Sou cliente do Almanara há cerca de 40 anos. Infelizmente, notei que ele entrou para o setor dos ex restaurantes bons. Sempre digo aos meus amigos que restaurantes (e outros serviços) em São Paulo jamais podem ser indicados com o verbos "ser", apenas no "estar". Um restaurante em São Paulo não "é"bom. "Está bom". De repente, algo ocorre (mudança de gerência, de funcionários, de cozinheiro, etc) e a casa que bem servia, se transforma em armadilha de ganhar dinheiro com péssima comida e atendimento. Ontem tive a desagradável surprêsa de constatar que o Almanara entrou para o rol dos que "eram"bons. Pedi o tradicionalíssimo sanduíche da casa, o Beiruth, que sempre vinha aquecido pelo forno (o pão e os ingredientes, inclusive o presunto, o queijo, etc). Pois bem, tudo estava GELADO. Ao perguntar sobre a anomalia ao garçon, este me replicou, com jeito de poucos amigos, que "eles"( não disse quem) decidiram que lanche deve ser servido frio. Sem perguntar ao cliente o que ele pensa do assunto.
Eu lhe disse que, cliente há muito tempo, minha resposta ao autoritarismo e arrogância anônima de quem manda no Almanara seria o deixar definitivamente. Arrogância pela certeza de ampla clientela leva, infalivelmente, cedo ou tarde, à falência. Recebi um sorrisso irônico do funcionário. Enfim, que o Almanara continue assim que, garanto, pouco tempo de vida ele terá, apesar de seu bom passado.
Já assistimos a ditadura dos supostos "chefes"de cozinha que cobram muito, entregam pouca comida ao seu gosto, não ao gosto dos clientes. O lobby destes charlatães anda a toda na imprensa, tanto nos jornais quanto na TV e no rádio. Agora, lanchonetes entram na era da ditadura anônima ("eles").
Assim, está sendo incentivado o hábito de fazer refeições em casa. Sem o sentimento de ser apenas um passivo devorador de porcarias e pagador de muito dinheiro.
Almanara: resquiescat in pacem !