.br/editora/index.php/rem/article/view/766). Os poderes mundiais, desde os eventos de 11/setembro nos EUA e atentados vários na Europa e na Ásia, seguem o rumo de aumentar o segredo para os cidadãos, impedindo que eles recebam informações confiáveis sobre assuntos que os interessam. E os mesmos governos restringem os direitos individuais (em nome da guerra contra o terrorismo) no mesmo passo em que vigiam os cidadãos de maneira cada vez mais ampla e rigorosa. O acréscimo do sigilo estatal se compensa com várias campanhas de propaganda dirigida às massas, campanhas feitas de maneira científica e sofisticada. O laboratório de Artes do MIT, por exemplo, gerou mentiras convincentes dirigida ao mundo inteiro, entre as quais as “bombas inteligentes” que só matariam os terroristas no Iraque, no Afeganistão, etc. Trata-se de uma panóplia de procedimentos inovadores e terríveis no processo mundial e nacional de dominação.

O curso visa analisar, a partir de vários prismas (histórico, filosófico, ideológico, social, religioso) o segredo de Estado (que se acirra a cada instante) e o da propaganda, cujo alvo, justamente, é compensar a violação das normas comezinhas do direito individual, nacional e internacional. Para semelhante fim, serão lidos e comentados textos clássicos sobre as massas, a razão de Estado, a propaganda, o segredo. Em aulas expositivas o professor apresentará o núcleo da temática. Em debates, os estudantes examinarão os mesmos temas, seguindo uma pauta combinada no começo do curso.


BIBLIOGRAFIA:

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