Sem Marina, polarização entre PT e PSDB se fortalece para 2014
- Avaliação é de cientistas e analistas políticos ouvidos pelo GLOBO
SÃO PAULO — A possível ausência da ex-senadora Marina Silva na
disputa presidencial do ano que vem deverá fortalecer a tradicional
polarização entre PT e PSDB na sucessão ao Palácio do Planalto. A
avaliação é de cientistas e analistas políticos entrevistados pelo
GLOBO, os quais ainda consideram a possibilidade da ex-ministra do Meio
Ambiente filiar-se a uma outra sigla para concorrer nas eleições de
2014, mas afirmam que essa opção pode enfraquecer a imagem simbólica de
uma candidatura diferente das demais que ela tentava imprimir com a
Rede. O prazo para que Marina Silva filie-se a uma sigla para concorrer
no processo eleitoral do ano que vem termina amanhã.
Para o professor de Filosofia Política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Roberto Romano, a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fortalece o cenário de um novo “Fla-Flu” entre PT e PSDB nas eleições presidenciais. Na avaliação dele, se a Rede fosse sancionada, a disputa do ano que vem poderia ser diferente das anteriores. Ele lembra, contudo, que ainda não está eliminada a possibilidade de Marina Silva participar do processo eleitoral.
- Até o sábado, ela pode ingressar em outro partido. Caso ela não se filie, fica assegurada a possibilidade de um segundo turno entre Dilma Rousseff e Aécio Neves. Se a Rede fosse sancionada, haveria uma modificação do cenário, que pode ainda sofrer alterações a depender do desempenho do presidente nacional do PSB, Eduardo Campos – afirmou.
Na avaliação do diretor do Centro de Pesquisas e Análises de Comunicação (Cepac), o cientista político Rubens Figueiredo, a entrada de Marina Silva em uma outra sigla reduz o caráter simbólico “de um partido diferente” que teria a sua candidatura ao Palácio do Planalto. Para ele, a ausência da ex-ministra do Meio Ambiente na disputa eleitoral favorece a candidatura da presidente Dilma Rousseff, uma vez que, segundo as pesquisas de intenções de voto, Marina Silva poderia levar as eleições presidenciais para o segundo turno.
- Ela, saindo do cenário eleitoral, é provável que haja uma polarização entre PT e PSDB e que fique mais fácil uma vitória no primeiro turno do atual governo federal – avaliou.
Para o cientista político Carlos Melo, professor do Insper São Paulo, a ausência de Marina Silva na disputa eleitoral modifica o atual cenário para o ano que vem. Ele lembra que a ex-senadora é depositária de uma boa parcela da tendência dos votos e avalia que ela pode migrar tanto para a oposição tradicional, o PSDB, como para uma nova alternativa de oposição ao governo federal, como o PSB. Esse movimento vai depender, de acordo com ele, do desempenho de Eduardo Campos no processo eleitoral.
- As pesquisas há um ano da eleições presidencial mostram que a Marina Silva, de fato, tira votos da Dilma Rousseff. Agora, nessa mobilização de junho, há setores que também não são avessos ao PT. Então, essa retirada pode favorecer tanto a situação como a oposição – avaliou.
Para o professor de Filosofia Política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Roberto Romano, a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fortalece o cenário de um novo “Fla-Flu” entre PT e PSDB nas eleições presidenciais. Na avaliação dele, se a Rede fosse sancionada, a disputa do ano que vem poderia ser diferente das anteriores. Ele lembra, contudo, que ainda não está eliminada a possibilidade de Marina Silva participar do processo eleitoral.
- Até o sábado, ela pode ingressar em outro partido. Caso ela não se filie, fica assegurada a possibilidade de um segundo turno entre Dilma Rousseff e Aécio Neves. Se a Rede fosse sancionada, haveria uma modificação do cenário, que pode ainda sofrer alterações a depender do desempenho do presidente nacional do PSB, Eduardo Campos – afirmou.
Na avaliação do diretor do Centro de Pesquisas e Análises de Comunicação (Cepac), o cientista político Rubens Figueiredo, a entrada de Marina Silva em uma outra sigla reduz o caráter simbólico “de um partido diferente” que teria a sua candidatura ao Palácio do Planalto. Para ele, a ausência da ex-ministra do Meio Ambiente na disputa eleitoral favorece a candidatura da presidente Dilma Rousseff, uma vez que, segundo as pesquisas de intenções de voto, Marina Silva poderia levar as eleições presidenciais para o segundo turno.
- Ela, saindo do cenário eleitoral, é provável que haja uma polarização entre PT e PSDB e que fique mais fácil uma vitória no primeiro turno do atual governo federal – avaliou.
Para o cientista político Carlos Melo, professor do Insper São Paulo, a ausência de Marina Silva na disputa eleitoral modifica o atual cenário para o ano que vem. Ele lembra que a ex-senadora é depositária de uma boa parcela da tendência dos votos e avalia que ela pode migrar tanto para a oposição tradicional, o PSDB, como para uma nova alternativa de oposição ao governo federal, como o PSB. Esse movimento vai depender, de acordo com ele, do desempenho de Eduardo Campos no processo eleitoral.
- As pesquisas há um ano da eleições presidencial mostram que a Marina Silva, de fato, tira votos da Dilma Rousseff. Agora, nessa mobilização de junho, há setores que também não são avessos ao PT. Então, essa retirada pode favorecer tanto a situação como a oposição – avaliou.