domingo, 3 de maio de 2009

As citações de Suprema Corte para Suprema Corte...

Retomo o trecho do artigo publicado hoje por Gaspari na Folha, que postei anteriormente. É citado o juiz Holmes, da Suprema Corte norte-americana, cuja evocação foi efetivada pelo nosso ministro Mello, na análise da Lei de Imprensa. Gaspari lamenta a citação truncada do magistrado americano por Mello. "Pobre Holmes". Respeitando muito Gaspari, dele discordo na qualificação do juiz como "pobre". De coitado ele nada tinha. Certo, defendeu a "liberdade de expressão", mas também mostrou alma horripilante, tão profundamente injusta que nenhum juiz democrático poderia citar seus ditos e feitos, sem adendos. Recortei, abaixo do trecho de Gaspari, um pedaço da palestra que proferi em Porto Alegre, no Seminário sobre os 20 anos de nossa Constituição. Coisas mais tristes ainda, sobre o juiz Holmes, poderiam ser ditas e provadas. Mas o que mencionei basta, creio, para as mentes democráticas. A palestra inteira está "linkada" (horror de neologismo) no final do Blog, mas repito aqui o "link" :

http://www.unafisco-poa.org.br/noticia_ler.php?id=9605
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ATOS FALHOS


Durante o julgamento do STF em que foi sepultada a Lei de Imprensa da ditadura, o ministro Celso de Mello citou uma das mais conhecidas frases da bibliografia do assunto. Ela é do grande juiz Oliver Wendell Holmes (1841-1935) e, nas palavras de Mello, diz que a liberdade de expressão não protege "quem grita fogo num teatro cheio".

Pobre Holmes. Sua frase completará cem anos e continua torturada. Ele não desamparou "quem grita fogo num teatro cheio", mas quem "falsamente grita fogo num teatro cheio". Até porque, se o teatro estiver pegando fogo, é bom que se grite. O advérbio faz toda a diferença. Holmes explicitou a mentira, enquanto a versão expurgada insinua que o grito era mentiroso.

Até um presidente da Corte Suprema americana (Warren Burger) já cometeu esse erro.


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Palestra de Roberto Romano no Seminário sobre os 20 anos da Constituição de 88, trecho sobre o juiz Holmes.

" Mas ao se falar em eutanásia, cujo fundamento é a eugenia, não podemos esquecer um outro ato de juiz, também de Suprema Corte, mas agora nos EUA. Trata-se do processo de Carrie Buck, dita débil mental. Sua mãe, Emma, também fora declarada débil e encarcerada pela vida toda na Colônia para Epilépticos e Deficientes Mentais da Virgínia. Os legisladores daquele Estado hesitavam em proclamar a lei de eugenia tendo em vista a esterilização. Depois de várias leis terem sido vetadas por tribunais, com base na Constituição, o processo foi para a Suprema Corte e teve como relator o juiz Oliver Wendell Holmes Júnior. Holmes era um defensor da livre expressão. É conhecido o seu dito: “Se existe qualquer princípio da Constituição que imperativamente exige fidelidade, mais que qualquer outro, é o da liberdade de expressão –não liberdade de expressão para aqueles que concordam conosco, mas liberdade de expressão para aqueles que achamos que odiamos”. De fato, comovente princípio liberal. Ele foi tido como o mais respeitado homem da lei norte- americana.

E foi tal juiz que levou adiante o processo Buck versus Bell, decidido em 1927. Leitor de Spencer e dos chamados darwinistas sociais, Holmes proclamou coisas expressivas na coletânea de seus escritos, publicada com o título The Common Law, como por exemplo dizer que a idéia de direitos herdados é intrinsecamente absurda (trata-se da Lecture IX, contra III, “void and voidable). Em 1920, antes do processo Buck versus Bell, ele escreve ao jurista inglês Frederick Pollak : “O homem, hoje, é um animal predatório. Creio que a sacralização da vida humana é uma idéia local, sem nenhuma validade fora de sua jurisdição. Acredito que a força, mitigada ao máximo possível pelas boas maneiras, é a ultima ratio e, entre os dois grupos que querem fazer tipos inconsistentes de mundo, não vejo outra solução além do uso da força”.

Sem me alongar demasiado sobre o caso, que deu forte impulso aos procedimentos eugenistas nos EUA e no mundo, inclusive e sobretudo na Alemanha de Hitler, cito a parte essencial da sentença pronunciada pelo grande liberal e juiz: “ É melhor para todos no mundo que, em vez de esperar para executar descendentes degenerados por crimes, ou deixar que morram de fome por causa de sua imbecilidade, a sociedade possa impedir os que são claramente incapazes de continuar a espécie. O princípio que sustenta a vacinação compulsória é amplo o bastante para cobrir o corte das trompas de Falópio. Três gerações de imbecis são suficientes”. Carrie Buck foi esterilizada em 19 de outubro de 1920. (*)

Nota

(*) “It is better for all the world, if instead of waiting to execute degenerate offspring for crime, or to let them starve for their imbecility, society can prevent those who are manifestly unfit from continuing their kind. The principle that sustains compulsory vaccination is broad enough to cover cutting the Fallopian tubes. Jacobson v. Massachusetts, 197 U.S. 11. Three generations of imbeciles are enough.” E o grand finale : "But, it is said, however it might be if this reasoning were applied generally, it fails when it is confined to the small number who are in the institutions named and is not applied to the multitudes outside. It is the usual last resort of constitutional arguments to point out shortcomings of this sort. But the answer is that the law does all that is needed when it does all that it can, indicates a policy, applies it to all within the lines, and seeks to bring within the lines all similarly situated so far and so fast as its means allow. Of course so far as the operations enable those who otherwise must be kept confined to be returned to the world, and thus open the asylum to others, the equality aimed at will be more nearly reached” Cf. Edwin Black : A Guerra contra os Fracos. A eugenia e a campanha norte -americana para criar uma raça superior (RJ, A Girafa, 2003), pp. 191-215. A sentença de Holmes pode ser lida na Internet :

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Buck v. Bell (No. 292)
143 Va. 310, affirmed.
Syllabus

Opinion
[ Holmes ]
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HOLMES, J., Opinion of the Court

SUPREME COURT OF THE UNITED STATES


274 U.S. 200

Buck v. Bell

ERROR TO THE SUPREME COURT OF APPEALS OF THE STATE OF VIRGINIA


No. 292 Argued: April 22, 1927 --- Decided: May 2, 1927

Mr. JUSTICE HOLMES delivered the opinion of the Court.

This is a writ of error to review a judgment of the Supreme Court of Appeals of the State of Virginia affirming a judgment of the Circuit Court of Amherst County by which the defendant in error, the superintendent of the State Colony for Epileptics and Feeble Minded, was ordered to perform the operation of salpingectomy upon Carrie Buck, the plaintiff in error, for the purpose of making her sterile. 143 Va. 310. The case comes here upon the contention that the statute authorizing the judgment is void under the Fourteenth Amendment as denying to the plaintiff in error due process of law and the equal protection of the laws.

Carrie Buck is a feeble minded white woman who was committed to the State Colony above mentioned in due form. She is the daughter of a feeble minded mother in the same institution, and the mother of an illegitimate feeble minded child. She was eighteen years old at the time of the trial of her case in the Circuit Court, in the latter part of 1924. An Act of Virginia, approved March 20, 1924, recites that the health of the patient and the welfare of society may be promoted in certain cases by the sterilization of mental defectives, under careful safeguard, &c.; that the sterilization may be effected in males by vasectomy and in females by salpingectomy, without serious pain or substantial danger to life; that the Commonwealth is supporting in various institutions many defective persons who, if now discharged, would become [p206] a menace, but, if incapable of procreating, might be discharged with safety and become self-supporting with benefit to themselves and to society, and that experience has shown that heredity plays an important part in the transmission of insanity, imbecility, &c. The statute then enacts that, whenever the superintendent of certain institutions, including the above-named State Colony, shall be of opinion that it is for the best interests of the patients and of society that an inmate under his care should be sexually sterilized, he may have the operation performed upon any patient afflicted with hereditary forms of insanity, imbecility, &c., on complying with the very careful provisions by which the act protects the patients from possible abuse.

The superintendent first presents a petition to the special board of directors of his hospital or colony, stating the facts and the grounds for his opinion, verified by affidavit. Notice of the petition and of the time and place of the hearing in the institution is to be served upon the inmate, and also upon his guardian, and if there is no guardian, the superintendent is to apply to the Circuit Court of the County to appoint one. If the inmate is a minor, notice also is to be given to his parents, if any, with a copy of the petition. The board is to see to it that the inmate may attend the hearings if desired by him or his guardian. The evidence is all to be reduced to writing, and, after the board has made its order for or against the operation, the superintendent, or the inmate, or his guardian, may appeal to the Circuit Court of the County. The Circuit Court may consider the record of the board and the evidence before it and such other admissible evidence as may be offered, and may affirm, revise, or reverse the order of the board and enter such order as it deems just. Finally any party may apply to the Supreme Court of Appeals, which, if it grants the appeal, is to hear the case upon the record of the trial [p207] in the Circuit Court, and may enter such order as it thinks the Circuit Court should have entered. There can be no doubt that, so far as procedure is concerned, the rights of the patient are most carefully considered, and, as every step in this case was taken in scrupulous compliance with the statute and after months of observation, there is no doubt that, in that respect, the plaintiff in error has had due process of law.

