quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Entrevista de Roberto Romano a Anchieta Filho, Jovem Pan, sobre a "absolvição"de Roriz pelos seus iguais.





31/08/11 - 13h23
Publicado Por: Bruna Gavioli

Absolvição de Roriz sujou a imagem da Câmara

Nesta terça-feira, a Câmara arquivou a cassação do mandato de Jaqueline Roriz


Jornal da Manhã
Anchieta Filho
Podcast
A Câmara dos Deputados absolveu, nesta terça-feira, a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) do processo que pedia cassação de seu mandato. O placar final da votação, que foi secreta, foi de 265 contrários à cassação contra 166 favoráveis. Ainda houve 20 abstenções.

Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o professor de Ética da Unicamp, Roberto Romano, afirmou que a absolvição da deputada federal, Jaqueline Roriz, suja o nome de todo mundo na Câmara dos Deputados. “Ontem, eles remexeram o bolo de lama, jogaram para cima e caiu na testa de todos. Foi a casa que se sujou. A partir desse momento, nós podemos dizer que a Câmara dos Deputados é representante legal do povo brasileiro e não, legítima”. Ouça a entrevista completa.

Tags: cassação, Jaqueline Roriz, Câmara dos Deputados, Roberto Romano

Para ouvir, clique aqui : http://p.audio.uol.com.br/jovempan2/www/mp3/2011/08/31/ROMANO31082011.mp3

De Gabriel, ex-aluno e pssoa sensível, o admirável QUINO, o autor da Mafalda.










Quino, desiludido com o século...
Quino, o cartunista argentino autor da Mafalda, desiludido co o rumo deste século no que diz respeito a valores e educação, deixou impresso no cartum o seu sentimento:

A genialidade do artista faz uma das melhores críticas sobre a criação de filhos (e educação) nos tempos atuais.
"Você não é um ser humano que está passando por uma experiência espiritual. Você é um ser espiritual que está vivenciando uma experiência humana." Wayne W. Dyer

Marta Bellini...


quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Estudantes dão uma lição de política...



Soube ontem a noite que os estudantes da Comissão de estudantes da Universidade Estadual de Maringá deram uma lição de política. Foram à Curitiba e negociaram até mesmo manutenção de parte de verbas que o governo havia cortado da Universidade. Quanto ao reitor, penso que começará a aprender a ouvir seus estudantes e professores e trocar algumas assessorias. Vão receber mais um ônibus também. Vale a pena lutar.

A passeata dos alunos e alguns poucos professores foi muito linda. Duas mil pessoas. EStamos a começar a primavera de Maringá? Tomara!

Marta Bellini...e nos campi, quantos aduladores existem? Resposta : "Legião".

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Aduladores...



Enviada pelo Sérgio Fajardo.



Grata!



Inspiradas nos puxa-sacos:


FRASES SOBRE ADULAÇÃO

“Os aduladores são como as plantas parasitas que abraçam o tronco e ramos de uma árvore para melhor a aproveitar e consumir.” ( Marquês de Maricá )

“A bajulação é a moeda falsa que só circula por causa da vaidade humana.” ( François La Rochefoucauld ).

“Um adulador parece-se com um amigo, como um lobo se parece com um cão. Cuida, pois, em não admitir inadvertidamente, na tua casa, lobos famintos em vez de cães de guarda.” ( Epicteto )

“Os aduladores são a pior espécie de inimigos.” ( Tácito )

Engolimos de um sorvo a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga.” ( Denis Diderot )

“Quem não sente amor, deve aprender a adular; caso contrário, não consegue viver.” (Johann Goethe )

“Entregar-se às pérfidas insinuações de um adulador, equivale a beber veneno numa taça de oiro.” (Demófilo)

“A baixeza mais vergonhosa é a adulação.” (Francis Bacon)

“Queres perder um inimigo? Adula-o.” (Jonathan Swift)

“Aprendei que todo o adulador / Vive à custa de quem o escuta.” (Jean de La Fontaine)

“O que realmente deixa um homem lisonjeado é o fato de você o considerar digno de adulação.” (George Bernard Shaw)

“Formosura, procura encontrar-te no amor, não na adulação do espelho.” (Rabindranath Tagore)

O adulador é um ser que não tem estima nem pelos outros, nem por si mesmo. Aspira apenas a cegar a inteligência do homem, para depois fazer dele o que quiser. É um ladrão nocturno que primeiro apaga a luz e em seguida começa a roubar.” (D. Fonvizin)

“A lisonja corrompe quem a recebe e quem a dá; e a adulação não é mais útil ao povo do que aos reis.”(Edmund Burke)

“Quem sabe adular também é capaz de caluniar.” (Napoleão Bonaparte)

“Prefiro incomodar com a verdade do que agradar com adulações.” Lúcio Anneo Séneca

“O homem, por natureza, é levado a desprezar quem o bajula e a admirar quem não se mostra condescendente.” Tucídedes


“Cada frase do adulador é composta de um sujeito, um predicado e um cumprimento.” Georges Clemenceau

“A imitação é a forma mais sincera de adulação.”Charles Colton

“A adulação liga-se sempre à ambição; porque é de todas as paixões aquela a que a lisonja dá mais prazer. Oliver Goldsmith

“Como os sábios não adulam os povos, estes também não os promovem.” (Marquês de Maricá)

“Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me adulam, porque me corrompem.” (Aurélio Agostinho)


terça-feira, 30 de agosto de 2011



A Câmara dos desprovidos de vergonha na cara. Que se vayan todos!

30/08/2011 - 20h14 / Atualizada 30/08/2011 - 20h17

Câmara absolve deputada flagrada recebendo dinheiro em vídeo

Maurício Savarese
Do UOL Notícias
Em Brasília

Comentários 1

Imagens do dia

Foto 33 de 58 - Manifestantes exigem a cassação da deputada federal, Jaqueline Roriz (PMN-DF), em frente ao Congresso Nacional, em Brasília Mais Ailton de Freitas/Agência O Globo

Por 265 contra, 166 a favor e 20 abstenções, a Câmara rejeitou nesta terça-feira (30) o pedido de cassação da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), apesar de pesarem contra ela as imagens de 2006 em que recebe dinheiro do pivô do recente escândalo do mensalão do DEM no Distrito Federal. Para a deputada ser cassada, eram necessários 257 votos a favor --a votação foi secreta. A maioria dos parlamentares adotou a tese de que a colega somente poderia ser julgada por atos cometidos durante seu mandato na Casa, iniciado em fevereiro deste ano.

A manutenção do mandato de Jaqueline acontece depois de o Conselho de Ética da Casa produzir um relatório que pedia a cassação da deputada. A parlamentar e seu pai, o ex-governador Joaquim Roriz, passaram os últimos dias telefonando para aliados em busca de suporte para evitar a cassação. Se ela perdesse seus direitos políticos, não disputaria eleições até 2022 –oito anos a partir da próxima votação, em 2014.

Assista ao vídeo com a deputada federal e com outros políticos recebendo dinheiro



Envolvida no mensalão do DEM –esquema de fraude de licitações no governo candango sob o comando de José Roberto Arruda–, Jaqueline foi flagrada em um vídeo de 2006 recebendo dinheiro do pivô do escândalo, o ex-secretário Durval Barbosa. Os adversários da deputada afirmam que se o vídeo fosse de conhecimento público antes da votação do ano passado, ela não seria eleita. Ela já rejeitou as acusações de que recebeu dinheiro de propina.

Em pronunciamento antes da votação, Jaqueline afirmou que já foi absolvida por seus eleitores. Ela também culpou a mídia pela pressão para que fosse excluída da Casa.

