sábado, 18 de julho de 2009

Sobre o "silêncio obsequioso" dos intelectuais petistas, considerações de Paulo Araújo.

Quando li a citação do Zaratustra no blog [Contra a Raison d´État, em matéria postada sobre A mentira e os mentirosos, abaixo, RR] logo lembrei da história dos três macaquinhos sábios, injustiçados por muitos que veem neles a imagem da alienação. Encontrei na Wikipedia esta explicação para o significado original:


Os Três Macacos Sábios ilustram a porta do Estábulo Sagrado, um templo do século XVII localizado no Santuário Toshogu, na cidade de Nikko,Japão. Sua origem é baseada em um trocadilho japonês. Seus nomes são mizaru (o que cobre os olhos), kikazaru (o que tapa os ouvidos) e iwazaru (o que tampa aboca), que é traduzido como não ouça o mal, não fale o mal e não veja o mal. A palavra saru, em japonês, significa macaco e tem o mesmo som da terminação
verbal zaru, que está ligado à negação.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%AAs_Macacos_S%C3%A1bios


Os “éticos” do PT, sempre tão observadores, com a mão em concha no ouvido e loquazes quando se tratava de apontar os vícios alheios, agora nada veem, nada ouvem, nada falam. Outros, mais ardilosos, são convenientemente imprudentes e suas correspondências terminam vazando acidentalmente para imprensa, como no caso de Ildo Sauer, importante quadro petista.

O atual “silêncio dos intelectuais” demonstra a perversão nessas metamorfoses. Os “éticos” do petismo, oficialistas ou “críticos”, cobrem os olhos, tampam os ouvidos e as bocas para evitar que o mal se propague, eles dizem. Justificam o silêncio em nome do realismo e da $Santa Causa$. Parodiando Benjamin, quando esse inimigo vencer, nem mesmo os macaquinhos sábios estarão em segurança.


Mais imagens dos macaquinhos no Google:

http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&client=firefox-a&rlz=1R1GGGL_pt-BR___BR314&hs=3LX&ei=-_BhSuv1JYmBtwfUnb36Dw&resnum=0&q=os%20tres%20macaquinhos%20nao%20ou%C3%A7o%20n%C3%A3o%20falo%20n%C3%A3o%20vejo%20imagem&um=1&ie=UTF-8&sa=N&tab=wi