The attack is not upon the procedure, but upon the substantive law. It seems to be contended that in no circumstances could such an order be justified. It certainly is contended that the order cannot be justified upon the existing grounds. The judgment finds the facts that have been recited, and that Carrie Buck is the probable potential parent of socially inadequate offspring, likewise afflicted, that she may be sexually sterilized without detriment to her general health, and that her welfare and that of society will be promoted by her sterilization, and thereupon makes the order. In view of the general declarations of the legislature and the specific findings of the Court, obviously we cannot say as matter of law that the grounds do not exist, and, if they exist, they justify the result. We have seen more than once that the public welfare may call upon the best citizens for their lives. It would be strange if it could not call upon those who already sap the strength of the State for these lesser sacrifices, often not felt to be such by those concerned, in order to prevent our being swamped with incompetence. It is better for all the world if, instead of waiting to execute degenerate offspring for crime or to let them starve for their imbecility, society can prevent those who are manifestly unfit from continuing their kind. The principle that sustains compulsory vaccination is broad enough to cover cutting the Fallopian tubes. Jacobson v. Massachusetts, 197 U.S. 11. Three generations of imbeciles are enough. [p208]

But, it is said, however it might be if this reasoning were applied generally, it fails when it is confined to the small number who are in the institutions named and is not applied to the multitudes outside. It is the usual last resort of constitutional arguments to point out shortcomings of this sort. But the answer is that the law does all that is needed when it does all that it can, indicates a policy, applies it to all within the lines, and seeks to bring within the lines all similarly situated so far and so fast as its means allow. Of course, so far as the operations enable those who otherwise must be kept confined to be returned to the world, and thus open the asylum to others, the equality aimed at will be more nearly reached.

Judgment affirmed.

MR. JUSTICE BUTLER dissents.






Gaspari na Folha

Seleção de Gaspari, na Folha de hoje :
São Paulo, domingo, 03 de maio de 2009



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O Congresso contra-ataca, em nome da treva


Um plano para acabar com agenda de malfeitorias: cobrar pelo voto, mutilando o alcance da escolha do eleitor



QUANDO O GOVERNO ou o Congresso não sabem o que dizer, anunciam um projeto de reforma política (ou tributária). Sem ter como explicar as malfeitorias que empestearam o Legislativo, alguns hierarcas da Câmara e do Senado querem tirar do sarcófago a múmia de um projeto de reforma política. Com o apoio silencioso das cúpulas de todos os grandes partidos, são dois os defensores ostensivos da iniciativa: o deputado Ibsen Pinheiro, na Câmara, e o doutor Marco Maciel, no Senado.
Se um inimigo do Parlamento quisesse aprofundar a desmoralização do atual Congresso, não inventaria coisa melhor.
O primeiro pilar da reforma é o voto de lista. Coisa simples, os contribuintes deixariam de votar em candidatos à Câmara. Teriam direito a escolher uma sigla, e só. Os eleitos sairiam de uma lista preparada, antes da eleição, sob forte influência das máquinas partidárias. A confiança que merecem os atuais partidos pode ser facilmente aferida. Nenhum deles condenou nominalmente qualquer dos seus deputados que avançou sobre as passagens da Viúva. (O presidente do DEM, bem como o atual presidente do PT e seu antecessor somaram seis viagens com as mulheres para o exterior.) Nenhum partido subscreveu qualquer iniciativa para que sejam abertas as contas das verbas indenizatórias.

O segundo pilar da reforma seria a instituição do financiamento público de campanha. Na teoria, esse sistema acaba com as doações privadas. Numa conta que andou por aí, a Viúva pagaria algo como R$ 7 por eleitor e esse dinheiro seria rateado entre os partidos (de novo a mesma turma). Hoje o candidato e seus aliados gastam o dinheiro deles. Com a mudança, gastarão o dos outros. Mais: dada a versatilidade dos doutores, aparecerá o magano que se candidata a qualquer coisa para embolsar um caraminguá, mesmo sabendo que não se elege.

Hoje a patuleia vota no candidato de sua escolha e não paga nada por isso. Com o golpe dos doutores, o contribuinte pagará para votar, perdendo o direito de exercer sua preferência nominal.

A melhor maneira para começar esse debate seria a exposição pública das opiniões de José Serra, Aécio Neves e Dilma Rousseff a respeito do assunto. Afinal, só um irresponsável (ou um sonso) seria candidato à Presidência sem ter a capacidade de opinar a respeito de uma reforma desse tamanho.


(...)

PACTO REPUBLICANO

O ministro Gilmar Mendes poderia incluir um mimo no Pacto Republicano que negocia com o Executivo. O Judiciário colocaria na internet os nomes de todos os seus doutores que venham a solicitar atendimento especial nos aeroportos (e nas alfândegas).

Faz tempo, um passageiro da ponte Nova York-Washington cruzou com uma senhora loura na sala de espera. Era a ministra Sandra O'Connor, da Corte Suprema. Foi ao estacionamento buscar o carro e viu que, na fila, estava o general Omar Bradley, que comandou o desembarque americano na Normandia, em 1944.


ESGOTOS PAULISTAS

Num anúncio publicado na revista "Foreign Policy", a Sabesp e o governo de São Paulo informam que cuidam da boa qualidade da água que fornecem aos seus clientes e que esse serviço "continua na estação de tratamento de esgotos, afinal, reciclar a água é uma questão de honra para a Sabesp, honra e respeito".

Lorota. A Sabesp despeja esgoto in natura em 6.670 pontos de rios e córregos de São Paulo. Na mesma publicação o presidente da empresa, Gesner de Oliveira, reconhece que só trata 70% do material recolhido pelos esgotos.

Talvez seja o caso de se criar uma estação de tratamento para a publicidade da Sabesp.

(...)

ATOS FALHOS

Durante o julgamento do STF em que foi sepultada a Lei de Imprensa da ditadura, o ministro Celso de Mello citou uma das mais conhecidas frases da bibliografia do assunto. Ela é do grande juiz Oliver Wendell Holmes (1841-1935) e, nas palavras de Mello, diz que a liberdade de expressão não protege "quem grita fogo num teatro cheio".

Pobre Holmes. Sua frase completará cem anos e continua torturada. Ele não desamparou "quem grita fogo num teatro cheio", mas quem "falsamente grita fogo num teatro cheio". Até porque, se o teatro estiver pegando fogo, é bom que se grite. O advérbio faz toda a diferença. Holmes explicitou a mentira, enquanto a versão expurgada insinua que o grito era mentiroso.

Até um presidente da Corte Suprema americana (Warren Burger) já cometeu esse erro.



São Paulo, domingo, 03 de maio de 2009



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CLÓVIS ROSSI

A louvação da picaretagem
SÃO PAULO - É indecente e aética a defesa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz do uso de passagens aéreas pelos deputados. Defender privilégios é sempre indecente e aético. E as passagens aéreas são apenas um dos elementos que compõem o elenco de privilégios dos pais da pátria. O fato de terem, nesta semana, vedado a transferência dos bilhetes para parentes, amigos e apaniguados é apenas tirar o bode da sala. Ou eliminar um abuso com o privilégio, mas não o privilégio.

Afinal, toda pessoa, física ou jurídica, que tenha assuntos a tratar em Brasília paga a passagem do próprio bolso. Congressistas pagam com o meu, o seu, o nosso bolso -e o presidente bate palmas, até porque não tem autoridade moral para criticar, porque confessa ter usado e abusado de idêntico privilégio, mesmo no tempo em que achava que a grande maioria do Congresso era formada por "picaretas".

Indecente e aética, a defesa que Lula faz do privilégio só não é surpreendente. É prima-irmã da que fez durante o escândalo do mensalão. "Todo mundo faz", afirmou, então, como agora. E o que é que "todo mundo faz"? É caixa-dois, o único crime confessado pela turma. E o que é caixa-dois? É "coisa de bandido", na ilustrada opinião de Márcio Thomaz Bastos, então ministro da Justiça de Lula.

Um presidente que dá de ombros para a prática por seus próprios correligionários de "coisa de bandido" não é exatamente o melhor exemplo que alguém possa invocar em matéria de cuidados com o dinheiro público, que é, em último análise, o fundo do debate.

