domingo, 4 de setembro de 2011

Marta Bellini.

domingo, 4 de setembro de 2011

Enfim ...

Foto: Andressa Modolo

Caros leitores,

Ontem vocês leram um post sobre a situação que, as vezes, me encontro nessa cidade e na Universidade em que trabalho. Minha filha, infelizmente, sofre por mim. Ontem a noite recebi telefonema do colega que me desqualificou na cafeteria Machiato com pedido de desculpas. Aceitei-as e pedi que enviasse um email com o pedido.

Meu colega acertamente disse que temos visões diferentes da ocupação da reitoria. Sim, temos, mas visões políticas e não pessoais. Como disse a ele não sou bandida, nem safada. Sou a favor dos estudantes e sou contra o modo como a administração trata seus problemas políticos públicos. Quem me conhece sabe que não roubei nada, não infringi nenhuma regra, nem sou candidata a reitora. Os atuais administradores não precisam se preocupar com isso. O poder local não me apetece. Não precisam ter medo que não vou me meter na corrida dos atuais concorrentes. Mas vou ser contra essas candidaturas abertamente. Sobretudo se elas sairem de pessoas com cargos com função gratificada. Por que? Porque recebem para gestar suas candidaturas e lutam para que o status quo fique sempre na mesma. Não respeitam a Universidade, querem poder. Só poder.

Minha filha ficou muito revoltada. Ainda mais porque na fita gravada, o DCE é acusado de ir contra as licitações das cantinas (a mesma ladainha que escreveu um jornalista do Diário, irmão de um pró-reitor da UEM dia 31 de agosto de 2011, em sua coluna, o mesmo pró-reitor que penso, quer ser candidato a reitor da Universidade, com todo direito que lhe cabe, é claro). O DCE também é acusado de comprar carros com verbas do diretório. Tenho certeza, conhecendo meu colega como penso que o conheço, que ele ouviu isto de alguém. Circulei anos pelos partidos de esquerda e sei que eles - quando querem atingir alguém ou uma instituição - fazem isso: acusam os outros de roubo. Conheço um único caso de carro comprado com dinheiro público que ficou em nome privado. Só um, é não é dos estudantes.


ACEITO AS DESCULPAS. Convido-o a ouvir a fita na companhia das minhas advogadas para que não pense que estamos blefando. Foi mesmo uma infeliz coincidência. Sobram as 3 mulheres que o ouviam. Uma delas com uma filha que desdenhava assim o DCE: os estudantes reclamam da fila, mas não reclamam das filas das baladas. Pobre menina! Infeliz lógica!


Diante do pedido de desculpas de meu colega, não vou criminalizá-lo. Mas espero que os aliados do reitor parem. Perderam essa luta. Podem ganhar outras.

Há problemas na Universidade? Há muitos, muitos e não podem ser resolvidos com fofocas e processos administrativos.

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Prezada Marta
Venho pelo presente pedir desculpas pelos comentários feitos por mim sobre você hoje à tarde.
Creio que por termos visões diferentes sobre o movimento de ocupação da Reitoria eu, talvez, tenha exagerado nos comentarios quando me referi à sua pessoa.
Quero ressaltar que sempre tivemos um contato bastante respeitoso principalmente da sua parte e em nome dessa nossa amizade solicito profundas desculpas pelo sofrimento que lhe causei com os comentários inapropriados de minha parte.
Quero também estender meu pedido de desculpas à sua filha pela minha atitude desrespeitosa em relação à mãe dela.
Atenciosamente.
E.

PS: Estou mandando de novo caso tenha havido algum problema com o email que enviei anteriormente.