sábado, 2 de outubro de 2010

Roque, because today is saturday.

02/10/2010 às 00:00:00 - Atualizado em 01/10/2010 às 22:27:58

Porque hoje é sábado

Roque Sponholz é arquiteto e cartunista, tendo sido "uma porção de já fui e outras tantas de pretendo ser e continuar sendo". Professor de Planejamento Urbano em Ponta Grossa, acha o automóvel a praga deste e do passado século, o cancro de nossas cidades. Criativo, abomina áulicos e covardes, cria brigas, confusões e não foge delas.

Outra profissão, numa outra encarnação, o que seria: relojoeiro; só para passar o tempo.

Dando a semana por finda, um fim de semana como deve ser: o mais próximo possível do outro.

Serra abaixo ou serra acima: cota zero; litoral catarinense.

A mais bonita paisagem do Paraná: a da divisa com Santa Catarina.

Uma rua de Ponta Grossa: Rua da Escada. A feliz rua sem automóvel.

Um sábado de chuva: vitamina C e cama.

Um domingo de sol: uma rede, sombra e sorvete.

O que não dispenso no inverno: o frio. Sem ele a estação não tem a menor graça.

O que não dispenso em qualquer estação do ano: minha lapiseira.

O que é muito bom fazer sozinho: pensar.

Uma música para ouvir hoje: qualquer uma do Keith Jarrett.

Outra para ouvir amanhã: outra do Keith Jarrett.

Um instrumento musical que se imagina tocando numa balada de sábado: meu travesseiro.

Um livro na estante: A Vida de Lima Barreto, do Francisco de Assis Barbosa.

Um livro na cabeceira: Morte e Vida de Grandes Cidades, da Jane Jacobs.

Um filme de ontem: A Pequena Loja da Rua Principal. Tcheco de 1965.

Um filme de hoje: qualquer um com a Lena Olin.

Um retrato na parede: meu vô Eduardo e meu pai.

Um lugar para iniciar o fim de semana: meu quintal.

Um acepipe de boteco: ovo de dupla gema do Bar do Tito (o mais antigo de Ponta Grossa.)

O jantar no sábado: sanduíche da Mari.

O almoço de domingo: aquele que a Mari fizer.

Uma receita de estimação: sashimi de tilápia na folha de abacateiro.

Nenhum, pouco ou bastante alho: Alhomatizado.

Uma sobremesa: sorvete de uva.

Um copo para o espírito: de estanho com água benta.

Metade cheio, metade vazio: metade meio meio.

Saudades de um sábado qualquer: na companhia de meu pai.

Uma viagem: chegar em casa.

Quem convidaria para passar um fim de semana como deve ser: a Amy Winehouse.

Noite de domingo, o que lhe parece: uma fantástica m....

Há a perspectiva de segunda-feira, o que dá preguiça: toda segunda-feira é de segunda.

O que assusta embaixo da cama: o leão do Imposto de Renda.

Um passarinho (sonho) na mão: um rolo de um dos primeiros filmes do Mickey e do Pateta.

Outro voando: um neto.

Uma frase sobre os Campos Gerais: Cara paisagem de poucos amigos.

Enfim, confessa: "Não tenho nada. Só tenho o que me falta. E o que me falta é o que me basta".