No próximo primeiro de abril, que os "revolucionários da Redentora" mudaram para 31 de março, mostrando que os golpistas aplicam seus truques na semântica (em vez de golpe, revolução, em vez de primeiro de abril, 31 de março, em vez de democracia, torturas, exilios, prisões, cassações, bajulação para os oligarcas como ACM e Sarney... a lista é enorme, passando pela apreensão de um dicionário de capa vermelha, tido pela polícia como obra comunista, o que mostra que mesmo as cores foram trocadas no regime ditatorial civil e militar de 1964), no primeiro de abril, insisto, muito será dito, pouco será confessado pelos cúmplices falantes ou silentes do regime maldito. Procurei, na aula abaixo, falar sobre o ponto da maneira mais objetiva, como é de meu costume. Mas constato que o golpe e o regime marcaram ainda mais a alma brasileira, já nutrida de autoritarismo e servilismo desde o Império até a ditadura Vargas. Estamos longe de ostentar costumes democráticos. Prova? O Maranhão, denunciado sutilmente por Glauber Rocha quanto Sarney tomou posse (e propriedade) daquele Estado. E, com ajuda do PMDB, do PSDB, do PT, a tirania ainda está lá, instalada. Hoje, dia 08/01/2014, o Painel da Folha traz o menu das compras de luxo para os palácios dos Sarney, lagostas com o dinheiro do povo, que exibe um dos piores indices de desenvolvimento humano do planeta. "Majesté: le peuple n'a pas de pain! Qu'ils mangent de la brioche!". A anedota, verdadeira ou falsa históricamente, serve muito bem para as Marie Antoinette dos nossos partidos políticos, absolutistas e insensíveis como a soberana francesa. Esta, sabe-se, perdeu a cabeça, literalmente....