A parlamentar chamou as imagens divulgadas de “clandestinas”. Seu advogado, José Eduardo Alckmin, nem sequer mencionou isso em sua fala –concentrou-se na tese de que o fato aconteceu em 2006, ou seja, antes de a deputada tomar posse.

Jaqueline disse que chorou muito com seus amigos e familiares por conta do processo aberto no Conselho de Ética da Casa, que recomendou sua cassação no relatório do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). Disse ainda que sentiu “vergonha” pela exposição e viu injustiças contra ela na mídia. E concluiu com lágrimas nos olhos: “O juiz político dos meus atos é um só: os eleitores de Brasília. Em outro plano, Deus”.


Antes do discurso, Jaqueline se refugiou no café da Câmara para não ouvir o discurso do relator. Chegou em tempo de ouvir críticas duras mesmo assim. “Se fosse fato passado e sabido, até concordo. Mas ninguém sabia do que aconteceu em 2006”, disse o tucano, que em seguida se referiu aos ataques de Jaqueline na Câmara Legislativa do DF a Eurides Brito (PMDB), que renunciou por envolvimento no mesmo esquema e foi flagrada em um vídeo semelhante.

Jaqueline ouviu o fim do discurso do relator de seu caso com os braços cruzados e olhando para o chão. Ao terminar sua fala, ouviu aplausos de alguns colegas e vaias das galerias da Câmara, que continham algumas dezenas de pessoas.

Relembre o caso

A deputada entrou na mira dos colegas em março, quando Barbosa, ex-aliado de Roriz, divulgou o vídeo em que ela recebe maços de dinheiro –a parlamentar teria pego até R$ 100 mil, segundo o ex-secretário.

Jaqueline evitou ir ao trabalho na época e, semanas depois, alegou problemas médicos para pedir licença. O suplente da deputada é o ex-policial Laerte Bessa, do PSC –mesma legenda que abriga o pai da deputada.

No fim da semana passada, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma denúncia contra a deputada. Ele já tinha pedido abertura de inquérito sobre o caso assim que o vídeo foi divulgado para apurar as denúncias de Barbosa.



No Blog abordagem policial.


Ninguém razoavelmente afeito à democracia defenderia a intervenção governamental nos órgãos de imprensa, instituição que é uma via de fuga ao conformismo, tendo o papel de denunciar desmandos, questionar ações e omissões que prejudicam o bem estar da coletividade. A imprensa serve também para simplesmente informar, deixando o cidadão a par da realidade – que vai desde a programação do cinema até uma catástrofe natural. Nestes papéis, exige-se sempre que a imprensa seja “imparcial”, que não se posicione a favor ou contra determinado grupo da sociedade, principalmente grupos políticos-partidários. Um ideal bem distante de ser alcançado.

Se a imprensa deixa de cumprir o papel de cobrança e demonstração da realidade, deixa também de possuir legitimidade na exigência de liberdade, e dá vazão aos ensaios de patrulhamento que vez ou outra ocorrem, principalmente por parte de quem quer abafados abusos cometidos. Mas existem outras modalidades de cerceamento do poder de denúncia e transparência da imprensa, que é a compra corrupta de tendências nas matérias ou a compra de órgãos de imprensa por parte de empresários e autoridades que visam antecipadamente propagar seus projetos de poder.

O Ministério das Comunicações brasileiro acaba de prestar um grande serviço aos defensores da probidade na imprensa, divulgando uma lista dos sócios e dirigentes das televisões e rádios brasileiras, que logo de cara traz 56 deputados e senadores como sócios ou parentes de sócios de órgãos de imprensa:

Classificado de “caixa-preta”, o cadastro dos donos de rádios e TV no país – onde estão os nomes de 56 deputados e senadores que são sócios ou têm parentes no controle de emissoras – passará a ser divulgado em caráter definitivo pelo Ministério das Comunicações.

O cadastro traz um mapa das 291 TVs, 3.205 rádios e 6.186 retransmissoras comerciais existentes no Brasil.

Clique para ver a lista…

Em março, a Folha publicou uma matéria relevante sobre o mecanismo de uso de “laranjas” por políticos para a compra de concessões de rádios e TV’s. É interessante observar os nomes das listas e ver quem são os “donos” da imprensa brasileira. Muitos nomes célebres da política nacional são signatários de órgãos de imprensa, que certamente têm sua imparcialidade significativamente comprometida por isso.

Não é à tôa que temos órgãos de imprensa cada vez menos ativos em causas coletivas de modo responsável e aprofundado. Geralmente, as tevês, rádios e jornais têm partido político e candidato definidos, e fazem a defesa dos seus interesses de modo velado, manipulador e perverso, sob a presunção da “imparcialidade”. Neste ambiente, o que há de novo é a descentralização proporcionada pela internet, que autorizou qualquer cidadão a dizer o que pensa e vê sem precisar de uma megaestrutura de mídia.

Hoje, a voz dos indivíduos reunidos pode até fazer frente ao uníssono daqueles que ocupam o palanque. Quem não quiser ficar a mercê do microfone dos outros, que se manifeste através do grito da própria voz.

UOL Noticias.

30/08/2011 - 12h58

Cerca de 70% das crianças envolvidas com bullying sofrem castigo corporal, mostra pesquisa

Priscilla Mazenotti
Da Agência Brasil
Em Brasília

Comentários 1

Cerca de 70% das crianças e adolescentes envolvidos com bullying (violência física ou psicológica ocorrida repetidas vezes) nas escolas sofrem algum tipo de castigo corporal em casa. É o que mostra pesquisa feita com 239 alunos de ensino fundamental em São Carlos (SP) e divulgada hoje (30) pela pesquisadora Lúcia Cavalcanti Williams, da Universidade Federal de São Carlos.

Do total de entrevistados, 44% haviam apanhado de cinto da mãe e 20,9% do pai. A pesquisa mostra ainda outros tipos de violência - 24,3% haviam levado, da mãe, tapas no rosto e 13,4%, do pai. “As nossas famílias são extremamente violentas. Depois, a gente se espanta de o Brasil ter índices de violência tão altos”, disse a pesquisadora, ao participar de audiência pública na Câmara dos Deputados que debateu projeto de lei que tramita na Casa e que proíbe o uso de castigos corporais ou tratamento cruel e degradante na educação de crianças e adolescentes.

Segundo ela, meninos vítimas de violência severa em casa têm oito vezes mais chances de se tornar vítimas ou autores de bullying. “O castigo corporal é o método disciplinar mais antigo do planeta. Mas não torna as crianças obedientes a curto prazo, não promove a cooperação a longo prazo ou a internalização de valores morais, nem reduz a agressão ou o comportamento antissocial”, explicou.

Para a secretária executiva da rede Não Bata, Eduque, Ângela Goulart, a violência está banalizada na sociedade. Ela citou diversas entrevistas feitas pela rede com pais de crianças e adolescentes e, em diversos momentos, frases como “desço a cinta” e “dou umas boas cintadas” aparecem. Em uma das entrevistas, um pai explica que bater no filho antes do banho é uma forma eficiente de “fazer com que ele se comporte”. “Existem pais que cometem a violência sem saber. Acham que certas maneiras de bater, como a palmada, são aceitáveis”, disse.

Atualmente, 30 países em todo o mundo têm leis que proíbem castigos na educação de crianças e adolescentes, entre eles a Suécia e a Alemanha. “A lei é uma forma de o Estado educar os pais”, ressaltou o pesquisador da Universidade de São Paulo Paulo Sérgio Pinheiro.

Como forma de diminuir os índices de violência contra crianças e adolescentes em casa, os pesquisadores sugeriram a reforma legal, com a criação de leis que proíbam esse tipo de violência, a divulgação de campanhas nacionais, como as que já vêm sendo feitas, e a participação infantil, com crianças sendo encorajadas a falar sobre assuntos que lhes afetem. “A principal reclamação das crianças é que elas não aguentam mais serem espancadas pelos pais”, destacou Pinheiro.

