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Roberto Romano - O que está por trás de um voto
Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica o Paradoxo de ...
Fã.
Fronteiras do Pensamento via Google+
3 months ago
A
impossibilidade de uma democracia perfeita: em agosto, postamos um
vídeo com Jon Elster, cientista político e social norueguês. Neste
vídeo, Elster discutia os impasses do sistema eleitoral para atingir um
resultado que represente a maioria com base no economista
norte-americano Kenneth Arrow, conhecido pelo Teorema da impossibilidade
de Arrow, discutido naquele vídeo.
O Teorema de Arrow foi uma resposta ao paradoxo do voto, descoberto no século XVIII pelo matemático francês Marquês de Condorcet. Condorcet demonstrou que, numa decisão entre mais de duas opções, um processo de escolha entre pares de alternativas nem sempre resulta na opção preferida pelo grupo.
Exemplificamos:
1976, EUA - o partido republicano coloca Ronald Reagan e Gerald Ford lado a lado em votação para o representante às eleições presidenciais. Gerald Ford ganha, torna-se representante dos republicanos e vai para as eleições contra Jimmy Carter, democrata. Nas eleições presidenciais norte-americanas, Gerald Ford perde e Carter se torna presidente. Contudo, em pesquisa, descobre-se que Reagan teria vencido Carter – como acontece depois, em 1980. Ou seja, repetimos: como aponta Condorcet, um processo de escolha entre pares de alternativas nem sempre resulta na opção preferida pelo grupo.
O paradoxo de Condorcet não deixa escolhas. Ou se votam todas as alternativas, umas contra as outras (Reagan, Carter, Ford e muitos outros - afinal, o partido democrata, sozinho, apontou 12 nomes até chegar a Carter) ou se votam as várias alternativas em determinada ordem, caso em que a vencedora dependerá da ordem escolhida, não havendo uma ordem perfeita.
No vídeo deste post, Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica o Paradoxo de Condorcet, ensina a forma mais consciente de votar e traça um breve histórico explicativo a respeito da fraca educação brasileira nesse campo.
Concluindo... Foram necessários 160 anos após Condorcet e seu paradoxo, período em que alguns nomes retomaram a questão (até o escritor Lewis Carroll se debruçou sobre o dilema), mas sem sucesso, até que Kenneth Arrow demonstrou que nenhum sistema de votação preserva a transitividade das preferências – a capacidade de ordenar -, provando que a ideia de a ordem social, a democracia perfeita, não existe.
-> Assista ao vídeo de Jon Elster, que explica os impasses da democracia com base em Arrow: Quando a democracia não reflete a opinião geral http://youtu.be/p8bcfLfnXdE
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O Teorema de Arrow foi uma resposta ao paradoxo do voto, descoberto no século XVIII pelo matemático francês Marquês de Condorcet. Condorcet demonstrou que, numa decisão entre mais de duas opções, um processo de escolha entre pares de alternativas nem sempre resulta na opção preferida pelo grupo.
Exemplificamos:
1976, EUA - o partido republicano coloca Ronald Reagan e Gerald Ford lado a lado em votação para o representante às eleições presidenciais. Gerald Ford ganha, torna-se representante dos republicanos e vai para as eleições contra Jimmy Carter, democrata. Nas eleições presidenciais norte-americanas, Gerald Ford perde e Carter se torna presidente. Contudo, em pesquisa, descobre-se que Reagan teria vencido Carter – como acontece depois, em 1980. Ou seja, repetimos: como aponta Condorcet, um processo de escolha entre pares de alternativas nem sempre resulta na opção preferida pelo grupo.
O paradoxo de Condorcet não deixa escolhas. Ou se votam todas as alternativas, umas contra as outras (Reagan, Carter, Ford e muitos outros - afinal, o partido democrata, sozinho, apontou 12 nomes até chegar a Carter) ou se votam as várias alternativas em determinada ordem, caso em que a vencedora dependerá da ordem escolhida, não havendo uma ordem perfeita.
No vídeo deste post, Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica o Paradoxo de Condorcet, ensina a forma mais consciente de votar e traça um breve histórico explicativo a respeito da fraca educação brasileira nesse campo.
Concluindo... Foram necessários 160 anos após Condorcet e seu paradoxo, período em que alguns nomes retomaram a questão (até o escritor Lewis Carroll se debruçou sobre o dilema), mas sem sucesso, até que Kenneth Arrow demonstrou que nenhum sistema de votação preserva a transitividade das preferências – a capacidade de ordenar -, provando que a ideia de a ordem social, a democracia perfeita, não existe.
-> Assista ao vídeo de Jon Elster, que explica os impasses da democracia com base em Arrow: Quando a democracia não reflete a opinião geral http://youtu.be/p8bcfLfnXdE
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