Ministro minimiza roubo de doações em Santa Catarina
Plantão | Publicada em 17/12/2008 às 18h28m
BRASÍLIA - O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, reagiu nesta quarta-feira contra as declarações do professor Roberto Romano e de outros analistas políticos e sociais sobre o roubo de alimentos e roupas destinados aos flagelados das enchentes em Santa Catarina. Hage entende que trata-se de um caso grave, mas isolado. Para o ministro, não é possível concluir a partir do episódio que os brasileiros estariam mais vulneráveis à corrupção ou mais expostos à influência de políticos, juízes e administradores públicos, entre outras autoridades, envolvidos em escândalos.
- O número de brasileiro que, por um desvio de caráter, praticou um absurdo desse, que é desviar doações, foi meia dúzia. Não significa absolutamente nada diante dos milhões de brasileiros que, numa campanha de solidariedade sem paralelo, se dispuseram a doar e a ajudar no empacotamento, no transporte, na distribuição e na entrega dessas doações. Fazer discurso em cima de três ou quatro casos isolados e querer jogar o Brasil para baixo é algo sem qualificação - disse Hage.
Para o ministro, não há indicação clara de que os soldados e voluntários suspeitos do roubo tenham copiado o comportamento de personalidades públicas investigadas por corrupção. Segundo o ministro, existem pessoas desonestas em qualquer segmento social. Em entrevista ao GLOBO ontem, Roberto Romano disse que os desvios de conduta de determinadas categorias ampliam a sensação de impunidade, o que deixaria a sociedade mais exposta à corrupção. Hage discorda.
- O Brasil é um país que está crescendo aos olhos do mundo, ganhando respeito do mundo em todas as áreas - disse o ministro.