quarta-feira, 7 de março de 2012

Retratações

Quando Moniz Bandeira processou a mim e a Reinaldo Azevedo, fomos chamados por um árbitro "de conciliação", para nos retratar. Com os jovens advogados que representavam o acusador, disse eu em claro em bom som: "não me retratei diante da ditadura, não me retratei diante da Igreja, não me retratei diante do Partido Comunista e de nenhuma outra organização de poder. Não será desta vez que irei me retratar. Siga o processo". E o processo seguiu, resultando numa condenação em primeira instância. Depois, veio a abolvição na qual, inclusive, há uma fina ponta do magistrado sobre a inapetência do acusador para ouvir ou ler críticas. Acho que o digno é não se retratar. Pedir desculpas antes dos processos é a norma ética. Depois, deve-se respeitar a sentença do juiz.

Tem gente na praça que não pensa assim. Na ocasião, os petistas idiotas (quese uma tautologia) e flibusteiros a seu mando e seu soldo, invadiram a internet com chacotas contra mim, e loas à intolerância de plantão. Deram com os (seus) burros n'água...
Roberto Romano