sábado, 20 de junho de 2009

Uma pequena entrada na Wikipedia, pode mostrar algumas responsabilidades ocultas, no caso do Irã, o que não justifica a repressão e o regime de hoje

Mohammad Reza Pahlavi (em língua persa: محمدرضا پهلوی , ،شاه ایران, Teerã, 26 de Outubro de 1919Cairo, 27 de Julho de 1980) foi do Irã de 16 de Setembro de 1941 até 11 de Fevereiro de 1979. Filho de Reza Pahlavi e da sua segunda esposa, Tadj ol-Molouk, Mohammad foi o segundo e último monarca da Dinastia Pahlavi.

Em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, o Reino Unido e a União Soviética invadiram o Irã, de modo a assegurar para si próprios os recursos petrolíferos iranianos. Os Aliados forçaram o a abdicar em favor de seu filho, Mohammad Reza Pahlavi, em quem enxergavam um governante que lhes seria mais favorável. Em 1953, após a nacionalização da Anglo-Iranian Oil Company, um conflito entre o xá e o primeiro-ministro Mohammed Mossadegh levou à deposição e prisão deste último.

Foto oficial da coroação em 1967: Princesa Ashraf, Princesa Shahnaz, o Xá, Princesa Farahnaz e Príncipe Reza, Rainha Farah e Princesa Shams.

O reinado do xá tornou-se progressivamente ditatorial, especialmente no final dos anos 1970. Com apoio americano e britânico, Reza Pahlavi continuou a modernizar o país, mas insistia em esmagar a oposição do clero xiita e dos defensores da democracia.

Islamistas, comunistas e liberais promoveram a Revolução Iraniana de 1979, que provocou a fuga do xá a instalação do Aiatolá Ruhollah Khomeini como chefe máximo do país.

Mohammad Reza Pahlavi morreu no exílio, no Egipto, a 27 de Julho de 1980, com 60 anos de idade.

Mohammed Mossadegh


Mohammed Mosaddeq

Mohammed Mosaddeq, em persa محمد مصدق, (Teerão, 1880Ahmad Abad, 5 de Março de 1967) foi primeiro-ministro do Irão entre 1951 e 1953.

Mosaddeq nasceu na capital iraniana e era filho do ministro das Finanças e de uma princesa membro da dinastia Qadjar.

Fez os seus estudos em Paris, na École libre des sciences politiques e na Suíça, onde em 1913 doutorou-se em Direito pela Universidade de Lausana. No ano seguinte regressou ao seu país, tendo sido nomeado governador da província de Fars.

Em 1921 foi nomeado ministro das Finanças. Desempenhou ainda a função ministro dos Negócios Estrangeiros entre 1923 e 1925. Neste ano opôs-se ao golpe de Reza Khan, que tinha deposto o último membro da dinastia Qadjar, declarando-se . Em consequência do seu posicionamento, Mosaddeq foi forçado a se retirar da vida política, tendo estado preso durante dois anos.

Mosaddeq regressaria à política em 1943, ano em que foi eleito deputado, liderando uma força política nacionalista. Dois anos antes Reza Khan tinha abdicado a favor do seu filho, Mohammad Reza Pahlavi. Mosaddeq não era comunista, mas um nacionalista que defendia o controlo por parte do Irão das suas riquezas petrolíferas. Neste sentido, opôs-se com sucesso à atribuição à União Soviética de uma concessão de petróleo na região norte do país. Era também favorável à nacionalização da Anglo-Iranian Oil Company.

Por causa da sua enorme popularidade, o xá do Irão teve que aceitar a sua eleição como primeiro-ministro do país em 1951. A 1 de Maio do mesmo ano o parlamento aprovou a nacionalização do petróleo, tendo sido extinta a Anglo-Iranian. Nesse ano a revista "Time" nomeou-o "Homem do ano" e Mosaddeq era visto com o símbolo na luta antiimperialista. Em retaliação os britânicos orquestraram nos mercados internacionais um embargo ao petróleo iraniano com o objectivo de sufocar economicamente o país. Os Estados Unidos da América opuseram-se ao boicote por entenderem que ele poderia favorecer uma aproximação à União Soviética.

Esta situação, aliada ao desejo de Mosaddeq em possuir mais poderes como primeiro-ministro, instalou uma crise entre Mosaddeq e o xá. Foi então que os britânicos pensaram num plano para afastar Mosaddeq do poder, no qual envolveram os Estados Unidos, agitando junto desta nação o fantasma de um suposto desejo por parte da União Soviética em controlar o Irão.

A 15 de Agosto de 1953, instigado pela CIA, o xá demitiu Mosaddeq , o que provocou tumultos populares a favor do primeiro-ministro; o xá foi obrigado a abandonar o Irão, refugiando-se em Roma. Mosaddeq permaneceu no seu cargo até ao dia 19 de Agosto, quando um golpe de estado instalou o general Fazlollah Zahedi como novo primeiro-ministro.

Mosaddeq foi detido e condenado a três anos de prisão. Após a sua libertação viveu o resto dos seus dias sob prisão domiciliária, tendo falecido com cancro.