| Lily Marinho, viúva do empresário Roberto Marinho, magnata maior das comunicações no país, oferece um jantar em sua lendária casa do Cosme Velho, Rio de Janeiro, à candidata Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores, para apresentá-la à nata da sociedade fluminense.
Abílio Diniz, proprietário do Grupo Pão de Açúcar, magnata maior do varejo no país, ofereceu um chá da tarde à candidata Dilma Rousseff, para apresentá-la à nata da sociedade paulista. O convite foi feito por sua esposa.
Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, cargo que os franceses costumam chamar de "patrão dos patrões", sai para governador pelo Partido Socialista Brasileiro, legenda pela qual se engaja na campanha presidencial da candidata Dilma Rousseff.
Estará o empresariado fechado com Dilma?
O Blog da Dilma, palavra oficial da campanha da candidata Dilma Rousseff, diz que não: "(...) um consórcio empresarial (...) formado por Febraban, Fiesp, construtoras, cafeicultores e empresários de mídia comprou o FHC Futebol Clube". Mas não foi Serra, principal adversário de Dilma, o convidado para os eventos, nem é por ele que luta o presidente licenciado da Fiesp. Também não é para Marina Silva que as elites voltam seus holofotes.
Talvez o mundo tenha mudado. Mas este colunista é do tempo em que os empresários jamais investiam em nada sem saber que o retorno seria gordo.
Ricardo, nosso guia
Ricardo Sérgio Mendes: este é o nome de um grande jornalista. Por mais de 40 anos fez a cobertura da Assembleia Legislativa para o Estadão. Ninguém, como ele, conhecia o regimento interno da Casa e as manobras parlamentares. Ricardo nunca se preocupou em ler o noticiário sobre leis trabalhistas, nada disso. Ele só queria saber a opinião da Fiesp sobre o tema. Se a Fiesp fosse a favor, ele era contra: a medida obviamente seria boa para os empresários e ruim para os assalariados - como ele. Se a Fiesp fosse contra, ele era a favor. Um sábio. |