18/11/11 - 17h01
Publicado Por: Gabriel Mandel
Comissão da Verdade é fundamental para o Brasil
Roberto Romano revela que, se bem feito, trabalho acrescentará muito para a democracia
Elza Fiuza/ABr
Jornal Jovem Pan
Patrick Santos
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Como é possível avaliar a criação da Comissão da Verdade, cuja instalação foi sancionada nesta sexta-feira pela presidente Dilma Rousseff? O que mudará, no Brasil, com a instalação de um grupo que, durante dois anos, apurará violações dos direitos humanos cometidas de 1946 a 1988, período que inclui a ditadura militar? Quem respondeu, em entrevista a Patrick Santos, foi Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia da Unicamp e membro do Linha de Frente da Jovem
Segundo ele, a nova lei é “oportuna, e vem tarde, pois poderia ter sido estabelecida” em 1988, quando foi aprovada uma nova Constituição. No entanto, o retorno do país à democracia complicou o cenário, e condições econômicas negativas impediram a instalação da comissão que, “se exercer o seu papel de maneira correta, sem prejudicar um lado ou outra”, acrescentará muito à democracia brasileira, apontou Roberto Romano.
Sobre a importância da Comissão da Verdade para a construção da memória brasileira, o professor de Ética chamou a atenção para algo mais importante, a consciência, “que define o nosso grau de humanidade”. Sem a consciência dos fatos que ocorreram na sociedade, o ser humano atua de forma primitiva e não consegue decidir da maneira correta o futuro.