quinta-feira, 18 de junho de 2015

Marta Bellini

Da série: como é bom ser brega na ALEP

"Hegel chamou as universidades de zoológico dos espíritos. Metáfora para lá de bacana. Quando me vejo na Alep - assembleia legislativa do paraná - me pergunto se aquilo é também um zoológico dos espíritos. É um outro  tipo de zoológico. Penso que é um zoológico do curral caipira moderno. Explicando melhor: ali temos esses senhores do interior do estado, da caipirice brega, dos que querem experimentar salmão grelhado com molho "bérnaisse", bacalhau, depois de passarem a vida comendo linguiça de porco com carne de todos os bichos do quintal, daqueles que andaram de carroças e agora acham o avião o supra sumo do phoder. Daqueles que passam a olhar pelas janelas de vidro de um prédio insustentável ecológica e economicamente, mas olham de cima, de suas santas inguinoranssas".

Mas não antes de terem sido enforcados...


e em Portugal, como aqui

Do Blog de Joana Lopes, Portugal 
«O Estado Social está em perigo, está ligado às máquinas, quase a morrer. Esta morte anunciada não é inevitável. Existem alternativas e outro caminho para o revitalizar. A intenção de destruir o Estado Social é política e ideológica pois permite ao actual Governo ter o falso argumento de passar para a esfera privada funções sociais do Estado lucrativas. Com a falência do Estado Social é mais fácil florescer o negócio lucrativo na área da educação, da saúde e da gestão do fundo de pensões. Com a anunciada morte do Estado Social o dinheiro para proteger as pessoas pode ser descaradamente utilizado para comprar títulos de dívida pública. Com a anunciada morte do Estado Social os cofres de Portugal ficam vazios para pagar os juros da dívida à senhora Merkel. Com a anunciada morte do Estado Social vamos ter mais tolerância para o empobrecimento, para o aumento das desigualdades sociais, para a perda de direitos e para o retrocesso civilizacional que nos envergonha a todos. Com a anunciada morte do Estado Social aceitamos sem protesto e indignação um Estado mínimo de caridade e assistencialismo que humilha e não emancipa os mais desfavorecidos.»

José António Pinto