09/08/2011 18h55 - Atualizado em 09/08/2011 19h45
PF prende mais 2, e total de detidos na Operação Voucher vai a 35
Mandados de prisão expedidos são 38; PF busca mais três pessoas.
Operação investiga fraudes no Ministério do Turismo.
número 2 do Turismo, preso pela PF
(Foto: Dida Sampaio/AE)
A Polícia Federal prendeu no final da tarde desta terça (9) mais duas pessoas suspeitas de envolvimento em irregularidades no Ministério do Turismo que resultaram na deflagração da Operação Voucher.
A assessoria da PF não informou os nomes dos detidos. Com esses, o número de presos desde o início da manhã desta terça em Brasília, São Paulo e Macapá passa a 35. No total, foram expedidos pela Justiça 38 mandados de prisão. A PF ainda busca outras três pessoas.
De acordo com o diretor-executivo da Polícia Federal, Paulo de Tarso Teixeira, as investigações indicam que foram desviados do Ministério do Turismo dois terços do valor do contrato entre a pasta e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi). Isso equivale a quase R$ 3 milhões dos R$ 4,445 milhões do contrato destinado à qualificação de 1,9 mil profissionais de turismo no Amapá.
Segundo o delegado, os desvios eram feitos por empresários, funcionários do ministério, Ibrasi e empresas de fachada. “Os recursos eram pagos a empresas que não existiam. Elas constavam no papel, mas ao checarmos os endereços, encontramos terrenos vazios ou outros estabelecimentos”, disse.
Dos 35 presos, seis são servidores públicos, de acordo com a assessoria da PF. Um deles é o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, segundo homem na hierarquia da pasta, detido em um hotel em Brasília.
Outros dois são o secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, ex-deputado federal, preso no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e o ex-presidente da Embratur, Mario Moysés. A PF não informou os nomes dos outros três.
Os demais 29 suspeitos são empresários e funcionários do Ibrasi e de empresas de fachada. Em uma das prisões, a PF fez uma busca na casa do diretor-executivo do Ibrasi e apreendeu R$ 610 mil em espécie.
O saldo das prisões efetuadas até o fim da tarde desta terça, divulgado pela assessoria da PF, diz que todas as 19 prisões preventivas (sem prazo estabelecido para o fim da prisão) decretadas foram cumpridas. Os três mandados ainda não cumpridos são de prisões temporárias.
No Distrito Federal, foram 12 prisões preventivas e cinco temporárias. No Amapá, houve uma preventiva e seis temporárias. Em São Paulo, foram seis preventivas e cinco temporárias (por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco).