quarta-feira, 4 de junho de 2014

J. R. Guedes de Oliveira, ex-membro do CNRH – Conselho Nacional de Recursos Hídricos.


          MEIO AMBIENTE SUSTENTÁVEL


          Caseiam-se perfeitamente (e com vigor!) duas datas significativas para a Terra: dia 3/6 – Dia Nacional da Educação Ambiental, instituído pelo Governo Federal, em 2012 e 05/06 – Dia Mundial do Meio Ambiente, instituído pela ONU, em 1972.
          Ambas as datas tornam-se junção de algo sumamente importante e que, se de um lado temos a educação, do outro, temos a conscientização de que a Terra necessita de maior carinho e iniciativas mais firmes e pontuais.
          A Educação Ambiental se reveste de uma capacitação do cidadão para se conter em sua vã tentativa de sucumbir o espaço. Este sistema de se apossar do espaço físico, sem que haja uma compensação ou mesmo um estudo de impacto, tem nos causado sérios prejuízos.
          Sabemos que a Terra tem sido maltratada por tudo quanto é perigoso ao nosso futuro. Mas ela, sinceramente, sempre nos dá o recado não em mesma proporções, mas em resposta mais dura. Está ai, para comprovar, vendavais, ciclones, tornados, tsunemes, etc., etc.
          Convém, portanto, que tenhamos sempre em mente o desejo de progredir, mas com base em não agredir este meio ambiente. Uma boa e real educação ambiental, tem trâmite  por uma conscientização de que precisamos, com urgência, rever preceitos e conceitos de nosso desejo expansionista.
          Iniciativas diversas, no âmbito de Ministério e Secretárias de Meio Ambiente, tomam posições educativas. Contudo, há que sacudir pelas entranhas o cidadão que despreza estas iniciativas ou mesmo pouco estão interessados pela nossa Terra.
          No que diz respeito ao Dia Mundial do Meio Ambiente, cremos, com toda segurança, que se trata de uma profunda reflexão do que estamos fazendo e o que queremos para a convivência do homem na Terra. É com este efeito que precisamos marcar o nosso território, elevando o nosso espírito de promoção a tudo que se reporta ao nosso meio. Seguramente, este Meio Ambiente não significa tão somente abraçar uma árvore, mas, contudo, respeitar uma série de requisitos indispensáveis à nossa sobrevivência na Terra, que tem seus parâmetros em meio ambiente natural, artificial, cultural, misto e do trabalho. É representado, por conseguinte, por uma gama enorme de dispositivos que, somados harmonicamente, nos dá a certeza de que a vida terrestre não se sucumbirá (se observada e obedecida rigorosamente).
          Como as duas datas se casam perfeitamente, nada mais correto e ilustrativo que reproduzir, aqui, o artigo 225 da nossa Constituição de 1988:
          “Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
          Este artigo 225, da Constituição Brasileira de 1988 pode ser destrinchado de todas as maneiras e divididos em partes que, a bem da verdade, não perde em nada a sua grandeza e o seu conteúdo.
          Portanto, estas duas datas não só se caseiam, mas produzem uma enorme reflexão a todos, já que o nosso compromisso para com a Terra anda meio abalado. Mas sempre é tempo de retomada.

           J. R. Guedes de Oliveira, ex-membro do CNRH – Conselho Nacional
           de Recursos Hídricos.