sexta-feira, 17 de junho de 2011

Marta Bellini.


Rio, maio de 1968

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Tortura, nunca mais!



Igreja preservou documentos da época da ditadura que estarão online (Enviado pelo Zé de Arimathéia) Grata!

CNBB
Mais de 700 processos judiciais da época da ditadura militar no Brasil (1964-1985),
muitos dos quais com relatos de tortura em tribunais militares e outros abusos, serão publicados na Internet pela Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, em São Paulo (SP).

Os documentos chegaram na terça-feira, 14, ao Brasil, enviados pelo Conselho Mundial das Igrejas (CMI), que os obteve de forma clandestina e os guardava nos Estados Unidos. Representantes da entidade entregaram a documentação ao procurador geral da República, Roberto Monteiro Gurgel Santos, em cerimônia na Procuradoria Regional da República da 3ª Região, em São Paulo.

A reprodução dos papeis começou por iniciativa da advogada Eny Raimundo Moreira e de seus colegas do escritório Sobral Pinto. Entre 1964 e 1979, eles fotocopiaram os autos do Superior Tribunal Militar, aproveitando que a lei permitia que os advogados consultassem os processos durante 24 horas. O objetivo era encontrar informações e evidências de violações aos direitos humanos praticadas por agentes da repressão militar.

Os advogados receberam apoio logístico e financeiro do então arcebispo de São Paulo, cardeal dom Paulo Evaristo Arns, e do reverendo presbiteriano, Jaime Wright, pois no período da ditadura, havia a preocupação com a apreensão do material por parte dos repressores políticos. Os documentos foram microfilmados e remetidos aos EUA.

Foram copiados 707 processos judiciais, que somam cerca de um milhão de cópias em papel e 543 rolos de microfilme. O material serviu de base para o livro "Brasil: Nunca Mais", publicado em julho de 1985, em meio ao processo de democratização do país.
O livro teve 20 reimpressões em seus dois primeiros anos e atualmente está em sua 31ª edição, de 2009.