Mohammad Reza Pahlavi (em língua persa: محمدرضا پهلوی , ،شاه ایران, Teerã, 26 de Outubro de 1919 – Cairo, 27 de Julho de 1980) foi xá do Irã de 16 de Setembro de 1941 até 11 de Fevereiro de 1979. Filho de Reza Pahlavi e da sua segunda esposa, Tadj ol-Molouk, Mohammad foi o segundo e último monarca da Dinastia Pahlavi.
Em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, o Reino Unido e a União Soviética invadiram o Irã, de modo a assegurar para si próprios os recursos petrolíferos iranianos. Os Aliados forçaram o xá a abdicar em favor de seu filho, Mohammad Reza Pahlavi, em quem enxergavam um governante que lhes seria mais favorável. Em 1953, após a nacionalização da Anglo-Iranian Oil Company, um conflito entre o xá e o primeiro-ministro Mohammed Mossadegh levou à deposição e prisão deste último.
O reinado do xá tornou-se progressivamente ditatorial, especialmente no final dos anos 1970. Com apoio americano e britânico, Reza Pahlavi continuou a modernizar o país, mas insistia em esmagar a oposição do clero xiita e dos defensores da democracia.
Islamistas, comunistas e liberais promoveram a Revolução Iraniana de 1979, que provocou a fuga do xá a instalação do Aiatolá Ruhollah Khomeini como chefe máximo do país.
Mohammad Reza Pahlavi morreu no exílio, no Egipto, a 27 de Julho de 1980, com 60 anos de idade.
Mohammed Mossadegh
Mohammed Mosaddeq, em persa محمد مصدق, (Teerão, 1880 — Ahmad Abad, 5 de Março de 1967) foi primeiro-ministro do Irão entre 1951 e 1953.
Mosaddeq nasceu na capital iraniana e era filho do ministro das Finanças e de uma princesa membro da dinastia Qadjar.
Fez os seus estudos em Paris, na École libre des sciences politiques e na Suíça, onde em 1913 doutorou-se em Direito pela Universidade de Lausana. No ano seguinte regressou ao seu país, tendo sido nomeado governador da província de Fars.
Em 1921 foi nomeado ministro das Finanças. Desempenhou ainda a função ministro dos Negócios Estrangeiros entre 1923 e 1925. Neste ano opôs-se ao golpe de Reza Khan, que tinha deposto o último membro da dinastia Qadjar, declarando-se xá. Em consequência do seu posicionamento, Mosaddeq foi forçado a se retirar da vida política, tendo estado preso durante dois anos.
Mosaddeq regressaria à política em 1943, ano em que foi eleito deputado, liderando uma força política nacionalista. Dois anos antes Reza Khan tinha abdicado a favor do seu filho, Mohammad Reza Pahlavi. Mosaddeq não era comunista, mas um nacionalista que defendia o controlo por parte do Irão das suas riquezas petrolíferas. Neste sentido, opôs-se com sucesso à atribuição à União Soviética de uma concessão de petróleo na região norte do país. Era também favorável à nacionalização da Anglo-Iranian Oil Company.
Por causa da sua enorme popularidade, o xá do Irão teve que aceitar a sua eleição como primeiro-ministro do país em 1951. A 1 de Maio do mesmo ano o parlamento aprovou a nacionalização do petróleo, tendo sido extinta a Anglo-Iranian. Nesse ano a revista "Time" nomeou-o "Homem do ano" e Mosaddeq era visto com o símbolo na luta antiimperialista. Em retaliação os britânicos orquestraram nos mercados internacionais um embargo ao petróleo iraniano com o objectivo de sufocar economicamente o país. Os Estados Unidos da América opuseram-se ao boicote por entenderem que ele poderia favorecer uma aproximação à União Soviética.
Esta situação, aliada ao desejo de Mosaddeq em possuir mais poderes como primeiro-ministro, instalou uma crise entre Mosaddeq e o xá. Foi então que os britânicos pensaram num plano para afastar Mosaddeq do poder, no qual envolveram os Estados Unidos, agitando junto desta nação o fantasma de um suposto desejo por parte da União Soviética em controlar o Irão.
A 15 de Agosto de 1953, instigado pela CIA, o xá demitiu Mosaddeq , o que provocou tumultos populares a favor do primeiro-ministro; o xá foi obrigado a abandonar o Irão, refugiando-se em Roma. Mosaddeq permaneceu no seu cargo até ao dia 19 de Agosto, quando um golpe de estado instalou o general Fazlollah Zahedi como novo primeiro-ministro.
Mosaddeq foi detido e condenado a três anos de prisão. Após a sua libertação viveu o resto dos seus dias sob prisão domiciliária, tendo falecido com cancro.