Devo me explicar : quando critico o apedrejamento de Mario Covas, isto não significa minha aprovação absoluta à política seguida por aquele homem público, que mais acertou do que errou em sua carreira política. Não fui a favor de sua política educacional e tecnológica, com apressadas tentativas de privatização de institutos de pesquisa, importantíssimos para a ordem econômica e a saúde nacional (que se pense no Agronômico de Campinas e no Butantã).
O que critico e o que levantou minha indignação foi a selvageria dos professores, liderados pela CUT (pelo PT) ao jogarem pedras contra um homem digno e no final de sua existência biológica. Os canalhas que assim agiram sabiam, perfeitamente, tudo sobre a doença do governador. Agiram como hienas, sem nenhum respeito ou compaixão. Deram uma antevisão do inferno, caso a ditadura petista se instalasse no país.
De modo idêntico, quando a genitora de Fernando Collor, Dona Leda, foi internada para morrer, em hospital aberto ao público e, portanto, capaz de abrigar pessoas doentes que não eram da família poderosa, também me levantei contra os canalhas que se dirigiram à frente do hospital berrando palavrões e ferindo a lei, sem nenhum respeito pelo sofrimento alheio. Aquele ato, comandado pelo PT, só faz ressaltar o quanto é hediondo, hoje, o abraço de Lula e de Collor. Mais do que obsceno, aquele gesto esconde a violência dos petistas quando ainda não se regalavam com as benesses do poder.
Agora, as demonstrações na frente da casa de Yeda Crusius. Não apoio, não apoiei, jamais apoiarei as políticas daquela senhora. E vejo sinais claros de irregularidades (para dizer o mínimo) em sua eleição e governo. Mas quando as pessoas se dirigem para a residência de alguém, algo desandou no bom senso e respeito. Manifestações diante do Palácio, da Assembléia, nos passeios públicos, são muito saudáveis (leia-se o belíssimo artigo de Norberto Bobbio, "A praça e o palácio"). Mas o que foi efetivado contra a casa da governadora vai além dos limites. Os manifestantes, que tem razões para desconfiar e protestar, toldam sua legitimidade com o passo dado nesta semana.
Espero que o bom senso e o sentido da piedade para com inocentes volte a dominar o povo gaúcho, que admiro dentre todos os povos brasileiros.
RR
O que critico e o que levantou minha indignação foi a selvageria dos professores, liderados pela CUT (pelo PT) ao jogarem pedras contra um homem digno e no final de sua existência biológica. Os canalhas que assim agiram sabiam, perfeitamente, tudo sobre a doença do governador. Agiram como hienas, sem nenhum respeito ou compaixão. Deram uma antevisão do inferno, caso a ditadura petista se instalasse no país.
De modo idêntico, quando a genitora de Fernando Collor, Dona Leda, foi internada para morrer, em hospital aberto ao público e, portanto, capaz de abrigar pessoas doentes que não eram da família poderosa, também me levantei contra os canalhas que se dirigiram à frente do hospital berrando palavrões e ferindo a lei, sem nenhum respeito pelo sofrimento alheio. Aquele ato, comandado pelo PT, só faz ressaltar o quanto é hediondo, hoje, o abraço de Lula e de Collor. Mais do que obsceno, aquele gesto esconde a violência dos petistas quando ainda não se regalavam com as benesses do poder.
Agora, as demonstrações na frente da casa de Yeda Crusius. Não apoio, não apoiei, jamais apoiarei as políticas daquela senhora. E vejo sinais claros de irregularidades (para dizer o mínimo) em sua eleição e governo. Mas quando as pessoas se dirigem para a residência de alguém, algo desandou no bom senso e respeito. Manifestações diante do Palácio, da Assembléia, nos passeios públicos, são muito saudáveis (leia-se o belíssimo artigo de Norberto Bobbio, "A praça e o palácio"). Mas o que foi efetivado contra a casa da governadora vai além dos limites. Os manifestantes, que tem razões para desconfiar e protestar, toldam sua legitimidade com o passo dado nesta semana.
Espero que o bom senso e o sentido da piedade para com inocentes volte a dominar o povo gaúcho, que admiro dentre todos os povos brasileiros.
RR