sexta-feira, 12 de junho de 2015

Blog de Marta Bellini

NOTA DO COMANDO ESTADUAL DE GREVE DAS UNIVERSIDADES

NOTA DO COMANDO ESTADUAL DE GREVE DAS UNIVERSIDADES
1. Inicialmente, externalizamos nosso respeito à decisão da APP-Sindicato de ter encerrado a greve, mas esta não é nossa posição. Os sindicatos de docentes do a UEM, UEPG, UNIOESTE, UNICENTRO e UNESPAR continuam em greve pelo pagamento integral de 8,17% e vamos resistir enquanto a luta não estiver terminada.

2. Neste sentido, ontem, 10 de junho, estivemos na ALEP para reafirmar junto aos deputados o direito à reposição de 8,17% em uma parcela, retroativos a maio/2015. Explicamos aos deputados que não há consenso, de nossa parte, relativamente a proposta de reposição parcelada pautada na ALEP. Esclarecemos também que tal proposta causa perda salarial ao longo dos três anos, e que os docentes não acreditam que o governador Beto Richa cumprirá uma proposta parcelada.

3. Deste diálogo resultaram vários pronunciamentos de deputados em plenário reconhecendo a greve nas universidades e a proposta de 8,17% em parcela única. Tal esforço dos docentes conseguiu recolocar em pauta o índice integral de 8,17%.

4. Ocupamos as galerias durante a sessão, com manifestações de protesto em favor de nossa posição. Um grupo numeroso de docentes da UEPG juntou-se a nós nas galerias. Explicitada nossa discordância, cogitou-se, entre os deputados, a retirada do projeto para rediscussão. Da parte do governo, o presidente da ALEP, Ademar Traiano, adotou outra posição e admitiu, politicamente, apresentação de emendas ao projeto. Desse modo, votou-se apenas a constitucionalidade do texto, com 16 votos contrários, fato importante uma vez que pela manhã constatamos apenas 5 votos contra o projeto.

5. No final do dia, nos reunimos com parlamentares para discutir a construção de emendas ao projeto que serão apresentadas na sessão de segunda-feira, 16 de junho. Ainda restam dúvidas, por parte de parlamentares, sobre a convivência e efetividade de tais emendas. De nossa parte continuamos argumentando que lutamos pelo direito a 8,17% em parcela única, e que não desistimos. As tratativas sobre isso na ALEP continuam até o dia 15/6, quando nos faremos presentes para defender nosso direito.