Fui copiado pelo ministro...

"Capivara", para quem não sabe, é folha corrida na policia. Infelizmente, grande parte dos políticos não tem curriculum, tem capivara...

Por: UOL Notícias
"Parte dos políticos não tem currículo vitae, tem capivara"

11/06/2008 12h02 (5min35s)



Marta Bellini...

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguc1tn3Z2GsSXOKoRIMltdvAX2SCx_QMdYOq1zsdRBXRImb5m0eyZ0PDbvUGyitOJoPz75s6O1Uo5SmPsemgQ_Nd59o38vHK-ee6Y67z-FCpmnaYEmG5lAuGiDidEI0Qr5J9GGg6gJpF0O/s1600/mafalda.JPG

Portal RAC.Com.Br

Dos últimos 4 prefeitos de Campinas, 3 não terminaram mandato


Dos quatro últimos prefeitos eleitos em Campinas, três não terminaram os mandatos por diferentes motivos


28/08/2011 - 10h18 . Atualizada em 28/08/2011 - 10h24
Rogério Verzignasse Agência Anhangüera de Notícias

Compartilhar5


Romano sugere acabar com figura do vice
(Foto: Divulgação/Unicamp)

O campineiro ficou atordoado com o noticiário da semana. O prefeito sofre impeachment, o vice assume, a Câmara o afasta, uma decisão judicial o devolve o cargo. A cidade segue mergulhada em uma crise política interminável. Mas a tempestade de incertezas não é uma novidade. Dos quatro últimos prefeitos eleitos, três não terminaram os mandatos. Magalhães Teixeira (PSDB) e Antonio da Costa Santos (PT), o Toninho, morreram. Hélio de Oliveira Santos (PDT) foi cassado. Em seus lugares, assumiram vices. Eles passaram a ocupar a cadeira mais importante do Palácio dos Jequitibás, com poder para interferir no destino de 1 milhão de habitantes. Azar? Maldição? Certo mesmo é que, nos últimos 15 anos, o destino pregou peças nos eleitores campineiros, mudando a decisão das urnas.

E existe explicação para isso. A sociedade paga pelas deficiências do modelo eleitoral que permite ao vice (ainda que um desconhecido) assumir um cargo estratégico, administrar verbas, nomear secretários. Viciado, o sistema privilegia quem possivelmente nunca seria eleito e que, mesmo assim, recebe de graça, no colo, as benesses do poder.

O cientista político Roberto Romano, professor do Instituto de Filosofia e Ciência Humanas da Unicamp (IFCH), afirma que o Brasil precisa de uma reforma política radical, que elimine a figura do vice.

Com o impeachment de Hélio (PDT) no último sábado, tomou posse o vice Demétrio Vilagra, petista, que tem reconhecimento político dentro do partido. Mas que, para a população em geral, é um desconhecido. Envolvido nos escândalos de corrupção que derrubaram Hélio, Demétrio também foi afastado um dia depois de tomar posse. Mas uma liminar judicial o devolveu ao cargo. Ninguém sabe por quanto tempo. Nem com quais consequências. Cientistas políticos que se manifestaram durante a semana anunciaram que Campinas pode estar diante de uma nova Izalene: surpreso e despreparado para um cargo de tal envergadura.

De Rerum Natura...

Terça-feira, 30 de Agosto de 2011

Xarope para almas sensíveis que não entendem o que se passou em Londres, Manchester, etc.


Texto de LE BRIS, Marc — Et vos enfants ne sauront pas lire... ni compter; la faillite obstinée de l'école française. Paris: Stock, 2009. pp.184-8, traduzido
por António Mouzinho (para ler com aspirina e um copo de água à mão e um exemplar dos «Dois anos de férias», de Júlio Verne, por perto)

«[...] Um romance conta como crianças puseram a funcionar uma povoação inteira após o desaparecimento dos adultos. É um romance para crianças: «As crianças de Timpelbach», de Henry Winterfeld [na versão franco-belga; «Timpetill — a cidade sem pais», no original alemão]. Esta ficção agrada bastante aos miúdos de dez-doze anos. A escola possui vinte cinco volumes, para permitir a utilização na leitura de seguida — em voz alta! [...]

[...], para apimentar a história, paramos de vez em quando a leitura para discutir o que fariam, o que gostariam de fazer, se... «Imaginem que os vossos pais a sério tinham desaparecido uma manhã da nossa terra, daqui, sem mais nem menos... Nenhum adulto à vista, nem mesmo a mamã ou o papá para preparar o pequeno almoço, nem carros, nem padeiro, nem professor, ninguém...»

Propus esta discussão três vezes, a turmas diferentes. A primeira vez por acaso, as seguintes para verificar. Das três vezes, passou-se exactamente a mesma coisa.
Eles apoderam-se da ideia. Sozinhos na terra... não se lembram logo do padeiro. A sua vez só chega quando começam a reflectir, a afinar a sua eficácia. A primeira acção geral é quebrar as loiças da casa — não invento nada, fui o primeiro a surpreender-me. Porquê? Porque fazem o que quiserem, podem fazer asneiras. Partem jarras. Penso que é o primeiro disparate que lhes vem à cabeça, que quebrar recipientes deve ser um dos fantasmas habituais... Não sei, não entendo porquê partir loiça. Depois, a seguir às jarras, organizam-se: os vidros e, logo a seguir, as montras. Incluindo, rapidamente, a montra do padeiro, cujo conteúdo interessa. São sobretudo os rapazes que propõem. E a excitação colectiva sobe. Querem todos falar, esticam os corpinhos, poisam um joelho na cadeira, para se fazerem maiores, levantam a mão, esticando o braço para o tecto para falar antes dos outros, ou falando sem levantar a mão… Depois das montras, as vidraças da Câmara, os vitrais da igreja, os vidros da escola, a seguir o carro do presidente da Câmara, que é bem bonito, o meu, os computadores da escola! Todos os símbolos são atacados — da autoridade, a princípio; de seguida, sem parar, de riqueza, porque, no nosso mundo moderno, essas coisas confundem-se. Os computadores da escola, de que gostam tanto, escavacam-nos.

As meninas — não faço sexismo, não tento vergar-me a uma problemática pré-definida, politicamente correcta —, essas, são mais calmas, contentam-se com rir das incongruências dos rapazes, chamam a atenção para o facto de ter sido o gordo guloso que se lembrou da montra do padeiro… Rapidamente, logo que conseguem falar, propõem procurar os pais desaparecidos, preocupam-se com o que vão comer ao almoço, acham estúpido partir os computadores porque mais vale guardá-los para fazer jogos. E pensar que são os rapazes que gostam tanto disso.

De todas as vezes há mesmo um ou outro que resolve os seus problemas de segundo filho, que se propõe matar o mano mais novo ou mais velho, atando-o ao poste de tortura, atirando-o pela janela, ou com a espingarda do papá… Chamo-os à realidade, ao realismo, mas eles mantêm a história. Fico de rastos.

Esse assassinato é fictício. A história de partida é um romance, eles sabem que é uma ficção. Aí, podem matar o mano. É ficção, mas as pulsões estão lá, são brutais, são violentas, imponderadas, poderosas, terríveis. É impressionante, muito animal. Tento tranquilizar-me: eles exprimem-se num quadro imaginário, como em sonhos. Freud explicaria facilmente a questão.

