Monsenhor do Vaticano enfrenta nova acusação de lavagem de dinheiro
Nunzio Scarano se encontra em prisão domiciliar em Salerno, onde responde por evasão de divisas
21 de janeiro de 2014 | 9h 07
O Estado de S. Paulo
ROMA - O monsenhor Nunzio Scarano, um ex-contador de alto escalão no Vaticano julgado por evasão de divisas, foi também acusado de lavagem de dinheiro nesta terça-feira, 21, disseram autoridades policiais e seu advogado.
Francesco Pecoraro/ AP
Monsenhor já respondia a processo por evasão de divisas
Scarano se encontra em prisão domiciliar em Salerno, sua cidade natal
no sul da Itália, em razão do processo de evasão de divisas que começou
em 3 de dezembro. A nova acusação se refere à suposta lavagem de
dinheiro por meio das contas do clérigo no Banco do Vaticano, contou o
advogado Silverio Sica.
Scarano está sendo julgado pela acusação de conspirar para enviar
cerca de 20 milhões de euros da Suíça para ricos amigos do ramo de
estaleiros em Salerno, próximo de Nápoles.
A polícia disse que Scarano e duas outras pessoas que receberam
mandados de prisão nesta terça-feira são suspeitos de lavagem de
dinheiro e falso testemunho. Sica disse que entre os presos está um
padre, amigo de Scarano, que foi afastado de seu emprego no Vaticano
desde o ano passado.
O comunicado da polícia diz que milhões de euros em "falsas doações"
feitas por empresas estrangeiras foram movimentadas por meio das contas
de Sacarano no Banco do Vaticano, formalmente conhecido como Instituto
para Obras de Religião (IOR). / REUTERS