quarta-feira, 15 de julho de 2009

Os iguais se abraçam, sempre, na Alemanha de Hitler ou nos cafundós do Brasil atrasado.

Fotografias obscenas existem aos montes na História recente. A que testemunha o Pacto entre a URRS e Hitler é uma delas. Ambos, dos dois lados, mentiam e sorriam. Mas sobretudo, com tal sorriso, zombavam dos milhões que neles confiaram (por ignorância ou tangidos pela propaganda) e que morreram na Segunda Guerra Mundial. A foto de Alagoas é menor, em termos de desgraça, é apenas ignóbil. Quem lutou quando ocorreu o impedimento de Collor, só pode sentir, se tiver vergonha na cara (não estou falando dos servos de Lulla, claro) um sentimento amargo que traz à memória o dito de Robespierre, no instante em que perdia o poder na Assembléia: "os bandidos venceram". Nada mais digo, porque as palavras recusam tanta infâmia. Os militantes petistas venceram, esta é a ética na política que tanto pregaram: empregos para si mesmos e para sua pequena turma, dinheiro público no bolso e falta de rubor na face. Lembram do cumprimento de Collor a Lula (naquela época, sem os dois "ll"), no final do debate em que Lula foi arrasado pela ética do adversário? "Valeu, Lula". É mesmo. Valeu, segundo os preceitos do grande filósofo e professor de ética petista, o Paulo Betti. O fedor do abraço alagoano reverbera no ar, no mar, na terra. O MP deveria entrar com ação contra atentado ao meio ambiente.
Roberto Romano




Ailton Cruz/"Gazeta de Alagoas"

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Rivais na eleição de 1989, o senador Fernando Collor (PTB-AL)e o presidente Lula se abraçam em evento em Alagoas

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