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Opinião
Resposta a Roberto Romano
José DIRCEU
Aqui no
Ao fazê-lo, desrespeitou o meu direito de presunção à inocência e repisou acusações que sofri e sofro em processo judicial ainda pendente de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), além de fazer considerações de natureza absolutamente subjetivas sobre mim, como por exemplo sobre minha “arrogância”.
À oportunidade que tinha de se explicar, de esclarecer sua crítica infundada ao Congresso, Romano jogou por terra e preferiu ficar me atacando seja por causa da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a que compareci para depor, seja pela minha passagem pela chefia da Casa Civil da presidência da República, seja pelo fato de eu ser hoje um consultor de empresas e, até mesmo por eu ter estudado inglês durante um mês nos Estados Unidos nesse início de ano.
O professor gastou “tinta e papel” para me atacar desbragada e desenfreadamente, mas infelizmente não respondeu ao essencial de minhas considerações sobre sua entrevista. Romano não trouxe luz aos pontos centrais de meu questionamento e não justificou o que afirmou ao
O que, em se tratando do Congresso Nacional, insisto, é — e repito aqui o que disse no blog — uma mentira das grossas. Termos, aliás, que chocaram o professor e que ele considerou “próximos da sarjeta”. Eu entendo, o professor talvez preferisse expressões mais eufemísticas, mais próximas do muro em que atuam certos partidos políticos, ao invés de uma tão dura e clara.
O texto de Romano sobre mim no
Pior, eu, que inicialmente pretendi apenas travar um debate em defesa de uma das nossas mais fundamentais instituições políticas — o Parlamento — diante da resposta de Romano, convenci-me de que isso, com ele, não será possível. Receio, porém, ter de retomar o assunto. Não sou eu que quero, meu pressentimento vem dessa frase final com a qual o professor encerra o seu artigo neste jornal de Campinas: “Voltarei ao caso, podem esperar”.