Se o próprio presidente diz não achar "correto" dar passagens para outras pessoas, como ele o fez, deveria é repetir a frase sobre os "300 picaretas que defendem apenas seus próprios interesses". Mas o poder muda tanto as pessoas que, de condenar, passou a louvar "picaretas" e privilégios indecentes.


crossi@uol.com.br

sábado, 2 de maio de 2009

No Blog Prosa & Política...

O que faço nunca está errado

(Giulio Sanmartini) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em entrevista coletiva, que não há crime em um parlamentar levar sua mulher a Brasília durante a semana utilizando a cota de passagens aéreas do Congresso. - Graças a Deus, nunca levei um filho meu para a Europa. Mas um deputado, levar a mulher para Brasília, qual é o crime? - indagou o presidente.

Lula disse ainda que o Brasil tem problemas muito maiores do que os das cotas de passagens para resolver. - O que eu acho é que o problema do Brasil não é esse. Esse é um problema que pode ser resolvido com uma decisão da mesa diretora – disse e acrescentou que não acha certo, “Mas também não acho crime um deputado dar a passagem pra um dirigente (sindical) que vai a Brasília”.

Lula, como todo poderoso que se sente, pensa em sua doentia mente que o certo e o errado são o que ele faz ou deixa de fazer. Segundo o presidente, levar a mulher para uma viagem oficial e conceder passagens à terceiros não é crime.

Pode até ser assim, mas é algo totalmente amoral e incompatível com o que se espera de um presidente. Quanto ao fato de nunca ter levado um filho à Europa, não o fez, só levou o filho mais velho a uma inútil e custosa viagem à Antártida, como pode ser na foto.
“Ontem, em uma conversa com jornalistas, o embaixador do Irã em Brasília, Mohsen Shaterzadeh, confirmou que seu país vê o Brasil como um ator imparcial e influente nas negociações internacionais e teria apoio iraniano. ‘Como já disse o presidente Lula, o Brasil não está do lado de ninguém. Essa imparcialidade pode ajudar. Como um país influente, pode interferir nesse processo’, disse o embaixador.” (O Estado de São Paulo).

Caberia aqui o enunciado de Max Weber: "neutro é quem já optou pelo mais forte". O governo brasileiro, como calculador bisonho (tudo no dito governo é bisonho) imagina que o Irã é o mais forte. Se engana como se enganaram os que, na França de Vichy, sonharam que os nazistas eram os mais fortes. E se danaram. Como irá se danar o governo que busca alianças retógradas e fanáticas, em troca de lugares na ONU, etc.

RR
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O QUE AHMADINEJAD
VEM FAZER NO BRASIL?

Será que o Presidente do Irã vem ao Brasil ensinar sobre paz e política internacional? Será que o Presidente do Irã vem ao Brasil incrementar os laços comerciais entre os países?

Além de todos os incidentes de violência interna, o Irã de Ahmadinejad também esteve envolvido no conflito mais sangrento da história do Oriente Médio: a Guerra Irã-Iraque. Esta guerra durou mais de 10 anos e deixou mais de um milhão de mortos. Mesmo após o final, os atritos entre o Irã, de maioria muçulmana xiita, e o Iraque, governado pelo partido Baath muçulmano sunita, não cessaram. Durante a última guerra no Iraque, Saddam Hussein ameaçou o Irã caso este aproveitasse a guerra Iraque-EUA para capturar território iraquiano. As duas guerras mais recentes no Oriente Médio foram iniciadas por grupos terroristas financiados, apoiados moralmente e armados pelo Irã de Mahmoud Ahmadinejad: Hezbolah e Hamas. - Em 2006, apesar de Israel ter se retirado totalmente do território libanês no ano 2000, o grupo xiita libanês Hezbollah invadiu o território israelense, matou soldados que patrulhavam a fronteira e seqüestrou outros dois soldados. Israel, em retaliação, atacou o Hezbolah. A guerra durou 34 dias. O alvo único do Hezbolah eram os civis israelenses e sua arma principal eram mísseis Katyusha fornecidos pelo Irã. Atualmente tropas da ONU patrulham a fronteira entre Líbano e Israel, mas o grupo terrorista continua seu rearmamento através do fluxo de armas vindas doIrã. Fortalecendo o Hezbolah, o Irã mantém seu projeto de desestabilizar o Líbano para lá estabelecer um governo fundamentalista islâmico, inviabilizando qualquer iniciativa de um acordo de paz entre Líbano e Israel. - No período entre 2000 e 2009, apesar de Israel ter se retirado totalmente da Faixa de Gaza em 2005, o grupo terrorista palestino Hamas realizou ataques diários ao território israelense, lançando mísseis que atingiram 15% da população de Israel (1 milhão de habitantes). O ápice dos ataques do Hamas ocorreu em janeiro de 2009, quando Israel então lançou uma ofensiva para neutralizar as ações do grupo terrorista. Mais uma sangrenta guerra iniciada por um grupo que tem o Irã, do presidente Ahmadinejad, como seu principal apoiador moral e material. Desde agosto de 2005, quando assumiu a presidência do Irã, Mahmoud Ahmadinejad vem manifestando publicamente o desejo de destruir Israel, um país membro das Nações Unidas. Este é um caso único, pois em todos os conflitos atuais, tais como Índia/Paquistão, EUA/Iraque, Rússia/Geórgia, entre outros, jamais um dos lados pregou a destruição total do oponente. Não por acaso, a destruição de Israel também é o objetivo único dos grupos terroristas Hamas e Hezbolah, patrocinados pelo Irã.

ESTE HOMEM SERÁ RECEBIDO COM TODAS AS HONRARIAS PELO GOVERNO BRASILEIRO. COMO DEFENSORES DOS DIREITOS DOS HOMENS, DAS MULHERES E DOS HOMOSSEXUAIS; COMO DEFENSORES DA DEMOCRACIA E DOS DIREITOS HUMANOS; COMO DEFENSORES DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO, DA LIBERDADE DE IMPRENSA E DA LIBERDADE RELIGIOSA; COMO DEFENSORES DOS DIREITOS DOS PAÍSES PERTENCENTES A ONU; COMO DEFENSORES DA HISTÓRIA E DA MEMÓRIA DOS 6 MILHÕES DE JUDEUS E DAS DEMAIS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO NAZISTA; REPUDIAMOS VEEMENTEMENTE A PRESENÇA DO SR MAHMOUD AHMADINEJAD EM SOLO BRASILEIRO, E, UMA VEZ QUE ISTO OCORRA, INSISTIMOS PARA QUE O GOVERNOBRASILEIRO SE POSICIONE RADICALMENTE CONTRA GOVERNO IRANIANO EEXPRESSE ISSO DE MANEIRA PÚBLICA E INEQUIVOCA, PARA QUE NÃO SEJA INTERPRETADO PELA COMUNIDADE INTERNACIONAL E PELOS CIDADÃOS DO BRASIL COMO CONIVENTECOM OS CRIMES COMETIDOS NO IRÃ.

O fluxo comercial entre Brasil e Irã em 2008 representou ínfimos 0,31% do total do fluxo comercial brasileiro. Outros países do Oriente Médio tais como Israel e Egito (cada um representando 0,44%) e Arábia Saudita (representando 1,48%) têm relevância significativamente maior que o Irã*. A economia iraniana é primitiva e dependente da exportação de petróleo cru – produto que desde 2006 o Brasil é auto-suficiente. A capacidade iraniana de honrar sua balança de pagamentos foi gravemente afetada pela acentuada queda do preço do petróleo e assim deve permanecer dada a perspectiva de manutenção do atual preço do barril e a extrema dependência iraniana em relação ao produto. Dessa forma, a já irrelevante participação do Irã no fluxo comercial brasileiro deve sofrer diminuição dada a incapacidade financeira iraniana e o baixo grau de complementaridade entre os produtos ofertados pelo Irã e as necessidades do Brasil.

* Dados sobre a balança comercial brasileira: http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/ interna.php?area=5&menu=1817&refr=576


Será que o Presidente do Irã vem ao Brasil ensinar sobre a liberdade religiosa?

