quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Jovem Pan, o "novo" presidente do PT, mensaleiros, Roberto Romano


26/11/09 - 07h31
Publicado Por: Bruna Gavioli

Dutra é novo presidente nacional do PT

Apuração deve ser concluída nesta quinta-feira, mas "matematicamente" o ex-senador já está eleito


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O ex-senador e ex-presidente da Petrobras José Eduardo Dutra (SE) foi confirmado nesta quarta-feira, como o novo presidente nacional do PT. Com 85, 9% das urnas apuradas, José Eduardo Dutra reuniu mais de 236 mil votos ou 57, 9% do total.

Na manhã desta quarta-feira, Dutra já participou da primeira reunião para tratar da aliança eleitoral com o PMDB para 2010. Ele integra a chapa ‘Construindo um Novo Brasil’, a mesma do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra Dilma Rousseff.

Em entrevista à Jovem Pan, o novo presidente do PT, José Eduardo Dutra, defendeu os mensaleiros e ainda exaltou a importância de Dirceu e outros companheiros do partido. Questionado sobre qual o melhor adversário, se José Serra ou Aécio Neves, Dutra desconversou e disse que não cabe ao PT a escolha. “Nós vamos conclamar a população a fazer uma comparação entre dois projetos e dois modelos diferentes de governo. Nós temos condições de ganhar as eleições sem salto alto”, explicou Dutra.

A corrente Mensagem ao Partido, do ministro Tarso Genro, obteve o segundo lugar com o deputado federal paulista, José Eduardo Cardozo. A coesão do partido em torno de Dilma é uma forma do PT evitar rachas internos que possam enfraquecer a negociação com aliados.

O professor de Política e Ética da Unicamp, Roberto Romano, explicou que os mensaleiros nunca deixaram de mandar no PT. Para Romano, essas pessoas nunca deixaram de militar na política e com isso, a verdade do PT está vindo à tona. “O que ocorre neste momento é a perda da prudência”, afirmou Romano.

Ao vencedor cabe a missão de engajar filiados e agregar aliados na primeira eleição presidencial sem Lula, desde a fundação da sigla, em 1980. As eleições internas foram realizadas domingo para escolha dos presidentes nacional, estaduais e municipais nos próximos dois anos.