O instrumento mais flexível do universo, é a espinha dos intelectuais. A frase, que pronunciei em entrevista à Caros Amigos (quando ela não era aliada do petismo oficial) serve para todos os intelectuais, de esquerda ou direita. Basta ver os acadêmicos que desempenham o triste papel de analistas das Casas Bahia, elevando as escolhas de eletrodomésticos vagabundos (que eles chamam de escolha racional) em razão política. São eles os que, no primeiro turno, garantiam de pé junto a supremacia incontestável da candidata lulista, chegando a confundir IBOPE e CNT-Sensus com o sopro e voz do Santo Espírito. Eles afirmaram a certeza de que a candidata oficial teria mais de 70% dos votos, no primeiro turno. E tudo com voz profética, séria, sem perceber o ridículo de suas assertivas. Mas também os fascistas falam como se Deus estivesse em suas entranhas e soltam ventos fétidos contra os que não se sujeitam aos seus estreitos parâmetros doutrinários. Espinhas flexíveis , mas linguas e cérebros endurecidos de tanto digerir o piche distilado por seus donos. Todos patéticos mercadores de certezas falsas, todos sofistas idiotizados pelo próprio discurso. Que todos sigam para o diabo que os carregue. RR