A população de fé Bahai no Irã é a que sofre o pior tipo de perseguição religiosa. Isto porque a religião Bahai, apesar de baseada no islamismo, alterou alguns dos principais dogmas da religião islâmica. Pessoas de fé Bahai e pessoas que não possuem religião definida são desprovidas dos direitos básicos dados aos demais cidadãos, como ter acesso a educação ou tornar-se membro do parlamento. Segundo a Anistia Internacional, desde a Revolução Islâmica, 202 cidadãos de fé Bahai foram assassinados, além de milhares presos, expulsos de escolas e removidos de seus empregos. Existe vasta propaganda anti-Bahai na Mídia, além de destruição de vários santuários sagrados. O governo os acusa de conspirar contra o país, mas segundo lideres Bahai, a maior prova de que a perseguição é puramente religiosa é o fato de que constantemente o governo oferece a eles total liberdade e direitos iguais caso eles se convertam ao Islã.* Até 2004, a pena por assassinato de um muçulmano era maior do que para assassinato de um judeu, cristão ou bahai. Esta lei foi extinta, mas ainda persiste com relação aos cidadãos Bahai, que ainda tem o valor de sua vida considerado inferior às demais religiões. Em maio de 2006, no que foi a maior prisão em massa em décadas, oficiais de segurança iranianos prenderam 54 bahais, alguns apenas adolescentes e outros com idade aproximada de 20, que estavam trabalhando em um projeto de serviço comunitário. Não foram feitas acusações, e a maior parte dos presos foi libertada em seis dias. A conversão do islamismo para outra religião, no Irã, é punida com a morte. De acordo com a ONG Human Rights Watch, a comunidade cristã evangélica no Irã tem sido vitima de perseguição e hostilidades do governo pelo fato de procurar converter muçulmanos para outra fé. No Irã igrejas evangélicas são fechadas pelo governo e fiéis convertidos ao evangelho são condenados a prisão. Muitos judeus já foram condenados a morte no Irã por se posicionarem a favor de Israel. Existem escolas judaicas onde o idioma hebraico e judaísmo são ensinados, porém recentemente o governo obrigou estas escolas a substituírem seus diretores judeus por diretores muçulmanos. Freqüentemente a mídia controlada pelo governo veicula a telenovela “Os protocolos dos sábios de Sião”. Esta novela é baseada em um livro apócrifo, que sugere que os judeus tramam “dominar o mundo”, uma clássica acusação anti-semita. Cenas desta telenovela feita no Irã mostram judeus matando crianças não-judias para utilizar seu sangue na preparação de pães. Outra famosa série transmitida na TV Iraniana foi Zahra´s Blue Eyes (Zahra Olhos Azuis), em que um navio de judeus corre o mundo seqüestrando bebês para contrabandear seus órgãos *. O presidente iraniano nega a existência do Holocausto, quando 6 milhões de judeus foram mortos pelos nazistas. Isto não somente é uma ofensa às vitimas e aos sobreviventes (muitos deles hoje cidadãos naturalizados brasileiros), como também é um insulto aos que lutaram contra o nazi-fascismo, tais como os pracinhas brasileiros das FEB (Força Expedicionária Brasileira)*.

O BRASIL NÃO PODE SER CÚMPLICE DE UM REGIME INTOLERANTE E DEVE CONDENAR A PERSEGUIÇÃO ÀS MINORIAS REALIZADA PELO IRÃ


Será que o Presidente do Irã vem ao Brasil ensinar sobre o respeito e os direitos dos homossexuais? Será que o Presidente do Irã vem ao Brasil ensinar sobre fontes de energia alternativas?

No Irã, homossexualismo é crime. E é punido com a morte.
Segundo ONGs de direitos humanos Boroumand Foundation, desde a revolução islâmica 107pessoas já foram executadas por serem homossexuais. De acordo com um iraniano exilado do “Homan”, grupo defensor dos direitos dos homossexuais, o estado executou pelo menos 4.000 homossexuais desde 1979. Veículos de imprensa são proibidos de veicular qualquer material que se refira ao homossexualismo. Casais homossexuais evitam ser vistos juntos em público e freqüentemente são acusados de serem molestadores de crianças, estupradores e portadores de doenças. Sob o governo de Mahmoud Ahmadinejad o preconceito ficou ainda maior. Segundo a UNICEF, o fato do governo ignorar a existência de homossexuais no Irã e se recusar a fazer campanhas de prevenção, fez com que a AIDS tenha atingido níveis epidêmicos na população iraniana. Em 24 de setembro de 2007, em um evento na Universidade de Columbia (Nova Iorque-EUA), o presidente Mahmoud Ahmadinejad, ao responder uma pergunta sobre homossexualismo, disse: “Nós não temos homossexuais no Irã!”*

UM LIDER COMO AHMADINEJAD ACUSAR ALGUÉM DE RACISMO... PARECE ATÉ COISA DE CIRCO!

O Brasil é referência mundial no desenvolvimento e uso de fontes de energia alternativas não poluidoras, com especial destaque para o etanol de cana de açúcar, comprovadamente um caso de sucesso a ser seguido pelo mundo. Já o Irã, mesmo sendo signatário do acordo para não proliferação de armas nucleares, vem desenvolvendo um programa de enriquecimento de urânio. O objetivo deste programa é suspeito já que o país ocultou-o por 18 anos da AIEA (Agencia Internacional de Energia Atômica) e pelo fato do Irã possuir uma das maiores reservas de petróleo do mundo e ter energia de sobra. Isso evidencia que a real intenção iraniana é a obtenção de armas nucleares. Um arsenal nuclear nas mãos de um governo radical é um perigo para a segurança da região e do mundo. Radicais religiosos que não pensam duas vezes em tirar suas próprias vidas (martírio), não hesitarão em iniciar uma guerra nuclear quando tiverem uma bomba em suas mãos. Fica claro, assim, que insistindo no desenvolvimento de armas nucleares, o Irã é um risco para a humanidade, podendo provocar uma guerra sem precedentes na história.

Será que o Presidente do Irã vem ao Brasil ensinar sobre liberdade de imprensa ou deexpressão? No Irã, como em qualquer outra ditadura, não há liberdade de expressão nem de imprensa. O governo controla toda a informação acessada pelo povo e pela imprensa. Qualquer um que se oponha publicamente à política do governo, que critique ou denuncie os crimes praticados, é considerado um inimigo do regime, um traidor. A pena: prisão ou morte. Segundo a ONG Human Rights Watch (Observatório dos Direitos Humanos), sob o governo de Ahmadinejad o número de pessoas executadas sob acusação de “traição” aumentou drasticamente: de 86 em 2005, para 317 em 2007 (não muito diferente de outras ditaduras como o nazismo, o comunismo de Stalin ou a Venezuela de Chávez). Uma lei de 1985 proíbe qualquer discurso que vá contra a lei islâmica e o “interesse público”. Na prática, segundo a ONG Human Rights Watch, as autoridades utilizam este recurso para praticar a censura, restringir a liberdade de expressão e de imprensa no Irã, além de punir os “infratores”. Segundo a ONG Repórteres sem Fronteiras, o Irã ocupa a posição 166 entre os países com maior índice de censura (num total de 169 países). Segundo esta ONG, em 2007 o governo de Mahmoud Ahmadinejad “acabou com a liberdade de expressão por completo”. Neste ano, 50 jornalistas foram presos e a Repórteres Sem Fronteiras intitulou o Irã como “a maior prisão de jornalistas do mundo”. Segundo a Anistia Internacional, só no ano de 2004 foram 108 pessoas condenadas à morte. A maioria delas por crime político. Segundo a ONG Repórteres sem Fronteiras, o governo iraniano busca controlar a internet através do bloqueio de sites de conteúdo considerado “inadequado”, tendo até mesmo condenado blogueiros à prisão. A ONG considera o Irã como um dos 13 países “inimigos da internet” e afirma que a restrição ao uso da internet ficou ainda maior no governo de Ahmadinejad.

Será que o Presidente do Irã vem ao Brasil ensinar sobre democracia?

Ahmadinejad lidera um regime autoritário com base em valores antidemocráticos e que prezam a violência e a repressão acima dos direitos humanos. Segundo o governo iraniano, o país não precisa respeitar a declaração universal de direitos humanos, baseada em valores ocidentais, uma vez que seria contrária aos princípios de uma República Islâmica. O regime de Ahmadinejad segrega seu próprio povo e oprime as minorias e grupos em risco existentes no país, tais como mulheres, bahais, homossexuais e cristãos, fazendo-as vítimas diárias da discriminação e segregação em locais públicos. Hugo Chávez, presidente da Venezuela, e Evo Morales, presidente da Bolívia, símbolos da anti- democracia e do desrespeito aos direitos humanos e a liberdade de expressão na América do Sul são aliados de Ahmadinejad.

Em 2008, a Anistia Internacional pediu ao governo do Irã que “pare de perseguir pessoas”. Foi criada a campanha “um milhão de assinaturas”, em prol da igualdade e do fim da discriminação contra mulheres. Mesmo assim, dezenas de mulheres envolvidas nas manifestações foram perseguidas, presas e punidas com chibatadas. MULHERES NÃO POSSUEM OS MESMOS DIREITOS QUE HOMENS NO IRÃ No código penal iraniano, a vida de uma mulher vale metade da vida de um homem. (Exemplo: se um carro atropela um homem e uma mulher na rua, a família do homem ganha o dobro de compensação recebida pela família da mulher). O depoimento de uma testemunha masculina num processo é equivalente ao de duas testemunhas femininas. Este fato tem tornado praticamente impossível que um homem seja condenado ao estuprar uma mulher, já que seu depoimento é considerado “mais valioso”. Uma mulher precisa da autorização por escrito de seu marido para poder trabalhar fora de casa ou viajar ao exterior. Além disso, o governo impede as mulheres de praticar uma série de profissões. As mulheres no Irã são obrigadas a cobrir todo o corpo com exceção das mãos e do rosto. O não cumprimento deste dever é punido com 60 chicotadas ou 70 dias na prisão. Mulheres que cometem adultério, prostituição ou incesto, são mortas através de apedrejamento, fato que gerou em 2008 a campanha “Stop killing and stoning women!” (Parem com a execução e apedrejamento de mulheres) e protestos de ONGs como a Anistia Internacional.* Em um período de dois meses em 2003, apenas como exemplo, 45 mulheres jovens foram assassinadas desta forma, na província iraniana de Khuzestan. O governo iraniano condenou algumas pessoas por esses crimes, mas geralmente com penas de prisão muito curtas.