Mas depois lembro-me do Maio de 68, quando o meu liceu [os três anos finais: o complementar, na educação francesa] se pôs a eleger uma comissão de greve e que educadamente, colectivamente mas a frio, conscientes dessa força novinha em folha da massa que se organiza e da importância do precedente, recusámos obedecer ao vice-reitor [«censeur», no original] que nos intimava a voltar às aulas. O irmão mais novo de um externo foi dizer aos amigos do 3.º ciclo do básico [«collège», no original] que o liceu estava em revolução. A época era de agitação. Os colegas deduziram… não, eles não deduziram nada. Partiram tudo. Começaram pelos interruptores, depois os vidros e as portas, não obedecendo a ninguém, entregues às suas pulsões infantis que são tudo menos franzinas, correndo em grupos ululantes duma turma para outra, mudando de direcção como os estorninhos no Outono, seguindo o último comando sedutor gritado por este ou aquele... A directora do ciclo só conseguiu salvar o estabelecimento ao ir buscar representantes da dita comissão de greve do complementar que alcançaram, como única autoridade reconhecida, a reposição da ordem. A comissão de greve não pedia que se partissem interruptores.
Aqui está o que crianças de onze anos querem fazer, se foram autónomas… Isto não corresponde, de forma alguma, às teorias que eu tinha. É o que querem fazer, virtualmente, ficticiamente, escondidos sob o véu do imaginário. Mas talvez, se fossem entregues a si próprios, numa verdadeira autonomia infantil, na minha escola, durante uma hora em Maio de 68, ou nos nossos dias, perante um automóvel qualquer a arder — talvez passassem aos actos.

Estou persuadido de que crianças modernas de dez anos, entregues vinte e quatro horas a si mesmas, sem adultos, em grupo, estão em perigo: à noite haverá um ferido, no dia seguinte um morto. É isto a autonomia da criança. A autonomia da criança é uma mentira. Esta mentira é um crime.»


Marc Le Bris

Marta Bellini.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Contra a brutalidade selvagem... (com perdão aos animais selvagens)!

A respeito do segurança da Universidade Estadual de Maringá que deu CHOQUE em um estudante (filmado e inclusive o som da voz do segurança). Foi feito um Boletim de Ocorrência na polícia.
Professor Roberto Romano, da Unicamp diz:
Marta Bellini: qualquer aparelho de impor choques deve ser repudiado como brutalidade selvagem. Seja em estudantes, docentes ou mesmo pessoas "ilegais.

Minha indignação:

Faz anos, sobretudo nos últimos três anos que a Universidade Estadual de Maringá tem sido roubada. No Centro de Ciências Humanas foram roubados computadores ainda nas caixas. Foram roubados quilos de DVDs. Projetor (datashow) das salas de aula. Na sala em que eu dava aula o datashow foi roubado a tarde. Onde estavam os seguranças? Comprando aparelhinhos de dar choque em estudantes em sites americanos?

O que fez o segurança na quinta-feira revela a falta de autoridade na Universidade, em minha opinião. Quem deveria, para usar um verbo militar, comandar a universidade? O reitor. Mas o que nos diz o reitor sobre os roubos dos computadores, dos datashow? O que diz o reitor, o prefeito do campus sobre a insegurança da guarda da Universidade? Respeito muito os seguranças, mas não podemos admitir ABUSOS. Um choque pode matar alguém que tem problemas cardíacos. E depois: quem deu ordem ao mesmo segurança para chamar um PM? Por que o segurança, este do choque em particular, tem este ar de superioridade, tem este poder? Quem lhe dá este poder para andar pelo campus armado com uma arma proibida no Brasil?

Ontem, soube que desligaram a rádio universitária SUPOSTAMENTE POR ORDEM DE ALGUÉM ASSESSOR DO REITOR. Esse alguém supostamente é um funcionário menor da Universidade. Se foi por ordem de alguém da reitoria, ISSO PODE GERAR UMA VIOLÊNCIA OCULTA, MAS VELADAMENTE CONSENTIDA pelas autoridades. Isso aconteceu na China de MAO, na URSS de Stalin e na Alemanha de Hitler. Esse método de mandonismo é PERIGOSO, MUITO PERIGOSO. Por que? Por que estabelece um território sem dono, sem autoridade, de máscaras que batem, dão choque, e destróem o patrimônio público. DESLIGAR sorrateiramente o rádio a mando de alguém é DESTRUIR O PATRIMÔNIO PÚBLICO. O reitor tem que fazer valer seu cargo. Não pode deixar que pessoas supostamente ligadas a ele tomem atitudes de violência e desmando. Afinal, ele é a autoridade maior no Campus. Foi eleito para dialogar, para trabalhar para a comunidade. Para levar adiante a Universidade. Não pode permitir seguranças com aparelhos de repressão, nem predadores do patrimônio público que destróem a rádio universitária.




segunda-feira, 29 de agosto de 2011



Artigo da Folha ou panfleto eleitoral malufista? Estou em dúvida, muito em dúvida.



São Paulo, segunda-feira, 29 de agosto de 2011



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

VINICIUS MOTA

A miséria da sociologia

SÃO PAULO - Foi majoritária, como apontou a ombudsman Suzana Singer, a manifestação de leitores da Folha no papel e na internet de apoio à polícia, por conta de reportagens que traziam indícios de abuso de violência de PMs paulistas.

O teor de muitas mensagens tocava no lugar-comum de que bandidos não merecem salvaguardas legais. Estariam justificadas ações como a emboscada e a morte de assaltantes de caixas eletrônicos.

Ondas de manifestações de leitores, sobretudo na internet, podem induzir ao engano. O meio facilita a mobilização de pequenas correntes de opinião, que acabam ganhando visibilidade desproporcional.

Mas há reiteradas provas de que a opinião pública, mesmo em fatia mais instruída representada pelo leitorado deste jornal, não mais engole acriticamente a cantilena dos direitos humanos. Talvez porque defensores dos direitos humanos se mantenham atados a preconceitos teóricos descolados da realidade.

O primeiro deles encara o crime como um fenômeno preponderantemente social, e não individual. Se alguém delinquiu, em especial se for pobre, é porque um feixe de determinações sociais, econômicas e culturais o levou a esse ato. Antes de tornar-se algoz, foi vítima.

A responsabilidade individual deve ser relativizada, de acordo com esse esquema ideológico. Já se o autor do crime pertence à chamada "elite branca", como no caso de atropelamentos recentes, perdeu o direito ao atenuante "social". Responsabilização nele.

O segundo preconceito estabelece que cadeia, polícia e Justiça criminal compõem a trinca do demônio da opressão estatal. São os operadores de um dispositivo perverso cujo objetivo é padronizar o comportamento da sociedade e reprimir revoltas latentes. Evitar a revolução social, enfim.

Se o pensamento acadêmico-ongueiro dos direitos humanos não revir seus pressupostos, vai pregar, cada vez mais, para o deserto.

