quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Comilança na Má-ringa
Akino no Blog do RIGON, na Má-ringa
Akino Maringá, colaborador
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Respondendo:
E eu me esfaldando de trabalhar, sustentando o wisque, o caviar dessa pequena burguesia comilona.
Pagos com o seu IPTU
Vejam mais alguns valores significativos pagos a título de rescisões a
CCs: Zanoni Luiz Fávero, R$ 24.054,62 99; Flor de Maria S. Duarte, R$
24.054,62; Wagner Ramos R$ 10.892,82; Walter José Progiante, R$
36.081,58; Luiz Carlos Biondo, R$ 11.433,76; Antonio Carlos Nardi, R$
36.081,93.
Ficam as dúvidas: Este pessoal acumulava mais que duas férias? Se fosse na iniciativa privada isto na aconteceria.Akino Maringá, colaborador
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Respondendo:
E eu me esfaldando de trabalhar, sustentando o wisque, o caviar dessa pequena burguesia comilona.
O lado negro de Walt Disney
Do Blog de RUI BEBIANO, Portugal
Durante décadas, para milhões de pessoas de diferentes gerações a vida
de Walt Disney foi uma história cor-de-rosa editada em capa de seda.
Como se o paraíso de sonhos materializado nos vários parques temáticos
da Disneylândia fosse uma extensão da personalidade dessa figura
supostamente idealista, amável e criativa, impecavelmente penteada e de
bigode aparado, plena de autoconfiança, que povoou as fantasias de
tantas crianças dos dois hemisférios. No entanto, essa vida encantadora
foi em larga medida ilusória, construída e alimentada pelo próprio e
pela indústria que fundou, uma vez que a sua biografia verdadeira é
bastante menos transparente, claramente menos heroica e está demasiado
povoada de nódoas. Não que tal facto seja novidade para quem conheça o
seu trajeto para além das linhas mais essenciais da lenda, mas a
evocação do Rato Mickey e do Pato Donald, de Dumbo, Bambi e Peter Pan,
da Cinderella e de Mary Poppins, ou de tantos heróis aventureiros em
versão «para todas as idades», continua a ofuscar um público sedento de
fantasia, humor e finais felizes que vê em Disney um seu mentor.
A produção da última ópera de Philip Glass, The Perfect American, baseada no romance biográfico homónimo de Peter Stephan Jungk, vem agora ajudar-nos a rever o brilho falso da lenda. O selfmademan
que durante tanto tempo serviu de emblema de uma América aprazível,
terra de todas as possibilidades e de corações de ouro, foi afinal,
repetidamente, um crápula, um arrivista e um delator. Vendedor nato da
sua imagem, com tanta eficácia que até Andy Warhol inadvertidamente
colaborou na missão, foi um sujeito ambicioso que não se inibia de se
apoderar das ideias dos outros (a generalidade das «suas» personagens
foi concebida por criadores que se viram forçados a permanecer na
sombra), que despedia empregados menos dóceis, que combatia as greves,
que tinha violentos acessos de fúria e perseguia pessoas por puro
rancor. Cereja no topo do bolo – embora seja um aspeto que Glass não
explora – Walt foi colaborador ativo do FBI em pleno mccarthismo. Foi um
denunciante metódico de realizadores, argumentistas e atores que lhe
faziam sombra e tratou de colocar sob suspeita perante o Comité para as
Atividades Antiamericanas, levando muitos ao despedimento e à prisão.
Alguém que foi tudo menos o príncipe encantado empapado de brilhantina
pelo qual procurou repetidamente fazer-se passar.