Roberto Romano
A onda de racismo que arrasa coletivos humanos e gera tristezas irreparáveis está perto de seu ápice. Em todo o planeta ocorrem matanças de minorias étnicas, no mesmo passo em que avança a intolerância ideológica, política, religiosa. Se as pessoas não mobilizarem o que nelas é o mais nobre e digno de confiança, com certeza coisas dantescas logo ocorrerão em nosso triste mundo. Hanna Arendt fala de uma banalização do mal. De fato, a violência dos fanatismos tende a produzir, noite e dia, espetáculos cuja única imagem verossímil seria a do Inferno.
O prelúdio da canção horripilante que seguirá novos genocídios, tem comoleit motiv as estrofes envenenadas dos que tentam nos fazer olvidar o Holocausto. Tais herdeiros do nazismo exibem sua identidade sinistra por semelhante detalhe: eles não suportam constatar a imensidão do crime cometido por seus inspiradores. Seja no Irã, seja nas calçadas e bairros de Paris, Londres ou Nova York, os geradores de desgraças racistas levantam suas garras manchadas de sangue. Mas também na Argentina, na Venezuela e agora, no Brasil, eles exibem, com temor cada vez menor e desfaçatez cada vez mais desinibida, planos de novos Holocaustos, em especial contra os judeus. É preciso que se recorde: perseguições e atentados começam contra os filhos de Israel. E terminam nas mortes aos milhões, de pessoas que pertencem a todas as crenças.
Por tal motivo, foi lançado um Manifesto contra o racismo, ao qual peço adesão das pessoas íntegras de nossa terra. Quem o aprovar, por favor procure a sede da B´nai B´rith de São Paulo, ampliando a força do nosso apelo. O telefone da B´nai B´rith é o seguinte: (011) 3082-5844. Abaixo, segue o texto do manifesto.
“Chamado à Razão: os recentes acontecimentos no campo internacional tornam cada vez mais visível o recrudescimento de ações racistas e de ameaçadora intolerância em todos os continentes.
A opinião pública brasileira tem sido assaltada por uma série de manifestações de natureza política, social e econômica que se apresentam sob o rótulo do antissionismo. Tais fatos se revelam no contexto de uma globalização anárquica, de crises econômica, social e política, produzindo e acirrando conflitos étnicos, ideológicos e religiosos que põem em risco todos os valores da existência humana, e que se traduzem em discriminações, perseguições, atentados e genocídios.
Na África, a situação é desoladora, quadro que se repete em não poucas regiões da Ásia. Na Europa, multiplicam-se as restrições legais e as discriminações de caráter xenófobo, com o fortalecimento de grupos neonazistas e dos fascismos de Estado, de direita e de esquerda. A América do Sul tampouco escapa à onda de intolerâncias, como se pôde ver, há poucos anos, nos terríveis atentados ocorridos na Argentina e no recente ataque à sinagoga de Caracas. No Brasil, temos os acontecimentos de Campinas e de Santo André, as pichações de cunho nazista do Rio Grande do Sul, além de manifestações corriqueiras dessa jaez na Internet, não registradas pela mídia nacional.
Diante desse quadro, e considerando que ‘promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor e qualquer outra forma de discriminação (Constituição Federal, art. 3-IV) é um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil e que a prevalência dos direitos humanos é princípio constitucional que rege as relações internacionais do nosso país (CF, art. 4- II);
Cabe alertar à opinião pública do país e a seus dirigentes que essas criminosas violações dos direitos humanos e políticos dos cidadãos tendem a impedir a convivência democrática e o respeito às diferenças de gênero, de cor, de orientação sexual e culturais, bases da sociedade civilizada”.
Assinam o manifesto, no aguardo das demais assinaturas: Abraham Goldstein (co-presidente nacional da B’nai B’rith), dr. Alberto Liberman (diretor nacional de Direitos Humanos da B’nai B’rith), prof. dr. Roberto Romano da Silva, prof. dr. Jacó Guinsburg.
A onda de racismo que arrasa coletivos humanos e gera tristezas irreparáveis está perto de seu ápice. Em todo o planeta ocorrem matanças de minorias étnicas, no mesmo passo em que avança a intolerância ideológica, política, religiosa. Se as pessoas não mobilizarem o que nelas é o mais nobre e digno de confiança, com certeza coisas dantescas logo ocorrerão em nosso triste mundo. Hanna Arendt fala de uma banalização do mal. De fato, a violência dos fanatismos tende a produzir, noite e dia, espetáculos cuja única imagem verossímil seria a do Inferno.
O prelúdio da canção horripilante que seguirá novos genocídios, tem como
Por tal motivo, foi lançado um Manifesto contra o racismo, ao qual peço adesão das pessoas íntegras de nossa terra. Quem o aprovar, por favor procure a sede da B´nai B´rith de São Paulo, ampliando a força do nosso apelo. O telefone da B´nai B´rith é o seguinte: (011) 3082-5844. Abaixo, segue o texto do manifesto.
“Chamado à Razão: os recentes acontecimentos no campo internacional tornam cada vez mais visível o recrudescimento de ações racistas e de ameaçadora intolerância em todos os continentes.
A opinião pública brasileira tem sido assaltada por uma série de manifestações de natureza política, social e econômica que se apresentam sob o rótulo do antissionismo. Tais fatos se revelam no contexto de uma globalização anárquica, de crises econômica, social e política, produzindo e acirrando conflitos étnicos, ideológicos e religiosos que põem em risco todos os valores da existência humana, e que se traduzem em discriminações, perseguições, atentados e genocídios.
Na África, a situação é desoladora, quadro que se repete em não poucas regiões da Ásia. Na Europa, multiplicam-se as restrições legais e as discriminações de caráter xenófobo, com o fortalecimento de grupos neonazistas e dos fascismos de Estado, de direita e de esquerda. A América do Sul tampouco escapa à onda de intolerâncias, como se pôde ver, há poucos anos, nos terríveis atentados ocorridos na Argentina e no recente ataque à sinagoga de Caracas. No Brasil, temos os acontecimentos de Campinas e de Santo André, as pichações de cunho nazista do Rio Grande do Sul, além de manifestações corriqueiras dessa jaez na Internet, não registradas pela mídia nacional.
Diante desse quadro, e considerando que ‘promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor e qualquer outra forma de discriminação (Constituição Federal, art. 3-IV) é um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil e que a prevalência dos direitos humanos é princípio constitucional que rege as relações internacionais do nosso país (CF, art. 4- II);
Cabe alertar à opinião pública do país e a seus dirigentes que essas criminosas violações dos direitos humanos e políticos dos cidadãos tendem a impedir a convivência democrática e o respeito às diferenças de gênero, de cor, de orientação sexual e culturais, bases da sociedade civilizada”.
Assinam o manifesto, no aguardo das demais assinaturas: Abraham Goldstein (co-presidente nacional da B’nai B’rith), dr. Alberto Liberman (diretor nacional de Direitos Humanos da B’nai B’rith), prof. dr. Roberto Romano da Silva, prof. dr. Jacó Guinsburg.