A denúncia de que Dilma sabia de desvios na Petrobras deve piorar ainda mais clima político em plena montagem da equipe para o segundo mandato. Reportagem da Veja diz que a presidente, na época ministra-chefe da Casa Civil, foi informada por e-mail de irregularidades em três licitações da estatal.

O comunicado foi enviado pelo ex-diretor de abastecimento, Paulo Roberto Costa, apontado como parte do esquema investigado pela Polícia Federal. Costa pedia solução para que as obras não fossem paralisadas, e o governo conseguiu impedir a suspensão dos contratos no Congresso Nacional.

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Em nota, o Palácio do Planalto disse que as suspeitas foram encaminhadas para a Controladoria Geral da União, que não detectou problemas. O cientista político Rafael Cortez afirmou ao repórter Anderson Costa que o fato vai inflamar o discurso da oposição durante a reforma ministerial.

O Ministério Público entende que há elementos para pedir a condenação de 11 executivos de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. O professor de Ética da Unicamp, Roberto Romano, disse que falta lei específica sobre a função de lobista para que casos semelhantes não aconteçam.

Neste fim de semana, a Justiça Federal determinou o bloqueio de mais 34 milhões de reais de envolvidos no esquema do Petrolão. O valor incluiria aplicações, fundos de investimentos e planos de previdência privada de executivos de empreiteiras e empresas investigadas.