domingo, 26 de dezembro de 2010

Marta Bellini e o Natal.

domingo, 26 de dezembro de 2010

NAtal.......


Charges: cap-tiradas do Blog de Joana Lopes, Portugal. AQUI
Se eu dissesse que não gosto do espírito de Natal, estaria mentindo. Gosto daqueles dias que antecedem o Natal. O tempo vai mais devagar. Dá tempo de terminar o ano letivo, de abraçar os meus alunos, de conversar com eles sem o espírito da concorrência. Gosto de tomar café no final da tarde com minha filha e amigos que fico sem ver o ano todo. Gosto de ir às Lojas Americanas comprar Cds baratos. As vezes, a gente encontra um DVD ou Cd bacana. No mais fico na minha. Arrumo minha desorganizada biblioteca. Este ano, 2010, joguei fora, no reciclável, todo meu material da graduação em biologia e dos anos que fiz ciências sociais. Encontrei alguns papéis com a letra da mais maravilhosa orientadora que tive, a Maria Madalena Telles. Papéis de 1976/1977. Beijei-os e deitei na pasta reciclável. Agora ficará apenas na minha memória, a bela, engraçada e inteligente mulher, a Madalena. Das pastas de Ciências Sociais salvei apenas minhas anotações do Pierre Clatres, do livro A sociedade contra o Estado, um dos mais belos livros que li na minha vida. As vezes, relendo essas anotações penso: Nofa, eu escrevi isso? Separei coleções de história do mundo, de dicionários e livros infantis que doei para a biblioteca Viela dos livros, de uma favela em São Paulo. Os livros de Educação Ambiental e cia doei para um colega. Os de história da matemática vai para outra colega. E tudo flui.
Saio pelas ruas sem a necessidade de comprar. Encontrei minhas colegas do artesanato. Entrei na loja de R$1,99 e comprei 3 pulseiras de R$2,98. Lindas. Plástico colorido. Tomei café com a Regina e conversamos demais. Esvaziei duas estantes. Esvaziei um pouco minha alma. Assisti ao filme a DUQUESA e documentários da bossa nova. Enquanto isso limpo a casa. Replanto minhas orquídeas. E penso, penso nas mudanças que quero fazer.
Lembro-me da minha infância. Lá comecei a pensar um Natal diferente. Eu pedia um macaco que batia bumbo e ganhava xícaras cor-de-rosa para chá. Ganhei boneca de papel. Choveu no dia de natal e ela esfalou-se. Fazer o quê?
A gente comia em família. Muitos descendentes de italianos. Macarrone. Na casa de minha avó portuguesa, silêncio. E o Natal passava como um dia especial, calmo, sem muitos conflitos. Limpando a casa, a biblioteca, andando sem destino pelas ruas. E me acolhendo em casa a noite.
ENQUANTO ISSO:
"Neçe" país OS DEPUTADOS E SENADORES SAQUEARAM OS COFRE$ PÚBLICOS. PRESENTERAM-SE COM AUMENTO DE 62%. bRAZIU!