Trecho da reportagem abaixo :
O petista não citou nomes de eventuais opositores, aos quais se referiu
sempre como "essa gente", mas lembrou que são pessoas que ficaram
contra o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992,
e que agora estariam contra o governo da presidente Dilma Rousseff.
Este senhor não tem mesmo um pingo de rubor na face? Ou é tão desprovido de auto crítica e de respeito à inteligência alheia que imagina dizer que "pessoas ficaram contra o impeachment de Collor", quando seu partido e ele mesmo estão, hoje, de beijos e abraços com o mesmo personagem? Eu lutei contra Collor, com aplausos petistas, e hoje tenho vergonha da nada santa aliança entre petismo/lulismo e collorismo que anda intimidando jornalistas e procuradores da república. Lulla, porque não te calas, como você manda FHC fazer?
Lula se compara a Lincoln em evento da CUT e pede mais comunicação para sindicatos
Janaina Garcia
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comparou ao ex-presidente
dos Estados Unidos Abraham Lincoln, nesta quarta-feira (27), em um
discurso voltado para sindicalistas na região central de São Paulo.
Lula foi homenageado na cerimônia que abriu as comemorações pelos 30
anos da CUT (Central Única dos Trabalhadores) --maior central sindical
do país --na capital paulista.
"Estou lendo muito agora (...) Estava lendo o livro do Lincoln e fiquei
impressionado como a imprensa batia no Lincoln, em 1860, igualzinho
bate em mim. E o coitado não tinha computador. Sabe o que ele fazia para
saber de notícias? Ia para o telex, para o telégrafo, ficar numa sala
esperando. Nós aqui poderemos xingar um ao outro em tempo real".
A história do ex-presidente norte-americano ganhou destaque na mídia
nos últimos meses com o filme "Lincoln", do diretor Steven Spielberg. No
domingo (24), Daniel Day-Lewis ganhou o prêmio de melhor ator na festa do Oscar pela interpretação que fez do ex-presidente.
Ex-presidente e um dos fundadores da CUT, Lula fez a comparação para
pedir que as centrais e sindicatos fortaleçam sua comunicação com os
trabalhadores, ao invés de esperar que manifestações, greves ou pleitos
junto ao governo sejam simplesmente noticiados pela mídia.
O petista não citou nomes de eventuais opositores, aos quais se referiu
sempre como "essa gente", mas lembrou que são pessoas que ficaram
contra o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992,
e que agora estariam contra o governo da presidente Dilma Rousseff.
Mais cedo, ainda em discurso, Lula defendeu que centrais como a CUT
organizem seus canais de comunicação. "Temos uma arma poderosa
totalmente desorganizada; temos que organizar um pensamento mais
coletivo. Temos condição de fazer isso", disse, citando veículos do
movimento sindical como TV, rádios, jornais, blogs e o uso das rede
sociais, como o Facebook.
Marcha de entidades e presenças "ilustres"
Apesar das comemorações iniciadas hoje, os 30 anos da CUT serão
completados em agosto. A plenária --espécie de encontro regular de
dirigentes-- aconteceu exatamente uma semana antes da "Marcha a
Brasília", promovida pela CUT com outras seis entidades sindicais, como a
Força Sindical. A marcha, marcada para o próximo dia 6, pretende ser um
mecanismo para que o movimento sindical "exerça pressão sobre o governo
e o Congresso pela retomada do investimento público e em defesa da
indústria nacional, fortalecendo o mercado interno e garantindo
contrapartidas sociais", segundo a CUT.
Entre as reivindicações, as entidades pretendem cobrar "redução da
jornada, fim do fator previdenciário, retomada do investimento público e
contrapartidas sociais".
Além de dirigentes e ex-dirigentes, o encontro teve ainda a
participação do ex-ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e do
ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, condenado no julgamento do mensalão.
Delubio foi aplaudido pela plateia e mencionado à mesa pelo presidente
da CUT, Vagner Freitas. "Temos orgulho da sua história", disse Freitas,
depois de mandar um "abraço fraternal" a Delubio, também ex-tesoureiro
da CUT.
Ano passado, a CUT divulgou nota repudiando "o comportamento" do STF
(Supremo Tribunal Federal) no julgamento do mensalão --nela, a entidade
avaliou que a entidade "se colocou a serviço dos conservadores, da
imprensa neoliberal e de todos que querem criminalizar os movimentos
sociais". Petistas históricos como o ex-chefe da Casa Civil, José
Dirceu, figuraram entre os condenados pelo STF no escândalo.