terça-feira, 26 de julho de 2011

Notícia velha. Nada que não tenha sido analisado, com lógica férrea, por Max Weber em Ciência como Vocação.



"Of late we can observe distinctly that the German universities in the broad fields of science develop in the direction of the American system. The large institutes of medicine or natural science are 'state capitalist' enterprises, which cannot be managed without very considerable funds. Here we encounter the same condition that is found wherever capitalist enterprise comes into operation: the 'separation of the worker from his means of production.' The worker, that is, the assistant, is dependent upon the implements that the state puts at his disposal; hence he is just as dependent upon the head of the institute as is the employee in a factory upon the management. For, subjectively and in good faith, the director believes that this institute is 'his,' and he manages its affairs. Thus the assistant's position is often as precarious as is that of any 'quasi-proletarian' existence and just as precarious as the position of the assistant in the American university." Trecho que vem a calhar, de Weber, em Ciência como Vocação. O texto inteiro pode ser lido, inteiro, aqui:

Analytical Contents of "Science as a Vocation"

Material Condition of Scientist

German and the United States

Academic Expectation

State-capitalization of Academy

Academic Selection

Scholar and Teacher

Inward Calling

Qualification to Vocation

Nature of Idea

Individual Personality

Science vs. Art

Meaning of Scientific Progress

Meaning of Death

History of Science

Limitation of Science

Presupposition of Science

Asceticism from Value-Judgement

Task of Teacher

Resist Evil or Not

Test of Everyday Life

American Boy

Lecturer vs. Leader

Contribution of Science

Problem of Value

Irreconcilable Value-Struggle

Value of Science

What Shall We Do

Theology

Sacrifice of Intellect

Fate of the Time

Demand of the Day





São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 2011



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Grupo de cientistas liderado por Miguel Nicolelis sofre cisão

Conflito por acesso a equipamentos está dividindo fundadores do Instituto Internacional de Neurociências

Sidarta Ribeiro, que ajudou a montar o centro de pesquisa, em Natal, está de saída para novo instituto

CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA E SAÚDE

Um casamento que na década passada prometeu revolucionar a ciência brasileira terminou ontem, com um dos cônjuges literalmente pegando suas coisas e se mudando.
Os neurocientistas Sidarta Ribeiro e Miguel Nicolelis, cofundadores do IINN (Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra), estão "divorciados".
Na manhã de ontem, Ribeiro saiu do instituto com um caminhão carregado de equipamentos científicos, como centrífugas e computadores.
O material pertence à UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e foi requisitado pela reitora, Ângela Paiva Cruz, para suprir o recém-criado Instituto do Cérebro da universidade, liderado por Ribeiro.

DE MUDANÇA
Professores da UFRN que compõem a equipe científica do IINN vão deixar o instituto. Dos dez membros da equipe científica listados no site do instituto (natalneuro.org.br), só Nicolelis e o chileno Romulo Fuentes vão ficar.
Ribeiro pediu à Finep (Financiadora de Estudos e Projetos, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia) que transfira para a UFRN aparelhos comprados pelo instituto por R$ 6 milhões, como um microscópio caríssimo, encaixotado há seis meses.
Segundo a Folha apurou, a cisão foi causada por divergências sobre a gestão do instituto, nas mãos de Nicolelis.
O professor da Universidade Duke (EUA) preside a Aasdap (Associação Alberto Santos-Dumont), entidade privada que toca o instituto em convênio com a UFRN.
Apesar da parceria, ele teria limitado o acesso de alunos e professores da universidade aos equipamentos do IINN, irritando Ribeiro.
A gota d'água aconteceu em junho, quando Ribeiro, escolhido por Nicolelis para ser o primeiro diretor do IINN, em 2005, foi convidado a desocupar sua sala e a deixar de usar a garagem do instituto.

PATRIMÔNIO
Procurado pela Folha, Ribeiro não quis comentar a briga, mas disse que quer passar todos os equipamentos do IINN bancados com verba pública à gestão pública. "Os pesquisadores da Aasdap poderão ter acesso a tudo."
A reitora Ângela Paiva confirma que mandou retirar os equipamentos, mas nega a ruptura. "Estamos trabalhando com o Miguel Nicolelis para resolver o conflito."
O pesquisador da UFRN Sérgio Neuenschwander, que acaba de voltar ao Brasil para trabalhar no IINN após 23 anos no Instituto Max Planck, na Alemanha, tem uma visão diferente: "O Nicolelis contribuiu imensamente, mas a gestão dele foi muito destrutiva. Não tem volta."
Neuenschwander é um dos proponentes originais do instituto. Em 1995, ele, Ribeiro e Cláudio Mello, hoje na Universidade de Saúde e Ciência do Oregon (EUA), idealizaram uma forma de repatriar neurocientistas brasileiros.
O projeto ganhou forma após Nicolelis assumir sua liderança. Ele bancou a criação da Aasdap com US$ 450 mil do próprio bolso e obteve recursos do Banco Safra estimados em US$ 10 milhões.
A gestão público-privada, modelo usado nos EUA, daria mais agilidade à ciência, dizia Nicolelis.