Será que o Presidente do Irã vem ao Brasil ensinar sobre os direitos das mulheres?

Vamos protestar contra todos os fascismos.

Recado para Ahmadinejad

Já sei de qual partido será meu próximo candidato!

Os líderes dos principais partidos do país (PMDB, PT, PSDB, DEM, PPS, PV) assinaram na quinta-feira passada um requerimento para que seja votado em regime de "urgência urgentíssima" o projeto de Marcelo Itagiba criminalizando aquele que negar o holocausto. É uma espécie de gesto político da Câmara às vésperas da visita oficial do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, o celerado que nega o holocausto e prega o extermínio de Israel. Há chance de que o projeto seja votado nos próximos dias, durante a permanência de Ahmadinejad no Brasil.



Conheça a verdade - O que Ahmadinejad vem fazer no Brasil?

Saiba mais sobre as políticas do Irã.

No Rio

No Prosa & Política... a pergunta certa.

E eles?

Ontem você viu aqui uma galeria dos apoiadores da volta de Delúbio para o seio de sua família. Agora veja a foto dos dois abaixo e diga, será que eles também apóiam Delúblio?

DEBOCHE MAGISTRAL.

O DIA DA HIPOCRISIA DEVE COMEMORAR OS VINTE ANOS EM QUE O SUPOSTO PARTIDO DOS TRABALHADORES (NA VERDADE , SEITA DE FANÁTICOS QUE NÃO CANSAM DE IDOLATRAR UM IGNARO EM TERMOS DE CIVISMO, OU ÉTICA PÚBLICA) ENGANOU O PAÍS COM CRÍTICAS À FALTA DE TRANSPARÊNCIA DOS PODERES. DIA DA HIPOCRISIA É A DATA CERTA PARA CELEBRAR OS DEMAGOGOS E MENTIROSOS QUE DIZIAM DEFENDER A ÉTICA NA POLÍTICA E HOJE, NÃO APENAS SE DIZEM IGUAIS AOS CORRUPTOS, MAS DEFENDEM A CORRUPÇÃO, ALCUNHANDO DE ...."HIPOCRISIA" A LUTA CONTRA O ABUSO DO PODER NO CONGRESSO E NO EXECUTIVO.

QUANDO LULLA SE IDENTIFICA COM UM CONGRESSO QUE LHE É SUBSERVIENTE (NÃO TEM A CORAGEM DE DISCIPLINAR AS MEDIDAS PROVISÓRIAS, PELAS QUAIS O PRESIDENTE USURPA A PRERROGATIVA DE UM OUTRO SETOR DO ESTADO), OU CAPACHO, ELE VAI ALÉM DA IRRESPONSABILIDADE. SÓ A CONFISSÃO DO ATENTADO CONTRA A ÉTICA, O FATO DE CONCEDER PASSAGENS OFICIAIS PARA OS "COMPANHEIROS" DO SINDICATO (HOJE, ABOLETADOS NOS MINISTÉRIOS) GARANTIRIA A QUEDA DO BOQUIRROTO, CASO ESTIVÉSSEMOS EM REGIME PARLAMENTAR.

FACE A TAMANHA DESFAÇATEZ DE UMA PESSOA INVESTIDA DA MAGISTRATURA NACIONAL, SÓ RESTA MESMO RECORDAR CASTRO ALVES:

Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...

Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...

Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais ! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!

É por tais coisas que o governo Lulla só pode ser classificado no rol dos ESTELIONATOS ELEITORAIS!

Sábado, 2 de Maio de 2009

02/05/2009 - 06h48

Manchetes: jornais destacam fala do presidente sobre passagens

O Estado de S. Paulo

Lula revela ter usado cota da Câmara para dar passagens aéreas a terceiros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu ontem que, quando era deputado, usou a cota de passagens da Câmara para levar sindicalistas a Brasília. Ele disse não achar correto o uso dos bilhetes para turismo na Europa, mas frisou não considerar crime nenhum usá-las para levar a mulher ou sindicalistas para a capital federal.

"Não acho um crime um deputado dar uma passagem para um dirigente sindical ir a Brasília. Quando eu era deputado, muitas vezes convoquei dirigentes da CUT e outras centrais para se reunir com passagens do meu gabinete. Graças a Deus, nunca levei nenhum filho meu para a Europa. Mas um deputado levar a mulher para Brasília, qual é o crime?", questionou Lula, depois de participar da inauguração de um hospital de reabilitação da Rede Sarah, no Rio.

Para o presidente, a imprensa dá muita importância a um assunto que é banal. "Falam como se fosse um novidade uma coisa que é mais velha do que a história do Brasil", criticou. "Esse assunto está há um mês na imprensa e temos coisas mais importantes para discutir."

Conforme reportagem do Estado, em jantar na quarta-feira à noite com os presidentes da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), Lula já havia se comprometido a fazer declarações em defesa do Congresso.

"Ainda vou criar o Dia da Hipocrisia", discursou o presidente. "Guardar a passagem para ir à França é delicadíssimo, mas levar a mulher ou um sindicalista para Brasília, não vejo onde está o crime. Se esse fosse o mal do Brasil, o Brasil não tinha mal."

No It's abouth Nothing. Vamos todos à demonstração contra a barbárie e contra o "realismo" do governo brasileiro!

Sábado, 2 de Maio de 2009

O Paraíso de Ahmadinejad

Irã é criticado por enforcar jovem condenada por assassinato

Grupos internacionais de defesa dos direitos humanos protestaram contra a execução, na sexta-feira, de uma jovem iraniana condenada por um assassinato cometido quando ela tinha apenas 17 anos de idade.O enforcamento de Delara Darabi, 23 anos, ocorreu apesar de a jovem ter sustentado durante seu julgamento que era inocente.Ela havia confessado inicialmente a morte de um primo de seu pai, mas posteriormente disse ter feito a confissão para salvar o namorado.

A Justiça iraniana havia recentemente concedido uma suspensão da execução por dois meses, mas o advogado da jovem disse que as autoridades prisionais ignoraram a ordem e a enforcaram sem aviso prévio.A Anistia Internacional se disse "escandalizada" com a execução e disse que Darabi não teve direito a um julgamento justo.Segundo a organização, desde 1990 o Irã executou 42 pessoas que haviam cometido crimes antes dos 18 anos, em desacordo com as leis internacionais.

Atenção internacional

O caso de Delara Darabi gerou grande atenção internacional após pinturas e desenhos dramáticos criados por ela em sua cela serem divulgados pelo mundo.O correspondente da BBC em Teerã disse que na manhã de sexta-feira Darabi fez uma ligação telefônica desesperada para seus pais, dizendo que podia ver o carrasco por perto."Mãe, eles vão me executar, por favor, me salve", disse ela, antes de um carcereiro tomar o telefone e afirmar: "Vamos executar sua filha e não há nada que vocês possam fazer sobre isso". Hassiba Hadj Sahrahoi, sub-diretora da Anistia Internacional para o Oriente Médio e o Norte da África, disse que a execução rápida foi uma ação cínica para evitar protestos internacionais. "A Anistia Internacional está escandalizada com a execução de Delara Darabi, particularmente com a notícia de que seu advogado não foi informado", disse. Segundo Sahrahoi, a organização não considera o julgamento de Darabi como justo, "já que os tribunais se recusaram a considerar novas provas que seu advogado dizia que poderiam ter provado que ela não cometeu o assassinato".

Apenas faltou um dado na reportagem, provas periciais inocentavam Delara Darabi, segundo peritos o crime foi cometido por uma pessoa destra, e Delara era canhota. Delara foi morta por desrespeitar o Corão e as leis iranianas porque sendo menor de idade se relacionou com um homem antes de casar. Por esse 'crime' já recebeu 30 chibatas em público. Mas não contente, os Aiatolás iranianos queriam o sangue da garota. Amanhã o lixo humano que atende pelo nome Mamoud Ahmadinejad, chegará ao Brasil e será recebido com festa pelos corruptos do executivo, legislativo e judiciário brasileiro, e seus seguidores.

Apenas a juventude judaica do Brasil, juntamente com alguns grupos, organizou um protesto contra a presença dessa porcaria em solo nacional. Não vi uma autoridade. Seja um juiz do Supremo, qualquer representante de partido político, ou mesmo a OAB se manifestar contra a presença de um dos piores crápulas de nossa era.

