06/07/11 - 17h33
Publicado Por: Gabriel Mandel
Como tantas crises atingem o Palácio do Planalto?
Roberto Romano lembra que, sem grande base aliada, Dilma Rousseff depende de partidos “de aluguel”
Em pouco mais de seis meses, duas crises que culminaram na queda de ministros (primeiro, Antônio Palocci, titular da Casa Civil e, nesta quarta-feira, Alfredo Nascimento, dos Transportes). Esse é o saldo do primeiro ano de governo da presidente Dilma Rousseff, e o cenário político foi analisado, em entrevista a Thiago Uberreich, por Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia Política da Unicamp.
De acordo com o especialista, o momento “é muito complicado”, até pelo fato de
Dilma ter elencado seu ministério com base em sua força no Congresso. Como depende do PMDB “e de partidos menores, siglas de aluguel que não pensam em termos de país, mas pensam apenas em seus interesses”, a presidente se sujeitou a momentos como o que ocorreu neste final de tarde, com Nascimento abrindo mão do cargo após uma série de denúncias.
Romano pontuou que um cenário similar começou com Getúlio Vargas, aumentou durante as gestões de Jânio Quadros e João Goulart, ganhou força durante a ditadura militar e chegou ao ápice “no período (José Sarney), com o 'é dando que se recebe'”. Sobre o fato do PR, partido do ministro, estar envolvido no escândalo do mensalão, o professor de Ética salientou que a ausência de uma base aliada maior faz com que o governo fique à mercê destas legendas.
De acordo com o especialista, o momento “é muito complicado”, até pelo fato de
Romano pontuou que um cenário similar começou com Getúlio Vargas, aumentou durante as gestões de Jânio Quadros e João Goulart, ganhou força durante a ditadura militar e chegou ao ápice “no período (José Sarney), com o 'é dando que se recebe'”. Sobre o fato do PR, partido do ministro, estar envolvido no escândalo do mensalão, o professor de Ética salientou que a ausência de uma base aliada maior faz com que o governo fique à mercê destas legendas.