LIBREVILLE, Gabão. Após desmentidos iniciais, o governo do Gabão confirmou ontem a morte, numa clínica na Espanha, do presidente Omar Bongo, o governante há mais tempo no poder no mundo. Enquanto as TVs no país tocavam músicas fúnebres, o governo tomou medidas como cortar a internet, fechar o aeroporto internacional e as fronteiras marítimas e terrestres.
Forças de segurança tomaram posição na capital, Libreville, enquanto os moradores estocavam alimentos. A morte de Bongo deixa um vácuo no poder, com analistas prevendo uma disputa entre as facções do Partido Democrático do Gabão. O favorito para substituílo é o ministro da Defesa e seu filho, Ali Ben Bongo.
— Eu peço calma para preservar a unidade e a paz que eram tão caras para nosso falecido pai — disse Ben Bongo na TV, em nome da família.