Ahmadinejad representa o que há de pior, é o representante mor da escória que rasteja em nosso planeta. Quem o abraça é da mesma laia.Estou quase cancelando um compromisso amanhã e saindo de Campinas para participar deste protesto, sinto que tenho a obrigação em fazê-lo!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Uma charge mais do que lúcida. e o comentário de It´s about nothing.

Esta charge foi extraída do blog CONTRA A RAISON D'ÉTAT juntamente com um texto (segue abaixo deste meu) que traduzem um retrato nefasto em nossa sociedade, um mal crônico que se arrasta por anos. Poucas pessoas se chocam com violência no trânsito. Só em Campinas, no mês de abril, tivemos 30 atropelamentos de pedestres, sendo que 16 eram idosos que estavam ora na faixa de trânsito, ou ora em calçadas e em pontos de ônibus. A legislação brasileira não ajuda muito, porque ainda se permite a venda de carros que vão até 220 km/h se a velocidade máxima no país é 120 km/h e definitivamente não temos auto-estradas alemãs ou highways norte-americanas que expliquem a venda de carros tão potentes. A moda hoje dos jovens (e de muitos 'velhos') é 'tunar' o seu veículo, com faróis berrantes, aparelhagem de som absurda e o velho desrespeito e imprudência de sempre. Entre o ano passado e o ano retrasado, sofri duas colisões na traseira de meu veiculo, em ambas as vezes estava parado no sinal vermelho. Na primeira, a mais grave, meu carro foi arremessado há 15 metros atravessando o sinal vermelho de uma movimentada avenida da cidade, por uma questão de segundos não sofri uma segunda colisão na porta do motorista. Ao descer do carro, o outro motorista cínicamente me disse: "Não se preocupe, eu tenho seguro". Foi a mão divina que segurou a minha e evitou uma surra homérica no palhaço (e no final ele não tinha seguro).




Tem razão o Roque. Nesta semana ainda, na Rodovia dos Bandeirantes, perto do último pedágio (Campinas/São Paulo) eu seguia a 120 KM, como ordena a lei, na pista da extrema esquerda (hoje em dia, dada a política ordinária da esquerda, nela, só nas rodovias...)quando vejo uma luz intensa de farol chinês (aqueles azulões cafonas e incivilizados) em plena três hora da tarde, atrás de mim. Deu para perceber que a velocidade era superior aos 150 KM. De imediato passei para a pista do meio. Quando entrava naquela pista, o azulão passa à direita e me corta pela mesma direita, passando a centímetros de minha mulher, que viajava no banco da frente dos passageiros, para a pista da extrema esquerda. Pude notar que se tratava de um carro Honda, prateado, nada mais. Tentei ainda ver a placa, mas o canalha sumiu, "empurrando" os demais veículos. Em poucos segundos, desapareceu na estrada, tal maldição volante. Salvei-me graças aos freios ABS do carro japonês que possuo há dez anos. Caso contrário, um segundo a mais, e não estaríamos vivos. Com certeza o f.d.p. de classe média fascista tinha pressa para tirar o pai da forca, ou a mãe do bordel. A sensação de impotência e desânimo tomou conta de nós. Ao chegar em casa, diante de tarefas a serem executadas, inclusive em termos acadêmicos, ficamos paralisados. Passei mal à noite, sem conciliar o sono. No dia seguinte a Rádio Bandeirantes liga de manhã pedindo entrevista sobre a farra das passagens e outras desgraças brasileiras. Minha mulher, que atendeu o telefonema, pediu desculpas e disse que eu passara mal à noite. Fiquei sem condições de fala toda a manhã. Só à tarde pude atender os jornalistas, mas senti ainda problemas de locução. Estava literalmente gago.

Com gentalha assim pelas ruas e estradas, mas que se imagina chique, não podemos ter esperanças em prazo imediato de mudar os costumes (a ética...) brasileira. Com certeza o bandido seguia para compras de última hora na Daslu, ou nalgum Shopping caro. E com maior certeza ainda, votará na Dilma ou no Serra, "contra a corrupção".

Gente feita de excrementos anímicos e de propaganda. Nada mais. Simples assim.

Obrigado Roque, pela sua lucidez!

RR

RR

NO BLOG DE MARTA BELLINI.

Não reeleja os políticos voadores!

Da Helena Fantini.
Repassem!

Prosa & Política, Adriana Vandoni.

30/04/2009 às 21:20:00h
O direito dos fascistas

(Adriana Vandoni) Mahmoud Ahmadinejad negou que o holocausto ocorreu. Como toda verdade é relativa, e depende do ponto de vista de cada um, ele tem o direito de afirmar isso. Da mesma forma também Jesus pode ser apenas uma invenção, assim como Maomé. Mas, voltando ao presidente iraniano, o holocausto pode não ter ocorrido mesmo, e acho que a segunda guerra também não deve ter ocorrido. Todas as imagens que vimos e assistimos em tantas reportagens sobre o assunto podem ter sido meras criações hollywoodianas, utilizadas pelo imperialismo americano apenas para dominar o mundo e destruir a Europa.

Criaram cinematograficamente o poder alemão para entrar na Europa com seus tanques e homens e destruir tudo. Pearl Harbor foi uma farsa, e foi apenas um motivo para enganar o povo americano e conseguir o seu apoio. Criaram a farsa da guerra e foram à Europa para destruir o continente. Uma farsa que permitiu que se transformasse no império dominante, e isso de fato ocorreu a partir da segunda metade do século.

Não, os europeus não se destruíram nada. Não foi um conflito local que se disseminou, foi tudo armado pelos americanos, que depois posaram de bonzinhos, fingindo que foram cruciais para a derrota dos nazistas. Nazistas? Isso é outra farsa! A Alemanha apenas queria melhorar a vida das pessoas dos países que visitavam, e não queriam fazer nada além do que os americanos fazem hoje, exportar sua cultura, com filmes e música. Aliás, ao invés do mundo ter Elvis como má influência, poderíamos ter a música clássica de Wagner. Não teríamos essa rebeldia dos jovens, e eles hoje seriam mais comportados.

Agora, falando sério, esse fascista não deveria ser recebido no país. Ou recebido a pau e pedras, como seriam alguns fascistas que não comungassem dos amores da esquerda.

Receber um fascista como esse com honras de chefe de estado é o mesmo que referendar as besteiras que disse pelo mundo afora. Aliás, isso combina bem com esse governo e com o nosso presidente.

No Blog de Marta Bellini...

Sexta-feira, 1 de Maio de 2009

Braziuuu



Do Acir Vidal

Enquanto os deputados e senATORES, vereadores, governadores, prefeitos viajam por Paris, China, Conchinchina, nossas escolas vão de mal a pior. Estão estragadas, salas escuras, as professoras mal formadas, cansadas e preconceituosas. As crianças se submetem à melhor porcaria educativa do planeta: não há escolas piores do que as brasileiras. Enojantes. As escolas não são locais de estudo. São depósitos de crianças e jovens. Jovens aliciados pelos traficantes no período pós-escolar. Taí, um país de traficantes. Trafica-se passagens, recursos... trafica-se crianças e jovens. TÔ precisando de plasil.

Para lembrar o que disse eu no post anterior. Hoje, para responder ao Rossi, eu estaria escondido, com vergonha....

12/08/2002 - 18h47

Leia a parte em que Lula responde às perguntas da platéia

Folha Online : http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u35797.shtml

(...)

Clóvis Rossi
: Pergunta do professor Roberto Romano, onde é que está o Roberto Romano? Não enxergo nada daqui. Oi Roberto, tudo bem? São várias, vou fazer só a primeira, Roberto, senão não dá tempo. "Governos eleitos na América do Sul enfrentam pesadas críticas da imprensa as quais tentam responder com atitudes respectivas, isso ocasiona choques que chegam a ameaçar a estabilidade institucional como no caso da Venezuela. Qual será a sua política para a mídia internacional e brasileira, como pretende vossa senhoria se relacionar com os formadores de opinião?

Lula: Permita chamá-lo Roberto, eu tive a oportunidade de, estando com o Chavez, dar um conselho ao Chavez, disse que conselho se fosse bom a gente não dava, a gente vendia, mas como eu estava com ele eu tive a oportunidade de dar esse conselho para ele, o Chavez é um jovem de 40 e poucos anos, tem a sua formação iminentemente militar, ele não é um político na essência da palavra. A Venezuela não tem partidos como tem no Brasil, não tem sindicato como tem no Brasil, não tem sequer uma igreja progressista como tem no Brasil, é um Estado de instituições mais frágeis, onde a empresa de petróleo consegue até derrubar um presidente da República. .