Marta Bellini: qualquer aparelho de impor choques deve ser repudiado como brutalidade selvagem. Seja em estudantes, docentes ou mesmo pessoas "ilegais


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Repressão




Dois modelos de aparelho de dar choques em estudantes. Qual deles foi usado?


domingo, 28 de agosto de 2011

Marta Bellini.


domingo, 28 de agosto de 2011



Tenho recebido posts nazistas em meu blog por causa de minha presença no dia da ocupação dos estudantes na reitoria da Universidade Estadual de Maringá na quinta-feira, dia 25 de agosto de 2011. Fui, sim, dar meu apoio às lutas estudantis: a volta do corte de 38% feita pelo atual governo, um restaurante com serviços adequados ao crescimento da universidade (cresceu com cerca de mais de 17 cursos, graduaçao e pós-graduação), banheiros em departamentos como de da psicologia, mais livros na biblioteca e etc. Lutam por causas nobres. Não lutam para benefícios privados. São públicos. Quando cheguei na frente da reitoria deparei-me com 600 alunos tendo experiência de luta política. Logo que cheguei, vi um aluno levar choque de um segurança da Universidade. SEI que isso é ILEGAL, CRIMINOSO ... e fui perguntar ao segurança por que ele havia feito isso. Ele, no alto de sua farda preta e azul, disse-me que não tinha o tal aparelho de tortura policial. Falei mais alto e os outros guardas disseram-me que defendiam a instituição. EPA! Quem EDUCA esses seguranças? Eles nem sabem que nós professores e alunos somos a instituição! E POR QUE ESSES SEGURANÇAS dão choque nos alunos? Isso é permitido por quem? Pelo reitor? Creio que não. Pelo prefeito do campus? Não sei. Não bastasse isso, o mesmo segurança - de preto e azul - chamou um PM para prender a mim e aos alunos que estavam na frente da porta da reitoria. Ora, quem esse segurança pensa que é? O dono da universidade? irá me dar choques quando eu sair da aula, às 23 horas? O PM chegou lá muito peito de pombo. Ameaçou-me. E eu me defendi. perguntei: cadê a ordem do governador? Cadê a ordem do reitor? Ou chegamos a um ponto que o governador nada vale, o reitor nada vale, vale o segurança da Universidade? Estaremos em um estado de falta de hierarquia tanto que um segurança pode trazer violência ao campus? Não duvido. OS ESTUDANTES REVIDARAM E DISSERAM SONORAMENTE: POLICIA PRENDE LADRÃO, ESTUDANTE NÃO! Interessante que nos ultimos anos as salas de aula foram saqueadas. Fomos roubados na UEM: roubaram computadores das salas de aula, de salas de professores, DVDs e esse segurança não chamou a PM. Ora, ora. Não estão defendendo a instituição nesse caso? QUE O REITOR TOME PROVIDÊNCIAS CONTRA ESSE inSEGURANÇA. É perigoso um estado de anarquia assim em que policiais/seguranças fazem o que querem. Tenho medo de ser morta a noite por gente assim.

Um professor disse aos alunos na porta da reitoria: vocês vão ver o que é universidade privada com essa invasão. Eu, que também sou professora, perguntei: o senhor é professor e dono de uma pizzaria na cidade; sabe bem o que é ser privatizado um lugar. Ora, ora. Onde estamos?

Nesse festival de besteira, dei-me conta que estava lá para pedir um documento que já solicitei 4 vezes à reitoria. Estou com um processo administrativo, tenho direito aos documentos para minha defesa e ninguém me fornece. Então aguardei o reitor sair de da reitoria. Saiu escoltado por alguns assessores. Ajoelhei-me pedindo o documento. A procuradora jurídica da Universidade tirou uma foto minha. Pensei: mais um processo administrativo? Logo eu que estou reivindicando meu direito de defesa? Daí é que meu apoio aos estudantes ficou mais forte. O reitor democraticamente eleito não me atende. Quem assinou meu inquérito foi a vice-reitora que está afastada por doença. É sobrinha de uma das professoras que pediu minha sindicância. Parente pode fazer isso? E eu estou me sentindo perdida nessa história. Meus direitos são cassados e eu ainda tenho que ficar quieta? Claro que não. Conversei com vários advogados. Todos são unânimes em dizer que meus direitos estão sendo vilipendiados. Minha percepção é que perdemos o senso de política pública; foi pro brejo. Por que a procuradora jurídica não me atende? O reitor me ignora, por que? Roubei? Não dou aulas? Dou, sim. Não faço meus deveres? Pelo contrário: o reitor disse a um colega professor da matemática, professor E., que a área 46 da CAPES foi extinta por causa do grupo do PCM (pós-graduação) da UEM que pediu esclarecimentos à reitoria da UEM. OU SEJA, EU E MINHAS COLEGAS C., C., O., V. e R. Ora, o presidente da Capes jamais atenderia um pedido de 5 professores de uma universidade do interior do Paraná. Para ele talvez sejamos o brejo dos brejos. Nem fizemos nenhum pedido a ele. Menospreza o PRESIDENTE DA CAPES E EMPODERA A NÓS, MEROS CINCO PROFESSORES , 3 deles na mira de um inquérito administrativo. E antes de proclamar que fizemos isso, é só telefonar ao Presidente da CAPES, professor Jorge Guimarães. Pergunte a ele. É mais fácil, mais polido, mais elegante do que nos acusar de algo absolutamente vazio. Ataquem, não vou deixar de defender a liberdade de expressão, nem o meu direito de defesa. Terei eu que telefonar ao presidente da CAPES? E por mais que os adeptos dessa reitoria entrem em meu blog e alguns professores me agridam, vou reagir. Pra quem não me conhece deixo claro: acredito na democracia e na inteligência. E nesse campo os estudantes mostram mais moral e cultura e inteligência. Os que me acusam têm medo. Sabem que eu continuo reivindicando. Nesses 25 anos de UEM nunca conheci tamanho clima stalinista, maoísta. E penso que os estudantes acabam abrindo uma das feridas mais duras da universidade onde trabalho: a ética e a moral.

0 comentário


E uma excelente entrevista de I.F. Stone...sobre o Julgamento de Sócrates.

I.F. Stone Breaks the Socrates Story:
An old muckraker sheds fresh light on the 2,500-year-old mystery and reveals some
Athenian political realities that Plato did his best to hide.

I. F. Stone

(This interview was originally published in The New York Times Magazine, April 8, 1979.
Stone further developed his ideas about the Socrates trial and published them in his 1988 book, The Trial of Socrates.)

By I.F. Stone

Last year, on his 70th birthday, in an interview with himself for this Magazine, retired journalist I.S. Stone spoke of his new-found joy in Greek studies and his hope of finding in them "one last scoop" that would help clear up some of the mystery which still surrounds the trial of Socrates, that cause célèbre which has tantalized scholars and historians for centuries. Now, he believes he has found new evidence that sheds light not only on the trial itself but on the complex politics of fifth-century Athens. Here – again in a self-interview – Mr. Stone sets forth his discovery and, at the same time, takes us on an adventure in learning and an armchair tour of the ancient world.


Isn’t it a little late in the day to be re-examining the trial of Socrates? I thought that was 25 centuries ago?

It was held, to be exact, in 399 B.C.

And now, in A.D. 1979, you have discovered something newsworthy – excuse the expression – about a trial that the wire services covered 2378 years ago?

This obsession with the trial of Socrates is not mine alone. Scholars and historians have been puzzled by it for centuries, and still are.

What’s the puzzle?

The Athens of Socrates’s time has gone down in history as the very place where democracy and freedom of speech were born. Yet that city put Socrates, its most famous philosopher, to death. Presumably this was because it citizens did not like what he was teaching. Yet he had been teaching there all his life, unmolested. Why did they wait until he was 70, and had only a few years to live, before executing him?

Why should this fascinate an old Washington muckraker like you?

Because it’s a black eye for all I believe in, for democracy and free speech. Anyone who starts out to study the problem of free speech in depth – as I did after ill health forced me to give up my Weekly – is irresistibly drawn back to ancient Athens, where it all began.

Isn’t that pretty far from home base, from current concerns and difficulties?

Not really. All our basic problems are there in miniature. I fell in love with the Athenians and the participatory democracy they developed. Free discussion was the rule everywhere – in the Assembly, the law courts, the theatre, and the gymnasiums where they spent much of their leisure. Free speech – what the Greeks called parrhasia – was as much taken for granted as breathing.

But then I was stopped, or stumped, by this contradictory and traumatic spectacle of what they did to Socrates. These people and this city, to which I look back for inspiration – how could they have condemned this philosopher to death? How could so blatant a violation of free speech occur in a city that prided itself on freedom of inquiry and expression?

But why should we care at this late date?

