domingo, 26 de dezembro de 2010

UMA CRÔNICA VERGONHOSA DA OMBUDSWOMAN PETISTA, DA FOLHA, HOJE.

A FOLHA SEGUE O CAMINHO INEXORÁVEL DA IMPRENSA DESPROVIDA DE RETENÇÃO PRUDENCIAL : BAJULA O GOVERNO E SEU PARTIDO DESCARADAMENTE DESDE QUE JOSE SERRA PERDEU AS ELEIÇÕES. TODO SANTO DIA O LEITOR É OBRIGADO A LER PÁGINAS E PÁGINAS DE...PANEGÍRICO, LOAS E RAPAPÉS AOS PODEROSOS DA HORA. DESDE A CAMPANHA, A OMBUDSWOMAN QUE DEVERIA SER (OU TENTAR SER) ISENTA, TRANSFORMOU O "SEU" ESPAÇO (QUE DEVERIA RESPEITAR TODOS OS LEITORES) EM LOCAL DE PROPAGANDA PETISTA. O TEXTO HOJE ESCRITO POR ELA (EU DIRIA, AUXILIADA ou INSPIRADA POR JOÃO SANTANA E FRANKLIN MARTINS) ESTÁ SIMPLESMENTE VERGONHOSO, UM PRIMOR DIGNO DO "PRAVDA" EM SEUS PIORES MOMENTOS.

ALIÁS, FORA UM OU OUTRO COLUNISTA, A GRANDE MAIORIA DOS PROFISSIONAIS, NA FOLHA, ESCREVE COMO FUNCIONÁRIO DO PT, NADA MAIS. ALGUNS PROVOCAM VÔMITOS (DEVIDO À COMPARAÇÃO COM O SEU PASSADO), OUTROS HILARIDADE. MAS A SIMPLES BAJULAÇÃO JÁ FOI ULTRAPASSADA PELO OFICIALISMO VULGAR. QUANDO A POLICIA FEDERAL INVADIR NOVAMENTE O PRÉDIO DA RUA LIMEIRA, EM REEDIÇÃO DO QUE OCORREU NA "ERA COLLOR (TERMO INVENTADO PELA FOLHA PARA BAJULAR O ENTÃO PRESIDENTE, ANTES DO FATO POLICIAL) OS REDATORES ADESISTAS E SEUS COLEGAS IRÃO GRITAR. NINGUÉM OS ESCUTARÁ. OS LEITORES CONTRÁRIOS AO STATUS QUO PETISTA JÁ ESTARÃO PRESOS, NO EXÍLIO OU CONVENIENTEMENTE DOBRADOS A PESO DE PRIVILÉGIOS OU AMEAÇAS. OS QUE HOJE APOIAM O PT INCONDICIONALMENTE FICARÃO FELIZES COM O FECHAMENTO DE MAIS UM ÓRGÃO DA IMPRENSA BURGUESA. E ASSIM CAMINHA A RODA DOS QUE VIVEM DE FAVOR.

NA "ERA STALIN", FUNCIONÁRIOS DO PARTIDO FICAVAM NO FUNDO DAS SALAS COM BALDES DE AGUA FRIA PARA ACALMAR AS MÃOS DOS BAJULADORES, QUE NÃO PODIAM DEIXAR DE APLAUDIR O PAI GENIAL DOS POVOS. É O CASO DE ENVIAR CAMINHÕES DO PRECIOSO LÍQUIDO PARA A RUA LIMEIRA, JÁ. CASO CONTRÁRIO, AS MÃOS DA OMBUDSWOMAN E DE SEUS COMPANHEIROS PROVOCARÃO INCÊNDIOS.
RR



São Paulo, domingo, 26 de dezembro de 2010



Índice | Comunicar Erros

OMBUDSMAN

SUZANA SINGER - ombudsman@uol.com.br
@folha_ombudsman


UMA BOA SURPRESA


Inesperado, o balanço dos anos Lula mexe com as convicções de quem considera a Folha tucana

A FOLHA SURPREENDEU seus leitores no domingo passado com o editorial de Primeira Página "Saldo Favorável", sobre os anos Lula. O texto era ainda mais positivo do que indicava o título.
Mesmo depois de várias ressalvas significativas, o jornal conclui que "Lula deixa o governo como estadista democrático que honrou boa parte dos compromissos assumidos numa trajetória épica".
É o mesmo jornal que, em 2006, logo depois de estourar o caso Francenildo -o caseiro que disse ter visto Antônio Palocci em uma casa frequentada por lobistas e garotas de programa-, afirmou que "a desfaçatez, o uso sistemático da mentira, o empenho em desqualificar qualquer denúncia, nada disso constitui novidade no comportamento do governo Lula".
O editorial "Abuso de Poder", também na capa, dizia que o Brasil tinha atingido "níveis inéditos de degradação ética, de violência institucional e de afronta às normas de convivência democrática". O governo Lula ainda sofria os efeitos da sua pior crise política: o escândalo do mensalão, furo da Folha, que se tornou a primeira grande mancha no partido que pretendia ser uma referência ética para o país .
Mais recentemente, em plena campanha eleitoral, a Folha alertou em texto na Primeira Página sobre os riscos de "enfraquecimento do sistema de freios e contrapesos que protege as liberdades públicas", quando se formam "ondas eleitorais avassaladoras", no texto "Todo poder tem limite". Era uma advertência contra o que o jornal chamou de bravatas de Lula e Dilma contra a imprensa.
Não foi apenas nos editoriais que a Folha se mostrou dura com o primeiro presidente petista. O noticiário se pautou por apontar problemas administrativos, desnudar conchavos, mostrar onde o país ia mal. Fez o que precisava ser feito. Não embarcou na euforia que tomou o país com a eleição do ex-proletário nem reduziu a intensidade das críticas quando ele quebrou recordes de popularidade.
A salutar tradição de "se há governo, sou contra" cegou, porém, o jornal por um bom tempo. Demorou-se a perceber o avanço social promovido pelo atual governo e até por isso era difícil entender como sua aprovação ia tão bem, mesmo depois de tantas denúncias de corrupção. A "relevante melhora nas condições de vida dos mais pobres", descrita no editorial de domingo, entrou tarde na pauta do jornal, concentrada demais no que ocorria em Brasília.
Inesperado, mas muito bem-vindo, o balanço dos anos Lula, tanto no editorial quanto no caderno especial, mexe com as convicções de quem considera a Folha tucana.
Revirando ainda mais os arquivos, descobre-se que o jornal não foi nada condescendente com Fernando Henrique Cardoso no final de seus mandatos. Exatamente oito anos antes do balanço de Lula, a Folha afirmava que FHC frustrou os que esperavam dele um governo "arrojado e imaginativo". O saldo era "moderadamente favorável", concluía o editorial "Bom presidente, governo nem tanto".
Os que consideram que o jornal não poderia fazer diferente diante das "óbvias conquistas" dos últimos anos deveriam ler o caderno especial que "O Globo" publicou também no domingo passado. O mote era o paradoxo de um "presidente tão popular em um governo tão modesto", praticamente sem méritos próprios. Segundo o jornal carioca, Lula falhou na educação, na saúde, na violência, na infraestrutura, em quase tudo.
Felizmente, a Folha não brigou com a realidade. Sem deixar de criticar, provou que não tem medo de reconhecer os avanços de um governo com o qual manteve oito anos de relações conflituosas, para dizer o mínimo. Foi um bom fecho para um 2010 para lá de conturbado.