Então, eu disse ao Chavez: Olhe Chavez, eu acho que é preciso acertar na política, ou seja, esse negócio do presidente da República ficar dizendo que não conversa com A, com B, não cabe ao Presidente da república dizer que não conversa, ele é presidente de todos. Então você precisa conversar com todo mundo. Eu, quando cheguei lá, no dia que eu cheguei lá, tinha uma turma batendo panela contra ele e outra turma soltando rojão, foguete a favor dele. Eu falei: isso aqui é impossível. Ou seja, é preciso criar um canal de conversação com a sociedade e restabelecer, sabe, a tranqüilidade para você não poder executar a sua política social que você sonha. Uma coisa, Roberto, grave que aconteceu na Venezuela, porque o movimento estava muito nervoso lá, uma das coisas que mais mexeu com a elite venezuelana foi, primeiro a questão da terra, ou seja, quem tinha mais de 5.000 hectares de terra, ou seja, não queria passar por um recadastramento, tinha muita gente que tinha terra como no portal do Parapanema, que o Montoro tentou recuperar as terras em 92, tem muita gente que é dono de terra ilegalmente, ele tentou fazer isso e as pessoas se rebelaram. A questão da pesca, ou seja, ele proibiu a questão do arrastão, quando passa a rede imensa no fundo do mar, aquilo acaba com a fauna, ou seja, ele queria que prevalecesse a chamada pesca artesanal. Essas foram as razões maiores do ódio contra o Chavez. Eu disse para ele: Chavez, não tem jeito, ou você estabelece uma negociação com a sociedade, com os empresários, mesmo com aqueles que são mais duros contra você, com os donos dos canais de televisão com os donos dos jornais para que se estabeleça a possibilidade de governar este país. Ninguém vai conseguir viver nessa tensão a vida inteira.

Agora, você sabe que essa não é a minha horta. Eu sou tão negociador que em 1975, quando Petrônio Portela disse: vai começar o processo de negociação, me chamou, tinha muita gente que dizia: Lula, não vá.

Eu falei: Eu vou. Por que você vai? Porque eu tenho o que dizer. Eu fui lá. Então a minha vida inteira só fiz isso, sabe, fazer acordos, fazer negociações (...) Em outros tempos, o que aconteceria, Roberto?

Um dirigente sindical correria e iria para outro país. O que eu fiz? Como eu não era politizado, o que eu fiz?

Eu cheguei ao sindicato, vi a manchete da Folha, liguei para o comandante do segundo Exército, eu falei: O senhor recebeu o Vidigal, eu quero ser recebido. Fui lá, conversei 3 horas com ele e cumpri o que ele disse para mim. Fiquei no sindicato e o Exército não se meteu nas nossas greves. Depois então veio o Miltinho, e botou o Exército para bater na gente.

Mas eu acho que no Brasil nós não temos nem essa cultura, nossa sociedade é mais organizada, acho que os sindicatos estão mais preparados, sabe, então eu acho que nós não temos nenhum problema de ter algo assimilar aquilo lá. Até porque se o cara não quiser conversar comigo eu vou em cima dele para conversar.

Clóvis Rossi: Ainda bem que é para conversar.

Sobre o STF, um alerta antigo, e ultrapassado pelos eventos recentes.

No site do Poder Judiciário de Santa Catarina : http://www.tj.sc.gov.br/

Quando Lula ainda não era Lulla, e não tinha Collor e quejandos na sua "base aliada" do Senado e da Câmara, tentei dialogar com ele, pela imprensa (no debate dos candidatos, feito pela Folha, ele me disse, em resposta à uma indagação minha sobre imprensa, Chavez, etc. que estaria aberto ao diálogo) sobre o papel do STF. Não tinha ilusões, mas não poderia deixar de cumprir minha função de professor titular, responsável por uma cadeira de ética e filosofia política. O texto, como podem comprovar abaixo os que integram o PT e os que o recusam, é respeitoso. Mas nele aponto os desvios que imperam em nosso Estado, com a preeminência do Executivo que gera teratologias jurídicas. Palavras ao vento. Agora, que o STF e o Congresso estão na mira da consciência popular, acho interessante reler uma advertência, feita em tempo certo e com linguagem decorosa. Hoje, depois de muitas decepções, não uso mais de tamanha contenção estilítica. O destinatário não merece.

Pelo artigo, os leitores podem notar que só pude ver com bons olhos a cruzada conduzida pelo presidente atual do STF , Gilmar Mendes, contra os abusos da polícia. Ainda resta muito para que os "agentes da lei" respeitem os direitos do cidadão "comum". Foi pedagógico, penso, que eles tenham encontrado resistência aos seus modos selvagens, quando prenderam pessoas da "elite". Agora é exigir respeito igual para os pobres, os remediados, etc. Mas a garra impiedosa foi quebrada. Tal fato não pode ser ignorado pelos que seguem os costumes dos setores repressivos nacionais.

RR


AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, SOBRE O STF

Roberto Romano*

Senhor presidente Luiz Inácio da Silva: Jurandir Xavier Cruz, 46 anos, foi preso ao prestar queixa em delegacia de polícia contra o abuso de autoridade de um policial militar que o agredira na véspera. O eletricista foi acusado de assassinato, por erro de homonímia cometido pela polida. Na sua fala triste, Xavier Cruz contou que os supostos agentes da segurança pública riam dele e lhe diziam que "ficaria preso até 3006 só para aprender a não delatar policial" (Folha, 16.jan.2003, pág. C6).

Três atentados contra os direitos dos cidadãos foram assim cometidos num só lance: agressividade policial, incompetência que produziu danos morais irreparáveis na vítima e intimidação para proteger interesses corporativos. Somemos os dias de cárcere, em hediondo desconforto físico e espiritual, à lentidão da Justiça. Quando os erros oficiais foram expostos, por obra de um digno advogado, alguém, portando uma toga, se recusou a dar voz de soltura à vítima "porque faltava uma assinatura nos autos". Um delegado de polícia libertou Jurandir Xavier Cruz, mesmo sem o alvará de soltura. Como os quesitos burocráticos não foram cumpridos, o agente da autoridade pode sofrer investigação.

Senhor presidente, milhões de pessoas honestas, como Xavier Cruz, passam vexames e violências semelhantes nas mãos de policiais truculentos e de magistrados insensíveis. Elas precisam ser ouvidas de fato nas mais elevadas decisões sobre a Justiça brasileira. A salmodia sobre a falta de justiça basta para mostrar a desconfiança geral quanto à eficácia do Poder Judiciário e das forças que deveriam proteger os contribuintes. O senhor conhece os abusos e o alheamento dos setores em pauta. Desde longa data, a sociedade civil espera uma reforma do judiciário e da policia.

Mas, antes dessas mudanças desejadas, o senhor sabe muito bem, existe uma desastrosa assimetria dos Poderes no Estado. Como herança do Império, nossa República concede prerrogativas excepcionais à Presidência e dá ao chefe de Estado a preeminência atual sobre o Legislativo e o Judiciário. A reforma da Justiça e da polícia supõe ampla reformulação do Estado. Esperamos que o governo dirigido pelo senhor forneça os primeiros passos reais nas mudanças, rumo ao equilíbrio democrático dos Poderes. Enquanto isso não ocorre, o senhor tem nas mãos a ocasião de atenuar a desarmonia do sistema político. Refiro-me à nomeação inédita, em termos numéricos e qualitativos, de novos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Deseja a vida civil que os novos integrantes do Supremo sejam pessoas de alta competência jurídica. Mas isso não basta. Além do requisito técnico, precisamos de juizes capazes de ir além das paredes dos Tribunais, juizes que ouçam os concidadãos, juizes que ponderem suas análises com rigor republicano. Conhecemos as mazelas do Judiciário. A via-crúcis do eletricista que citei acima constitui um pecado venial, se comparado a outros ocorridos na magistratura brasileira. Mas também conhecemos, no interior do Judiciário, juizes que lutam pela dignidade e pelo atendimento exemplar aos cidadãos.

No Ministério Público, tanto no Federal como no Estadual, temos exemplos de bravura (até com a doação da própria vida) de procuradores e promotores na defesa da gente honesta. Por meio de suas associações, eles batalham para garantir justiça às pessoas de bem. Entre os magistrados, conhecemos o trabalho de setores lúcidos, como a Associação Juizes para a Democracia.

Ao enfrentar obstáculos enormes, essa associação buscou, desde o seu início, garantir na vida estatal os valores inscritos em seu nome. Sim, para ela, a justiça efetiva só ocorre no âmbito democrático. Como disse seu ex-presidente Dyrceu Cintra Júnior, em palestra aos estudantes de Direito: "No início do século 21, o mínimo que se espera é um Judiciário engajado no projeto de construção da democracia. Sem direitos humanos - individuais, coletivos e sociais - , não há democracia". Em outro trabalho, um artigo cheio de interesse social, afirmou o mesmo jurista: "Resta aguardar que, numa época menos conturbada, pessoas mais comprometidas com os interesses populares devolvam o Judiciário ao povo brasileiros.

