terça-feira, 30 de agosto de 2011
Contra a brutalidade selvagem... (com perdão aos animais selvagens)!
Professor Roberto Romano, da Unicamp diz:
Marta Bellini: qualquer aparelho de impor choques deve ser repudiado como brutalidade selvagem. Seja em estudantes, docentes ou mesmo pessoas "ilegais.
Minha indignação:
Faz anos, sobretudo nos últimos três anos que a Universidade Estadual de Maringá tem sido roubada. No Centro de Ciências Humanas foram roubados computadores ainda nas caixas. Foram roubados quilos de DVDs. Projetor (datashow) das salas de aula. Na sala em que eu dava aula o datashow foi roubado a tarde. Onde estavam os seguranças? Comprando aparelhinhos de dar choque em estudantes em sites americanos?
O que fez o segurança na quinta-feira revela a falta de autoridade na Universidade, em minha opinião. Quem deveria, para usar um verbo militar, comandar a universidade? O reitor. Mas o que nos diz o reitor sobre os roubos dos computadores, dos datashow? O que diz o reitor, o prefeito do campus sobre a insegurança da guarda da Universidade? Respeito muito os seguranças, mas não podemos admitir ABUSOS. Um choque pode matar alguém que tem problemas cardíacos. E depois: quem deu ordem ao mesmo segurança para chamar um PM? Por que o segurança, este do choque em particular, tem este ar de superioridade, tem este poder? Quem lhe dá este poder para andar pelo campus armado com uma arma proibida no Brasil?
Ontem, soube que desligaram a rádio universitária SUPOSTAMENTE POR ORDEM DE ALGUÉM ASSESSOR DO REITOR. Esse alguém supostamente é um funcionário menor da Universidade. Se foi por ordem de alguém da reitoria, ISSO PODE GERAR UMA VIOLÊNCIA OCULTA, MAS VELADAMENTE CONSENTIDA pelas autoridades. Isso aconteceu na China de MAO, na URSS de Stalin e na Alemanha de Hitler. Esse método de mandonismo é PERIGOSO, MUITO PERIGOSO. Por que? Por que estabelece um território sem dono, sem autoridade, de máscaras que batem, dão choque, e destróem o patrimônio público. DESLIGAR sorrateiramente o rádio a mando de alguém é DESTRUIR O PATRIMÔNIO PÚBLICO. O reitor tem que fazer valer seu cargo. Não pode deixar que pessoas supostamente ligadas a ele tomem atitudes de violência e desmando. Afinal, ele é a autoridade maior no Campus. Foi eleito para dialogar, para trabalhar para a comunidade. Para levar adiante a Universidade. Não pode permitir seguranças com aparelhos de repressão, nem predadores do patrimônio público que destróem a rádio universitária.