Tripulação da Gol agiu certo ao barrar neto de Deborah Colker, diz sindicato
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DE SÃO PAULO
A tripulação da Gol seguiu a lei ao pedir atestado médico à família da
coreógrafa Deborah Colker, disse hoje o Sindicato Nacional dos
Aeronautas.
Na segunda-feira (19), funcionários da Gol questionaram a possibilidade de o neto de Colker, que tem uma doença rara -- não contagiosa -- que provoca erupções na pele, voar.
Deborah estava com a família em um voo da Gol que sairia de Salvador em
direção ao Rio quando, já dentro do avião, um comissário lhes exigiu um
atestado para permitir a permanência do menino no avião. Segundo a
coreógrafa, os detalhes da doença já tinham sido dados no momento do
check-in --que não se opôs à entrada de Theo, 4, no avião.
A tripulação pediu um atestado médico que comprovasse que a doença do
neto de Colker não era infecciosa. Deborah reclamou da abordagem feita,
segundo ela "nitidamente discriminatória, preconceituosa" e que foi
provocada pelo despreparo dos funcionários.
"Exigir uma declaração médica assegura a segurança e a saúde das pessoas
a bordo", disse o sindicato, em nota oficial distribuída hoje. "Mesmo
sendo um caso isolado, o sindicato esclarece aos associados e à
população que existem diversas doenças infectocontagiosas,
caracterizadas por lesões cutâneas. Por isso, é imprescindível a
avaliação médica, pois não cabe ao aeronauta avaliar se há risco de
contágio ou não."
No texto, o sindicato afirma que os procedimentos adotados pela
tripulação seguem normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária), da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a Iata
(Associação Internacional de Transporte Aéreo, que reúne as companhias
aéreas). Seguir a lei é essencial, mesmo que isso contrarie a vontade
dos passageiros, disse a entidade.
"O SNA reitera repudiar qualquer forma de discriminação ou preconceito,
independentemente da situação. Porém, não se pode confundir o
cumprimento da norma legal durante o exercício das funções atribuídas
pelo Código Brasileiro de Aeronáutica. Essas regras devem ser cumpridas,
mesmo que, às vezes, sejam contrárias à vontade dos passageiros."
Reprodução/Facebook/deborah.colker | ||||
Coreógrafa Deborah Colber com o neto Theo; os dois foram barrados em voo da Gol devido à doença de pele do garoto |
Comunicado Oficial
Em razão dos transtornos ocorridos no voo da VRG GOL Linhas Aéreas,
de Salvador para o Rio de Janeiro, na última segunda-feira (19/8), o
Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informa que os procedimentos
adotados pela tripulação da aeronave seguem normas regulatórias da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da International Air
Transport Association (IATA) e da Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC).
O SNA reitera repudiar qualquer forma de discriminação ou
preconceito, independentemente da situação. Porém, não se pode confundir
o cumprimento da norma legal durante o exercício das funções atribuídas
pelo Código Brasileiro de Aeronáutica. Essas regras devem ser
cumpridas, mesmo que, às vezes, sejam contrárias à vontade dos
passageiros. Exigir uma declaração médica assegura a segurança e a saúde
das pessoas a bordo.
Mesmo sendo um caso isolado, o SNA esclarece aos associados e à
população que existem diversas doenças infectocontagiosas,
caracterizadas por lesões cutâneas. Por isso, é imprescindível a
avaliação médica, pois não cabe ao aeronauta avaliar se há risco de
contágio ou não.