Senhor presidente, há ocasiões em que um erro de avaliação, cometido pelo governante, se torna fatal ao País. Cremos no seu alvo de iniciar a mudança democrática das nossas instituições. No caso do Supremo, recordo as origens políticas representadas pela sua pessoa. O senhor integrou o movimento social, mesmo antes da existência de seu partido político. E tem consciência do quanto os setores organizados dialogam no cotidiano com o verdadeiro soberano, o povo que sustenta o Estado. Ouvir, no provimento dos postos no Supremo, associações como a dos Juizes para a Democracia e organismos que representam os procuradores da República e os promotores democráticos será ato de sabedoria política e social da mais alta relevância. Assim fazendo, o senhor certamente integrará o rol das pessoas que, nas palavras do juiz Dyrceu Cintra Júnior, devolverão "a Justiça ao povo brasileiro". (Folha de São Paulo, Tendências e Debates, 07/02/03 - p. A3)

* Filósofo, é professor de Ética e de Filosofia Política na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Sobre uma postagem no It´s about Nothing : sem matemática, a filosofia é apenas retórica, propaganda, crença.

Defendo, desde longa data, uma politica oposta à definida nas péssimas notícias abaixo. Em primeiro lugar, sou contrário ao ensino de filosofia e de sociologia antes da universidade. Sem domínio das matemáticas, da história, das ciências, da poesia e da literatura, chegando às artes várias, o estudante do segundo grau está sujeito ao doutrinamento ideológico ou religioso, dados como se filosofia ou sociologia fossem. Ou então, são submetidos aos manuais que engessam os saberes filosóficos e sociológicos em fórmulas, slogans, escolas da política nacional ou internacional.

Manual de filosofia é a maneira mais rápida e eficaz de imunizar os estudantes contra a filosofia (o mesmo, digo, ocorre com as aulas de religião e seus manuais, o método mais eficaz de produzir ateus, dado que banalizam as noções teológicas em fórmulas dogmáticas, sem que apareçam as cautelas dos pensadores teológicos ). Em todos os "debates" (sabemos bem como são feitos "debates" no Brasil) a que compareci, sobre a imposição da filosofia no segundo grau, argumentei que o ensino da matemática é mais importante do que a decoração de textos sobre escolas. É o caso dos emburrecedores "ismos", como em "idealismo", "ceticismo", etc . Como diz Heidegger, com plena justiça, o "ismo" não pertence ao pensamento, mas à tecnologia manipulativa e retórica que afasta o pensar. É também o caso dos enunciados postos discretamente e sem maiores justificativas a que os estudantes são submetidos. É mais certo e justo fornecer aos estudantes opostunidades para que eles desenvolvam a sua própria mente, com os saberes científicos, a imaginação e a fantasia, do que lhes aplicar a camisa de força mental de doutrinas selecionadas pelos curricula e pelos autores dos manuais (que dão muito dinheiro às editoras e aos próprios autores).

Na própria Unicamp defendi que a nota de corte do vestibular para a filosofia fosse mais rigorosa em matemática. A norma vigorou algum tempo, mas foi abolida porque "o número de candidatos diminuiu". Argumentei, sem sucesso, que é impossível o estudo filosófico sem matemática. É inimaginável ler Platão (existem estudantes que não conseguem seguir as demonstrações simples de geometria em diálogos como o Menon,o Teeteto, etc), Pascal, Descartes, Leibniz, Newton, D´Alembert, Condorcet, Hegel (basta consultar, na Grande Lógica de Hegel, os capítulos referentes à matemática), Marx, Bertrand Russel, Edmund Husserl, sem matemática. A lista dos autores que só podem ser lidos com base matemática é imensa e preenche a História da Filosofia. Fui voto vencido, mas noto, com tristeza : na exata medida em que setores como a Economia abusam de alguns ramos do saber matemático, a estatística por exemplo, transformando-os em retórica somente persuasiva, a filosofia, em seus trabalhos, passa ao largo de uma linguagem que ajuda a apurar a mente e afia análises do mundo e dos homens.

Em meu livro Silêncio e Ruído, a Sátira em Denis Diderot (link para o texto francês abaixo) apresento o pensamento das Luzes sobre a matemática e seu ensino. Ambos são valorizados ao máximo por Diderot e seus herdeiros.

E por falar no assunto, a Editora da Unicamp acaba de publicar uma obra prima de saber e informação sobre o ensino das matemáticas, segundo os filósofos dos século 18. Refiro-me ao livro de Maria Laura Magalhães Gomes : Quatro Visões Iluministas sobre a Educação Matemática (Campinas, 2009). A autora, que ensina matemática na área de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, examina com rigor e muita elegância o pensamento de Diderot, D´Alembert, Condillac e Condorcet sobre o assunto. Vale a pena a leitura deste escrito apaixonante e necessário. Escrevi a "orelha" do volume, estive na Banca de doutoramentoe, durante bom tempo, acompanhei as pesquisas da autora, uma brilhante acadêmica que honra a universidade, sobretudo na era do populismo acadêmico.

Há um belo artigo de Sérgio Rouanet, publicado pela revista Humanidades (UNB) em priscas eras. Nele, o autor defende o retorno do latim ao ensino do segundo grau, sobretudo para os que desejariam seguir a carreira das humanidades. O rigor da lingua latina ensina a pensar, e bem. Concordo com ele e penso que introduzir filosofia e sociologia no segundo grau é um desserviço às mesmas disciplinas, além de ser a introdução nas escolas, abençoada pelo Estado, do sectarismo disfarçado sob a ordem ordem especulativa . Em outros tempos eu diria que se trata de pura e simples lavagem cerebral. Mas com os corrosivos do espírito inventados nos últimos dias, mesmo os cérebros deixam de ser lavados, pois já antes são dissolvidos pelos ácidos doutrinários imperantes.

Roberto Romano


Vestibular 2010: Novo Enem não terá língua estrangeira, filosofia e sociologia

O Globo com informações da Agência UnB

RIO - A primeira edição do vestibular unificado não terá prova de língua estrangeira, sociologia e filosofia. Segundo o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes, as matrizes para a elaboração dessas provas não estão prontas, e o prazo é insuficiente para a sua realização. A decisão vale apenas para este ano e afeta a seleção das universidades que aderirem ao novo Enem. O Inep utilizará na elaboração da primeira edição do vestibular unificado a matriz do, Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).
Leia mais: UFF vai utilizar o novo Enem no vestibular 2010

- Na segunda edição, em 2010, vamos incluir as matérias - afirma Fernandes durante seminário sobre o vestibular unificado realizado na Universidade de Brasília (UnB).

Para o secretario executivo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, Gustavo Balduíno o fato é uma limitação, devido a importância das disciplinas nas seleções das universidades.
- No vestibular da Universidade Federal de São Carlos (UFSC), por exemplo, há seis opções - diz.

Para coordenadora de ensino e graduação da UnB, Márcia Abrahão, uma seleção para universidade sem língua inglesa representa um retrocesso.

De acordo com Márcia Abrahão, a decisão pode atrapalhar na adesão da UnB ao processo. O Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão da universidade deve decidir sobre a participação da UnB no novo Enem no dia 7 de maio.
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A mesma opinão tem o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal, Amábile Pacios.
- Não vamos mais fazer uma seleção do mesmo nível. Estamos sucateando o processo. A qualidade da seleção sofrerá perdas - critica

Para Amábile é difícil imaginar uma prova de vestibular sem língua estrangeira, uma vez que a disciplina é obrigatória na grade das escolas.

As provas do Enem deverão, ainda, passar por pré-testes, antes da aplicação. O novo Enem deve ser realizado nos dias 3 e 4 de outubro e, mesmo diante de insistentes pedidos de reitores para adiar a data, Fernandes diz que o prazo será mantido.
- Muitas instituições utilizarão o novo Enem como primeira fase, precisaremos divulgar o resultado em tempo hábil para a segunda etapa - justifica.

A expectativa é que 4 milhões de pessoas façam o exame. Todas as redações serão corrigidas, uma vez que a prova tem o intuito de avaliar o ensino médio e não só selecionar para as universidades.

Já espereva por isso, claro! Sabia que esse 'novo vestibular' seria a pá de cal no já sucateado e combalido ensino superior nacional, agora o governo Lula (que odeia o conhecimento) acabou com pouco de excelência que existia. Realmente para quê não é? Se já não precisa saber matemática (somos um dos piores países no ranking mundial de ensino nesse quesito), português, para quê filosofia, sociologia e língua estrangeira? Só 'brasileiro' já basta não é mesmo?

Qual é a verdadeira intenção? Facilitar a entrada de qualquer um nas universidades para depois arrotar que 'nunca antes na história desse país' existiu tantas pessoas com nível superior e que 'os pobres' agora estudam onde os 'filhos dos ricos' antes estudavam. A realidade é que o esnino superior no Brasil já está desvalorizado no mercado de trabalho, agora vai virar o antigo 'segundo grau'.