12/06/2011 14h43 - Atualizado em 12/06/2011 15h30
Protesto dos bombeiros no Rio atrai cerca de 27 mil, diz PM
Informação é da tenente-coronel Claudia Lovain, comandante da 19ª DP.
Moradores de Copacabana mostram apoio à marcha dos bombeiros.
O protesto dos bombeiros realizado na orla Copacabana, na Zona Sul do Rio, neste domingo (12), atingiu a marca de 27 mil participantes, de acordo com informações da tenente-coronel Claudia Lovain, comandante da 19ª DP (Copacabana). Ainda segundo a comandante da PM, 150 policiais trabalharam no policiamento, espalhados ao longo da orla, mas não houve registro de confusão no evento.
Milhares de pessoas compareceram à manifestação para apoiar os bombeiros, que pedem melhores salários e anistia dos agentes que haviam sido presos. Os integrantes da corporação também aproveitaram o evento para agradecer o apoio da população.
"A passeata superou todas as expectativas, é indescritível. Nunca vimos nada assim. A partir de amanhã (segunda-feira, 13) vamos começar a conversar, para decidir os próximos passos", disse o capitão do Corpo de Bombeiros, Lauro Botto.
"Amanhã, às 10h30, estaremos na Alerj para uma reunião com o deputado Freixo. Através dele, vamos tentar chegar ao Paulo Melo para que ele tente um contato entre nós e o governador Sérgio Cabral", explicou o cabo Benevenuto Daciolo. Segundo ele, todos os bombeiros que estavam presos foram libertados até a noite de sábado (11).
A marcha dos bombeiros durou cerca de 3h. Os manifestantes chegaram ao Posto 6 da Orla de Copacabana por volta das 14h30, onde cantaram o hino nacional.
a família no protesto (Foto: Thamine Leta/G1)
Moradores apoiam os bombeiros
"Eu tenho um primo que é bombeiro no Sul do Brasil. Vim representando ele, era minha obrigação. É muita emoção participar de um ato desses", contou a aposentada Zuleide Gomes.
O sargento Erik, do Centro de Suprimentos e Manutenção dos bombeiros, encontrou na passeata o amigo sargento Marcio Ferreira, do mesmo batalhão. Márcio estava preso no quartel de Charitas, em Niterói. Na emoção do encontro, Erik mostrou um adereço: um falso braço amputado. Ele explicou: "Podem amputar a mão do bombeiro, mas seu coração continuará batendo", disse ele.
O bombeiro argentino Mathias Montecchia chegou há uma semana no Rio para apoiar os bombeiros durante os últimos protestos. Exibindo seu contracheque, ele conta que ganha 7 mil pesos em seu país, o que equivale a cerca de R$ 2.700. "Eu vim apoiar, não é possível um herói ganhar o que eles ganham. Na Argentina eu ganho muito mais", disse.
Balões vermelhos