Because Plato turned the trial of his master, Socrates, into a trial of Athens and of democracy. He used it to demonstrate that the common people were too ignorant, benighted and fickle to entrust with political power. In Plato’s "Apology," the contrast drawn between the nobility of Socrates and the grim verdict of his juror-judges indicted democracy in the eyes of posterity. And thanks to his genius, no other trial except that of Jesus has so captured the imagination of Western man.

Plato made Socrates the secular martyred saint of the struggle against democracy. He stigmatized it as "mobocracy." Yet this was the very same "mob" which applauded the anti-war plays of Aristophanes when Athens was fighting for its life against Sparta. (No such antiwar plays were allowed, by either side, during our last two World Wars). This was the same "mob" whose eagerness for new ideas, and its readiness to hear them, drew philosophers from all over the ancient world. It made Athens – in the proud words of Pericles – "the school of Hellas," the university of the Greek world. It is the high repute of Athens that makes the trial of Socrates so puzzling.

And now you think you can throw a little fresh light upon it?

I’ve been happily bogged down in ancient Athens for several years, trying to explore all of Greek thought and civilization, in order to reach a better understanding of the trial. In my researches amid the ancient documents I recently stumbled on a crucial bit of evidence, hitherto overlooked, which makes the trial and its outcome a little less inexplicable.

I hope your life-insurance policies are fully paid up. The classical scholars will be lying in wait for you, with knives sharpened. No trial in history has been more intimately studied, pored over and speculated upon. And you, an interloper and – most horrid of academic epithets – a "journalist," believe you have found something they all overlooked! Have you seen any unidentified flying objects lately.?

Sneer if you will, but I’ve been encouraged by a remark of Jakob Burckhardt, the great Swiss historian of the Renaissance and of Greek culture: To emphasize the importance of restudying the classics in every generation, Burckhardt once said that, in a hundred years, someone would reread Thucydides and find something in his history "we had all overlooked."

How can a newspaperman find something new to report about a trial that took place so long ago?

You re-examine all the source material for yourself. You go back to the texts in the original language, so that you can evaluate every nuance. You search out internal contradictions and curious evasions. It’s no so different from digging the real truth out of a Pentagon or State Department document.

Could you fill me in on the sources for the trial – and do it, please, in less than three volumes?

I can do it in one sentence: The sources are scanty and one-sided. The only contemporary accounts are by two disciples of Socrates, Plato and Xenophon, both anxious to put their beloved master in as good a light as possible. But they do not give us a transcript of the actual trial. They give us their own conception of what Socrates said, or perhaps their own conception of what he should have said in his own defense. Plato’s exquisite, polished version, like his Socratic dialogues, can more reasonably be read as fictionalized biography. In Xenophon, we are told that Socrates’s "inner voice" forbade him to prepare a defense. There is even one ancient tradition that tells us he was silent before his judges.

What of the prosecution’s side?

We have no record of it. We know it only by indirection from the two "Apologies," one by Plato, the other by Xenophon – the word "apology" in Greek means defense -- and from the "memorabilia," or memoirs, of Socrates by Xenophon. It’s like trying to cover a trial when one is barred from the courtroom except to hear the defendant’s summation to the jury.

Do we know the actual charges against Socrates?

There were two charges: first, that Socrates violated the law by "refusing to do reverence to the gods recognized by the city, and introducing other new divinities," and second, by "corrupting the youth." But we do not have the text of the laws on which these charges were based, nor the specific allegations.

So we do not know just what Socrates is supposed to have said or done that made him seem disrespectful of the city gods. Nor do we know what was meant by the charge of corrupting the youth. Under Athenian legal procedure such specifics were required in a preliminary complaint and hearing before a magistrate, who then decided whether the allegations and the evidence were sufficient to warrant a trial. But we have no account of this preliminary procedure, the equivalent of our grand jury.

Didn’t Plato’s dialogue the "Euthyphro" cover the preliminary examination?

That’s a common impression, but it’s wrong. The "Euthyphro" pictures Socrates arriving for the preliminary hearing. But he gets no farther than the portico of the examining magistrate. There he engages in a long and inconclusive conversation with Euthyphro, the defendant in another case. The subject they discuss is the proper definition of piety or holiness. It’s charming, but tells us nothing of what happened when Socrates went in for his own arraignment.

Why do you think Plato chose to be so uninformative?

A lawyer might surmise that he blocked out as much as he could of the specific charges because they were too damaging and too hard to disprove.

Do you see the same defensive strategy in Plato’s "Apology"?

I do. Socrates evades the charge that he did not respect the city’s gods, and proves instead that he is not an atheist. But he was not charged with atheism. We never learn what was meant by corrupting the young. The reader of Plato’s "Apology" comes away with the impression that this wonderful old philosopher was condemned simply because he had spent his life exhorting his fellow citizens to be virtuous.

How do you account for his condemnation?

I believe the case against Socrates was political and that the charge of corrupting the youth was based on a belief – and considerable evidence – that he was undermining their faith in Athenian democracy.

If so, why wasn’t the charge brought earlier? He had been teaching for a long time. A quarter century before the trial, Socrates had already been attacked in Aristophanes’s play "The Clouds" for running a "think thank" whose smart-alecky graduates beat their fathers. If they thought him the source of such subversive teaching, why did the Athenians wait until 399 B.C., when he was already an old man, before putting him on trial?

Because in 411 B.C. and again in 404 B.C. antidemocrats had staged bloody revolutions and established short-lived dictatorships. The Athenians were afraid this might happened again.

I haven’t found that in Plato.

Plato didn’t intend that you should. Those are the realities his "Apology" was calculated to hide. Plato was a genius, a dazzling prestidigitator, with all the gifts of a poet, a dramatist and a philosopher. His "Apology" is a masterpiece of world literature, a model of courtroom pleading; and the greatest single piece of Greek prose that has come down to us. It rises to a climax which never fails to touch one deeply, no matter how often it is reread. I read the "Apology" in the original for the first time last year, slowly and painfully, line by line. When I came to the noble farewell of Socrates to his judges, it gave me chest pains, it was so moving; I gladly offer up my angina in tribute to its mastery. "I go to die," Socrates says, "and you to live, but which of us goes to the better lot is known to none but God.’ Even Shakespeare never surpassed that! But these very qualities also make Plato’s "Apology" a masterpiece of evasion.

Is there any way to check Plato’s picture of the trial against the views of the average Athenian?

We do have one piece of evidence which shows that even 50 years after the event, when there had been ample time for reflection and remorse the Athenians still regarded the trial as political, and the verdict as justified.

Where did you find that?

In a speech by the famous orator Aeschines, the great rival of Demosthenes, in the year 345 B.C., just 54 years after the trial of Socrates. This bit is well known to scholars but its significance has never been fully appreciated. With the clue Aeschines provides, we may begin to reconstruct the Athenian political realities. Aeschines cited the case of Socrates as a praiseworthy precedent. "Men of Athens," he said to the jury court, "you executed Socrates, the sophist, because he was clearly responsible for the education of Critias, one of the thirty anti-democratic leaders."

Who was Critias?

He was the bloodiest dictator Athens had ever known, a pupil of Socrates at one time, and a cousin of Plato’s. Aeschines was saying in effect that the antidemocratic teachings of Socrates helped to make a dictator of Critias, who terrorized Athens in 404 B.C. during the regime of the Thirty Tyrants and just five years before the trial of Socrates. Critias seemed to have been the most powerful member of the Thirty.

But why do you give so much weight to one sentence in one man’s speech to an Athenian jury court 50 years after the trial?

Aeschines could not have swayed the jury by that reference unless he was saying something about the relations between Socrates and Critias which was generally accepted as true by the Athenian public opinion of the time. Thought 50 years had passed, the dictatorship of Critias and the Thirty Tyrants must still have been a hateful memory. Justly or unjustly, Socrates’s reputation still suffered from his association with Critias. The reference to Critias and Socrates proved effective demagogy. Aeschines won his case.

