Comentário:
A impostura maior encontra-se no âmago do PT. Aliás, este partido é uma só impostura, com segmentos mais feios ou menos feios, monstruosos delubianos ou arrogantes bigodudos que há muito não abrem uma página de livro, etc. Existem impostores que se apresentam como sonsos, mas na verdade são ardilosos apoiadores....dos mais fortes. Tais sonsos de fachada chegam ao Senado, e sempre com cara de São Francisco, apoiam as piores...imposturas. Existem outros e outros impostores, a começar do maior dentre eles. Todos diziam, na sua impostura de vinte anos, defender a ética e a transparência na administração pública. Todos apoiaram o apedrejamento de gente honesta, como Mario Covas, todos mentiram e mentem. A sua Carta aos Brasileiros é o lado negro, a antítese da corajosa Carta aos Brasileiros de um digno jurista que acaba de falecer, Goffredo Júnior. Eles se dizem metamorfoses ambulantes, quando na verdade são ambulantes, sim, deambulam pelos brasís vendendo abobrinhas e boçalidades que soam, para os impostores que os obedecem, verdades transcendentes. E chega. No caso, querem saber? Desejo que todos, os que tem o coração partido e os que não tem coração (a maioria) sigam direto aos infernos. RR
Desabafo de um coração petista
De Malu Gaspar no blog Esquerda, direita e centro, do portal da revista EXAME:
A revelação de que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, não é doutora, como afirmava a página do ministério na internet e também o sistema de currículo Lattes, reanimou antigas mágoas no coração do petismo.
Em resposta ao email de um amigo, que se dizia frustrado com as revelações, o ex-diretor de gás e energia da Petrobras, Ildo Sauer, que também é petista e hoje dá aulas na Universidade de São Paulo, enviou a um grupo seleto um email contando o seguinte episódio:
"Em fins de 2002, todos os membros do grupo de energia (dirigido pelo Lula) do Instituto Cidadania, foram solicitados a entregar o currículo. No dela (Dilma) constava o título de Doutor. Como ela tinha manifestado interesse em estudar os assuntos de regulação, perguntei:
- Você tem o Doutorado?
- Sim.
-Então vou te convidar para participar da banca de doutorado da Sonia Seger Pereira Mercedes, que analisa comparativamente, desde o Império até 2002, a estrutura e regulação das industrias de energia elétrica e saneamento, discutindo os impactos dos ajustes liberais dos anos 90. Você vai ter a chance de se atualizar e contribuir...
Resposta:
- Não tenho tempo para essas coisas...
Me senti constrangido. Afinal "estas coisas" para as quais ela não tinha sequer tempo, eram o foco principal da vida profissional e vocação de muitos de nós, e, com certo sentimento de orgulho...
Hoje compreendo.
O desprezo e o desdém eram ferramenta para encobrir a impostura.
Há outras.
Abraço, Ildo".
Liguei para Ildo Sauer para checar a veracidade do email. Ele confirmou, mas disse que estava apenas querendo consolar um amigo, e que a mensagem não deveria ter vazado. Mas também reafirmou a antiga rivalidade com a ministra.
Para quem não se lembra, Ildo Sauer saiu da Petrobras por causa de suas constantes divergências com Dilma Roussef , que queria substituí-lo por Graça Foster, na época a presidente da BR Distribuidora.
Na gestão de Sauer, a Petrobras viveu a crise do gás com Bolívia de Evo Morales, a discussão sobre uma nova regulamentação para a comercialização do gás no Brasil e iniciou as tratativas para a criação de terminais de gás liquefeito.
De temperamento tão difícil quanto a ministra, ele foi também um dos grandes defensores do gasoduto ligando o Brasil a Venezuela, que acabou aposentado quando Graça Foster finalmente assumiu.
"Nunca tive simpatia pela maneira como ela trata as pessoas. Ela não conversa, só dá ordens. Mas, com quem está acima dela, é um doce", diz Ildo.