Alguém se lembra dos discursos raivosos do Sapo barbudo, antes deste assumir a presidência (off course), contra os bancos e seus lucros? Alguém se lembra do petista ao lado demonizando instituições financeiras até hoje? Pois bem, os bancos nunca lucraram tanto quanto no governo Lula, mas o que isto tem de errado? Nada se este lucro não fosse à custa de um endividamento e empobrecimento cada vez maior de pessoas físicas e jurídicas. O grande lucro bancário no Brasil se deve a um juros astronômico bancário que chegam a 6% ao mês e juros de cheque especial e cartões de crédito que ultrapassam os 9% ao mês segundo dados do Procon de São Paulo em contrapartida a um rendimento de 1% nas cadernetas de poupança ao mês e 1,25% em fundos de investimento como CDB e RDB. Esta imoralidade é a política aplicada pelo governo petista nestes oito anos. A economia maravilhosa é realizada a base de crédito de pessoas físicas e jurídicas cada vez mais endividadas neste sistema dispare de valores de juros entre rendimento e endividamento em bancos, tanto é verdade que a própria candidata a presidência do governo Lula prefere guardar dinheiro vivo em casa, pois sabe que lhe é mais vantajoso do que aplicar ou mantê-lo na conta corrente sujeito a taxas de serviços bancários, como a mesma declarou em entrevista recente.
Tudo isto é corroborado pela matéria que segue extraída do Jornal Estado de S. Paulo. Não é necessário ser um economista e tão pouco um gênio da matemática para desvendar o panorama econômico atual do Brasil: Um 4,58 Bilhões apenas no primeiro semestre de 2009, sendo que as operações de crédito bancário, ou seja, bancos emprestando dinheiro a juros para empresas e pessoas físicas, somaram 244,8 bilhões resultando em um aumento de quase 7% neste tipo de operação, ou seja, mais empresas e mais pessoas precisaram ir aos bancos buscar empréstimos e não significa que todas foram para investir o dinheiro, muito pelo contrário já que há uma estagnação econômica, significa que as operações no país das maravilhas estão sendo feitas na base do empréstimo bancário.
Lucro do Bradesco no 1º semestre é o 2º maior da história, diz consultoria Ganhos do banco no período, de R$ 4,50 bilhões, só perdem para o verificado pelo Itaú Unibanco, com lucro de R$ 4,58 bilhões no 1º semestre de 2009
Altamiro Silva Júnior, da Agência Estado
SÃO PAULO - O lucro do Bradesco no primeiro semestre, que somou R$ 4,508 bilhões, foi o segundo maior já registrado no período por bancos brasileiros de capital aberto, segundo a consultoria Economatica. O primeiro lugar é do Itaú Unibanco, com lucro de R$ 4,586 bilhões no primeiro semestre de 2009.
A rentabilidade sobre o patrimônio foi de 22,8% no semestre. Se considerado o lucro líquido ajustado (pela inflação), de R$ 4,602 bilhões, o banco teria o maior lucro da história para o primeiro semestre. O Bradesco ocupa a segunda e a terceira posições, com os resultados do primeiro semestre de 2010 e 2008, respectivamente. O lucro no primeiro semestre de 2008 foi de R$ 4,105 bilhões. O Itaú Unibanco, o Bradesco e o Banco do Brasil ocupam as sete demais posições do ranking, com resultados obtidos entre 2006 e 2009.
Nesta quarta-feira, 28, o Bradesco anunciou lucro líquido no segundo trimestre, de R$ 2,405 bilhões, 4,7% acima do resultado de R$ 2,297 bilhões no mesmo período do ano passado. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, a alta foi de 14,4%.
O setor de seguros e previdência continuou com peso relevante dentro dos resultados do banco, respondendo por 31% do lucro líquido do segundo trimestre, ou seja, R$ 1,404 bilhão. O restante (R$ 3,198 bilhões) veio das atividades financeiras.
Os ativos totais do banco chegaram em junho a R$ 558,1 bilhões, alta de 15,7%. Já o patrimônio líquido em junho somou R$ 44,295 bilhões, 18,8% superior ao saldo do mesmo período de 2009. O índice de Basileia alcançou 15,9%, acima dos 11% exigidos pelo Banco Central. O Basileia mede quanto o banco pode emprestar no crédito sem comprometer seu capital.
Crédito tem expansão
As operações de crédito somaram R$ 244,8 bilhões no segundo trimestre, alta de 4,1% ante o primeiro trimestre de 2010. O avanço foi reflexo da evolução de 6,7% da carteira de micro, pequenas e médias empresas, de 4,2% da pessoa física e de 1,7% das grandes empresas. As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 89,648 bilhões, enquanto as operações com pessoas jurídicas atingiram o montante de R$ 155,141 bilhões.
Em comparação com o segundo trimestre de 2009, as operações de crédito tiveram alta de 15%. De acordo com relatório divulgado pelo banco, o avanço no ano foi de 21,4% nas micro, pequenas e médias empresas, 20,7% na pessoa física e 5% nas grandes empresas.
No segmento de pessoa física, os produtos que apresentaram maior evolução nos últimos doze meses foram o crédito pessoal consignado, o cartão de crédito (impactado pela aquisição do Banco Ibi em outubro de 2009), os repasses do BNDES/Finame e financiamento de veículos. No segmento de pessoa jurídica, os principais destaques foram os repasses do BNDES/Finame, o financiamento imobiliário, capital de giro e operações no exterior.
Inadimplência cai pelo 3º trimestre consecutivo
Mesmo com o forte aumento das operações de crédito, o Bradesco apresentou queda na inadimplência pelo terceiro trimestre consecutivo. O índice total do banco, para atrasos superiores a 90 dias, fechou o segundo trimestre em 4%, ante 4,4% no período anterior e 4,6% em junho do ano passado. O banco atribui a melhora do indicador ao crescimento da economia, que trouxe expansão do emprego e da renda. Como reflexo, houve melhora também da qualidade dos ativos da instituição.
A inadimplência caiu tanto para pessoa física como para pessoa jurídica e o banco ainda prevê espaço para novas quedas, porém em menor nível que o registrado até agora, segundo os comentários que acompanham o balanço do Bradesco. O pico do indicador foi em setembro, quando chegou a 5,1%.
Na pessoa física, a inadimplência terminou o segundo trimestre em 6,3%, ante 6,7% no período anterior e 7,5% no mesmo período de 2009. Na pessoa jurídica (pequenas e médias empresas) o índice ficou em 3,8%, menor que os 4,4% no primeiro trimestre e 4,5% há 12 meses.
Com a melhora do índice de inadimplência, a despesa de provisão para devedores duvidosos (PDD) continuou apresentando queda no segundo trimestre, quando somou R$ 2,161 bilhões, ante R$ 3,118 bilhões no mesmo período de 2009, uma queda de 30,7%. O comparativo entre o primeiro semestre de 2010 e o mesmo período do ano anterior, a despesa de PDD registrou queda de 26%, enquanto as operações de crédito cresceram 15,0% no mesmo período.
Texto atualizado às 9h50