How do you account for the deep and enduring prejudice against Socrates in his native city?

To understand this, one must touch on a damaging fact few historians have explained, or even mentioned, so great is the reverence for Socrates: Socrates remained in the city all through the dictatorship of the Thirty Tyrants.

Why do you put that in italics?

Because that single fact must have accounted more than any other for the prejudice against Socrates when the democracy was restored. The thirty Tyrants ruled only about eight months, but it was a time of terror. In that period they executed 1,500 Athenians and banished 5,000, one-tenth or more of the total population of men, women, children and slaves.

When the Thirty Tyrants took power, they murdered or drove out of the city all who were of the democratic party. A few months later, the moderates who had originally supported the Thirty Tyrants began to flee, especially after Critias murdered their leader, Theramenes. He, who had been one of the original Thirty Tyrants, was executed without a trial when he began to criticize the Thirty Tyrants for their brutality.

Socrates was neither exiled with the democrats nor forced to flee with the moderate oppositionists. He did not suffer at the hands of the thirty Tyrants unlike his chief accuser, Anytus, who lost much of his property when he fled and joined the fight to free the city. Socrates, in Plato’s "Apology," calls himself "the gadfly" of Athens, but it seems his sting was not much in evidence when Athens needed it most.

How does Plato handle this in the "Apology"?

He never mentions Critias, or his past as a pupil of Socrates, nor does he dwell on the fact that Socrates stayed in the city all through the dictatorship. Instead Plato has Socrates represent himself as a man above the battle of politics.

How does Plato do that?

He has Socrates tell of two incidents in which he defied unjust orders, once under the democracy, and again under the Thirty Tyrants. Under the democracy, he was presiding officer in the Assembly during the famous trial of ten generals accused of misconduct for failing to succor survivors and recover the bodies of the slain after a naval victory. Socrates said he blocked the attempt to condemn them in one proceeding, because the law called for a separate trial for each man. He added that he did so "although the orators were ready to impeach and arrest me."

Under the Thirty Tyrants, Socrates said, he had also resisted an unjust order. Socrates and four others had been ordered to arrest a wealthy resident alien whom the dictatorship wanted to kill so they could seize his property. Such executions for revenue purposes were common under Critias.

Instead of obeying the order, Socrates says, "I simply went home, and perhaps I should have been put to death for it, if the Government had not quickly been put down." But he himself neither helped put it down, nor tried to warn the victim, nor made a protest. Though he was always preaching virtue, he did not, like the Hebrew prophets, call such unvirtuous rulers publicly to account.

But few modern readers know enough to resist Plato’s beguiling narrative, and it serves to distract attention from the fact that nowhere in the ancient texts do we find Socrates resisting or deploring the overthrow of the democracy, nor welcoming its restoration. With the jury, this silence must have outweighed his eloquence. The dictatorship of the thirty Tyrants was the dictatorship of the wealthy landed aristocracy to which Plato and Critias belonged. This was the social circle from which most of Socrates’s followers were drawn. Athens understood this, though the modern reader often doesn’t.

Does Xenophon – our other "witness" on the trial – confront these compromising political circumstances?

Xenophon does so in is "Memorabilia" by quoting an unnamed "accuser." This accuser has been variously identified as one of the accusers at the trial or as a contemporary prodemocratic orator named Polycrates whose "pamphlet" on the trial of Socrates has since disappeared. In any case, Xenophon’s quotations from this accuser and his answer to these accusations provide us with some of the prosecution’s case against Socrates. In so doing, Xenophon discloses much that Plato hides.

Where do you find the political issue in Xenophon?

In his "memorabilia," Xenophon reports that "the accuser" said Socrates "taught his pupils to look down upon the established laws’ by deriding the egalitarian method of filling many minor offices in Athens by lot, and by teaching them that government should be left to experts instead of being determined by popular debate and vote in the assembly.

The "accuser" said Socrates thus led the young "to despise the established constitution and made them violent." It is significant, but not often noticed, that Xenophon denies only the last part of this indictment. He could hardly deny the first two counts, since elsewhere in his memoirs of Socrates he frequently quotes the old philosopher’s contempt for the assembly and for election by lot. Xenophon passes over these accusations in silence. But he does deny that Socrates taught his pupils to use violence against established institutions. Xenophon insists he taught them it was wiser to proceed by persuasion.

But Critias in power was hardly a model of persuasion.

Xenophon does not deny it. After all, our main source of knowledge about the misdeeds of Critias is Xenophon’s own history of his time, the "Hellenica." Xenophon quotes the accuser as declaring that "none wrought so many evils" to the city of Athens as Critias and Alcibiades, the two most famous pupils of Socrates. The accuser said that in the terrible days of the Thirty Tyrants, Critias "bore the palm for greed and violence,’ while Alcibiades ‘exceeded all in licentiousness and insolence" under the democracy.

What defense did Xenophon offer?

"I have no intention," Xenophon replies in the "memorabilia," of excusing the wrong these two men wrought the state." But he claims they sought out Socrates as their teacher "only to attain the utmost proficiency in speech and action." And "as soon as they thought themselves superior to their fellow disciples, they sprang away from Socrates and took to politics." With that answer most Socratic scholars have been satisfied.

But you are not?

No. The question left open is what kind of politics Socrates taught them. Clearly from everything we learn elsewhere in Plato and Xenophon, it was an antidemocratic politics. Xenophon’s silence on the point admits what he cannot deny.

Does the "accuser" in Xenophon link the Socratic teachings with aristocratic attempts at tyranny, as in 411 and 404 B.C.?

Yes, but in a curious, indirect way. He alleged "that Socrates, selecting the worst passages of the most celebrated poets, and using them as arguments, taught those who kept him company [i.e. his pupils], to be unprincipled and tyrannical."

Just what exactly did those terms mean?

A tyrant was someone who used violent and lawless methods to seize and maintain power. The term "unprincipled" is one translation of the adjectival form of the Greek word kakourgos, which means, literally, an evil-doer. An Athenian would of course apply both terms to such men as Critias and the Thirty Tyrants.

Does Xenophon deny that Socrates used quotations from the poets that might encourage such behavior?

He doesn’t enter an explicit denial. Instead Xenophon, who is ordinarily such a clear writer, gets fuzzy. This provoked my curiosity. In trying to find out why, I stumbled on some fresh material. I found that Xenophon made some striking omissions in discussing this accusation, and the omissions obscured its significance.

What were the omissions?

First of all, in giving us examples from the poets to show what the accuser meant, Xenophon limits himself to two poets. We know from another source, the "Apology" of Libanius, a fourth-century A.D. orator, that the "accuser" of Socrates cited four poets, not two, in this accusation. The two Xenophon omits are Theognis and Pindar. Both were aristocratic poets, notorious for their contempt, not only of the common people but of the new middle class of merchants and traders who had begun to rival the old landed aristocracy. Pindar wrote his lovely odes to celebrate some of the outstanding tyrants of his time. By omitting Theognis and Pindar, Xenophon was omitting the most obvious examples of what the accuser meant.

Who are the two poets Xenophon does quote?

Homer and Hesiod. But the quotations he gives seem to bear little, if any relationship to the charge.

What do the quotations say?

The one from Hesiod says, "Work is no disgrace, but idleness is a disgrace." Hesiod was a farmer poet, and this is from his "Works and Days," a kind of farmer’s almanac. That line is his expression of the work ethic. I will not bore you with my fruitless efforts to find any sense in which this trite but wholesome homily could possibly be interpreted as teaching tyrannical conduct. Hesiod was no aristocrat but a hard-working Boetian peasant who hated tyranny. I think the Hesiod quote has been screwed up for evasive purposes.

