O atual ministro da Fazenda tem de processar o anterior por prevaricação! Como? São a mesma pessoa? Oh!!!
Sabem aquele meu amigo economista, que costuma fazer picadinho do que diz Guido Mantega? Ele acaba de me enviar um e-mail. Assim:
Reinaldo,
a esta altura, deve ser claro que tenho mesmo má vontade para com nosso (censurei o adjetivo) ministro, mas, ao ler o detalhamento das medidas para o prometido corte de gastos, minha reação foi muito além da antipatia.
Dentre as promessas de redução de gastos, achamos pérolas como R$ 3,5 bilhões no item “Pessoal e Encargos” (total orçado: R$ 183 bilhões) e R$ 3 bilhões referentes a “Abono e Seguro-Desemprego” (total orçado R$ 30 bilhões). E como se fará para atingir isso? Por meio de:
- “Combate a desvios no Abono e Seguro Desemprego”;
- “Contratação de auditoria externa pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) para as despesas com Pessoal e Encargos Sociais”;
- “Novo sistema de alerta para auditoria das despesas com Pessoal e Encargos Sociais, que emitirá avisos automáticos”;
-”Cruzamento do cadastro federal de servidores no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE) com o de 13 Estados e com o da Previdência para detecção de indícios de irregularidades, tais como acumulação de cargos e aposentadorias”;
-”Auditorias Especiais em finalização, com o levantamento em 61 instituições Federais de Ensino Superior sobre todas as rubricas de pagamento de Pessoal, em especial as gratificações”
Em bom português, quer cortar gastos combatendo as fraudes.
Como homem de bem que quero ser, obviamente não sou contra o combate à roubalheira. Por outro lado, imagino que o ministro da Fazenda do governo Lula deve estar sujeito a um processo por prevaricação por nada ter feito acerca de fraudes que podem alcançar até R$ 6,5 bilhões (cerca de metade do Bolsa-Família!). Segundo o Ministro da Fazenda do governo Dilma, 10% dos gastos associados ao seguro-desemprego podem ter origem fraudulenta! O mínimo que espero é que, se confirmadas as suspeitas do atual ministro, seu antecessor deveria ser processado segundo os rigores da lei. Ainda bem que temos um ministro tão vigilante, sempre na ponta dos cascos.