What of the quotation from Homer?

Here we come to pay dirt. At first, the quotation from Homer, as given by Xenophon in the "memorabilia," also seems to bear little relationship to the accusation. It long puzzled me. I went to the commentators on the "Memorabilia" without finding any enlightenment. Then I did what none of the commentators I read had done: I went back to Homer and took a look at the context of the quotation. There I found Xenophon had made two omissions, and suddenly I saw what the accuser was driving at. Here I believe I have found fresh insight.

Is this a "scoop" – if I may use so unscholarly a word?

I believe so. But to appreciate it, one must understand what Homer meant to the Greeks. He was their Bible. And with them as with us, the devil could quote Scripture to his purpose. A quotation from Homer was effective as Holy Writ, and the two omissions Xenophon makes are of two passages which would have infuriated an Athenian democrat, but would have delighted an anti-democratic aristocrat – because they would seem fully to justify violent methods in putting down the democracy.

Can you tell us what was the Homeric episode referred to by the "accuser" in Xenophon?

It is in the second book of the "Iliad." The siege of Troy has been going on for nine years. The homesick and weary troops, just recently devastated by a plague, make a mutinous rush for the ships, determined to set sail for home. Odysseus, the man of many wiles, intervenes to stem the panic.

How does Xenophon handle the episode?

He makes his quotations so minimal and selective as to blur the point of the accusation, and make it easier for Socrates to evade it. Xenophon quotes lines 188 to 191, and then skips to lines 198 to 202 from Book II of the "Iliad."

In lines 188 to 191, Homer describes how Odysseus spoke "with gentle words" to the chieftains and aristocrats, while he tells us in lines 198 to 202 how differently he dealt with the common soldiers. When the angry hero encountered "a man of the people," Odysseus "struck him with his staff," calling him "a worthless fellow" and ordering him to turn back from the ships.

How would an Athenian react to this scene?

Very negatively. He was not used to being treated as an inferior either in peace or war. Xenophon’s account in the "Anabasis" of how he led his 10,000 mercenary Greek troops across Persia has been justly called a picture of "a democracy on the march."

Was anything important omitted in quoting these lines?

Yes. Xenophon omitted the last four lines of the speech made by Odysseus as he struck and reviled the common soldiers. In those four omitted lines Odysseus attacked the idea of democracy altogether. Homer in these lines sets forth for the first time in Western literature the doctrine of the divine right of kinds. Here are the lines, in literal translation. Odysseus tells the common soldiers:

We Achaeans can’t all be kings here
It is not good for the many to rule.
Let one man rule, one man be king,
To whom the son [Zeus] of wily Cronos
Has given the sceptre and the judgments
That he may take counsel for you.
That’s the doctrine of one man rule, and that’s just what Critias tried to impose on Athens. Xenophon could have denied that Socrates used these lines, or approved them. Instead Xenophon omitted them. The omission is a confession. These famous lines on kingship were too obviously anti-democratic teaching.

What was the third of the significant omissions to which you referred?

Xenophon omitted any mention of the assembly called by King Agamemnon to deal with the near mutiny. Assemblies are frequent in the "Iliad." This one turned out to be unique. It was the only assembly in all of Homer where a common soldier spoke up in the debate. His name was Thersites, or The Brash One. To an Athenian, as to us, he thus represents the first stirrings of democracy in the Homeric assemblies.

What happened to Thersites?

Odysseus beat the bold commoner until he bled, humiliated him in front of the army and threatened to kill him if he ever spoke up again.

How does Homer treat this scene?

With approval. Homer sang his great lays in the halls of the rich and powerful, and clearly shows whose side he is on. Homer does not make Thersites a hero, but a shrill and vulgar upstart. Few peoples have been as sensitive to beauty in form and in speech as the ancient Greeks. Homer paints Thersites as bandy-legged, lame, hunchbacked and bald. One wonders how such a cripple ever got into the army at all. The words Thersites uses are made as repulsive as his appearance. Homer calls them akosma. This is the negative of kosmos, whence our words "cosmetics" and "cosmos" derive. The word implies disorder and lack of grace.

So what do you make of these omissions?

The accuser had charged that Socrates used certain passages from Homer to teach his young aristocratic followers to be violent and tyrannical. In dealing with this mutinous episode, Xenophon omitted what the Athenian democrats would have regarded as the most subversive part of it: the four lines on the divine right of kings, and Odysseus’s use of violence to suppress free speech in the assembly.

Homer was saying that the common people had no right to be heard. There could be no more sensitive point with the Athenian democrats. The right to speak freely in the assembly was the foundation stone of Athenian democracy. Until the reforms of Solon, two centuries before the trial of Socrates, the common people of Athens could neither speak nor vote in the assembly. And again, just five years before the trial of Socrates, they had been forcibly deprived of this precious right by the dictatorship of Critias. In their eyes, this episode in Homer would seem to justify the violent tyranny they had so recently overthrown. I think that is why Xenophon omitted it from his defense of Socrates. They were too damaging a part of the prosecution’s case.

So you think Socrates was condemned because the Athenians believed his teachings had helped to produce such tyrants as Critias?

No, not exactly. The case is more complicated. Socrates was protected from such a prosecution by the amnesty instituted by those who overthrew and killed Critias. The dictatorship was crushed by a coalition of the democrats with moderate oligarchs who had been driven into opposition by the lawless extremism of the thirty. They took an oath to forget past offenses. The amnesty covered everybody but the remaining Thirty and their leading officials. To prosecute Socrates as the teacher of Critias would have been a violation of that solemn oath.

How do you know the oath was always honored?

All the surviving sources attest to it, and nowhere do Plato or Xenophon charge, as they otherwise would, that the prosecution of Socrates was a violation of the amnesty. The most striking testimonial to this is in Aristotle’s treatise on the Constitution of Athens where he says that the Athenians, after restoring their democracy, "blotted out recriminations with regard to the past" and behaved both "privately and publicly toward those past disasters" in ‘the most completely honorable and statesmanlike manner of any people in history." That was written a generation after the trial of Socrates.

So what conclusion do you draw?

When Xenophon discusses the charge that Socrates used certain passage from Homer and other poets to teach his pupils to be lawbreakers and tyrannical, he had to be referring to teachings which continued after the restoration of the democracy. Athens felt that Socrates was still inculcating disrespect for its democratic institutions, and feared an attempt to overthrow the democracy again.

Do you think this justified the condemnation of Socrates?

No. the 510-man jury itself was deeply troubled and reached its verdict of guilty only by a narrow margin. But these fresh insights give us a glimpse of the political realities and extenuating circumstances which Plato, who hated democracy, did his best to hide – and which his "Apology" has so successfully obscured for 2,500 years.


Aeschines Against Timarchus 173 (Loeb Classical Library)

Did you put to death Socrates the sophist, fellow citizens, because he was shown to have been the teacher of Critias, one of the Thirty who put down the democracy, and after that, shall Demosthenes succeed in snatching companions of his own out of your hands, Demosthenes, who takes such vengeance on private citizens and friends of the people for their freedom of speech?


Xenophon Memorabilia 1.2.9 (from Perseus Project)

But, said his accuser, he taught his companions to despise the established laws by insisting on the folly of appointing public officials by lot, when none would choose a pilot or builder or flautist by lot, nor any other craftsman for work in which mistakes are far less disastrous than mistakes in statecraft. Such sayings, he argued, led the young to despise the established constitution and made them violent.


Xenophon, Mem.1.2.13.Now I have no intention of excusing the wrong these two men wrought the state; but I will explain how they came to be with Socrates.


Xen., Mem, 1.2.56. Again, his accuser alleged that he selected from the most famous poets the most immoral passages, and used them as evidence in teaching his companions to be tyrants and malefactors: