quinta-feira, 28 de maio de 2009

OS COCHILOS DA IMPRENSA, AS CONTRADIÇÕES DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E O TERROR NO BRASIL.

SUBLINHEI, ABAIXO, AS FRASES MAIS PROBLEMÁTICAS DA "NOTÍCIA". EM PRIMEIRO LUGAR, É AFIRMADO QUE O SENHOR K (ALGUMA SEMELHANÇA COM O PROCESSO, O CASTELO, ETC?) AGIA SOZINHO. MAIS ADIANTE, QUE MAIS DE TRINTA PESSOAS ESTAVAM COM ELE.

DEPOIS, A BUSCA DO GOVERNO DE MANTER EM SIGILO A PRISÃO, COM INDICAÇÕES ERRADAS SOBRE "RACISMO", QUANDO A COISA É BEM MAIS FEIA. DEPOIS, O FATO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA NÃO APRESENTAR REGULAMENTAÇÃO LEGAL DE TERRORISMO, "COM MEDO DE CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS". O QUE SIGNIFICA AO MESMO TEMPO UM CRIME (DEIXAR-SE INTIMIDAR PELO PROBLEMA, DEIXANDO A POPULAÇÃO DESPROTEGIDA DIANTE DE GENTE QUE JÁ ESTÁ AQUI, MILITANDO E PREPARANDO ATOS "HERÓICOS", COMO BOMBAS EM SUPERMERCADOS, PRAÇAS, IGREJAS, CAMPOS DE FUTEBOL ETC, POIS ESTA É A "ESPECIALIDADE" DOS QUERIDOS MILITANTES) DE OMISSÃO, UMA CUMPLICIDADE EM RELAÇÃO AOS MOVIMENTOS SOCIAIS QUE APOIAM O TERROR, OU UMA CALÚNIA CONTRA ELES (A ACEITAÇÃO TÁCITA DE QUE PODEM SER DITOS TERRORISTAS).

EM QUALQUER DAS HIPÓTESES ACIMA, NENHUM PODER RESPONSÁVEL SE NEGA A DETERMINAR NORMAS CONTRA CRIMES, POR "RECEIO" DE CRIMINALIZAÇÃO DE QUEM QUER QUE SEJA. SE OS MOVIMENTOS NÃO FAZEM TERRORISMO, ELES NÃO SERÃO ACUSADOS COM BASE EM LEI QUE ESPECIFIQUE ATOS E PROPAGANDA DO TERROR. SE FIZEREM, ARQUEM COM AS CONSEQUÊNCIAS. O QUE NÃO PODE SER ACEITO É QUE, DIANTE DA EVIDENTE PRESENÇA DE TERRORISTAS NO PAÍS, NÃO SEJA PASSADO PARA A LEGISLAÇÃO NACIONAL O CONJUNTO DE NORMAS INTERNACIONAIS ASSINADAS PELO BRASIL, CONTRA O TERRORISMO.

NOTÍCIAS DEVEM SER LIDAS COM MUITA CAUTELA. É SEMPRE BOM RECORDAR QUE OS NAZISTAS, QUANDO DESEJARAM EFICÁCIA MAIOR EM SUA PROPAGANDA, COMPRARAM JORNAIS E MANTIVERAM O FORMATO DOS MESMOS. OS LEITORES NÃO PERCEBERAM A MUDANÇA E COMEÇARAM A FALAR A LINGUA DO TERCEIRO REICH, INSTRUÍDOS FORMALMENTE PELOS JORNAIS, ANTES ADEPTOS DO LIBERALISMO, DA DEMOCRACIA E ATÉ MESMO DO SOCIALISMO DE WEIMAR.

COMO, SENHORES, O INDIVÍDUO AO MESMO TEMPO ESTAVA ISOLADO E AGIA COM MAIS DE TRINTA PESSOAS? COMO, E POR QUE, SENHORES, NÃO EXISTE LEI CONTRA O TERRORISMO NO BRASIL?

UMA BOA LEITURA DOS ESCRITOS DA CHAMADA ESCOLA DE FRANKFURT, E TAMBÉM DE VICTOR KLEMPERER, AJUDARIA MUITO OS QUE SE IMAGINAM PENSADORES, A DESCONFIAR DAS TÉCNICAS DE OCULTAÇÃO QUE APARECEM NA IMPRENSA, SOBRETUDO AQUELA MANCOMUNADA COM OS DONOS DO PODER.

RR


São Paulo, quinta-feira, 28 de maio de 2009



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PF vê ligação de libanês com a Al Qaeda
Investigação indica que sua função não estava ligada ao braço armado da organização; advogado aponta "precipitação" da polícia


Segundo as interceptações, homem detido no mês passado dizia ser integrante da Al Qaeda; FBI alertou brasileiros em fevereiro


LUCAS FERRAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Investigações da Polícia Federal sobre a atividade do libanês K. chegaram à conclusão de que ele tem ligações com a organização terrorista Al Qaeda.

K., acredita-se, é o responsável mundial pelo "Jihad Media Battalion", uma organização virtual que é usada como uma espécie de relações públicas on-line da Al Qaeda, propagando pela internet, em árabe, ideais extremistas e incitando o povo muçulmano a combater países como os EUA e Israel. Para a PF, K. não é membro da alta hierarquia da Al Qaeda.
De São Paulo, sempre segundo a avaliação da cúpula da PF, o libanês mantinha contato com pessoas ligadas à organização terrorista em pelo menos quatro países, um deles da Ásia.
Sua função não estava ligada ao braço armado da organização, mas a PF suspeita de que ele tenha tratado, em discussões pelo fórum, de alvos potenciais de atentados, chegando a distribuir tarefas a outros membros da organização.

Segundo as investigações, K. agia só, o que descarta, portanto, para as autoridades, a participação de algum brasileiro.

Nas intercepções feitas pela PF, o libanês foi flagrado dizendo ser integrante da Al Qaeda, que tem como líder máximo Osama bin Laden, o terrorista mais procurado do planeta.

As autoridades brasileiras foram informadas da atuação do libanês em fevereiro, em informações repassadas pelo FBI, o equivalente norte-americano da PF. Na ocasião, o FBI já tinha a identificação do IP do computador de onde o libanês coordenava a rede.

O advogado do libanês, Mehry Daychoum, diz que houve "confusão" e "precipitação" da PF e nega relação de seu cliente com qualquer organização "paramilitar ou terrorista": "Ele cometeu a infelicidade de emitir comentários na internet, jamais imaginando que isso pudesse ser crime no Brasil".

Na edição de terça, o colunista da Folha Janio de Freitas informou que um integrante da alta hierarquia da Al Qaeda tinha sido preso no Brasil. Para preservar o sigilo da operação, escreveu o jornalista, a PF atribuiu a prisão a uma investigação sobre células nazistas.

O ministro Tarso Genro (Justiça) disse que o governo não trabalhava com a hipótese de K. ter relações com a Al Qaeda. O presidente Lula demonstrou irritação ao falar do caso.

Segundo disseram à Folha autoridades brasileiras, o governo queria manter sob sigilo a suspeita da ligação de K. com a Al Qaeda, principalmente por causa da pressão internacional.

Por isso sua prisão foi divulgada como consequência de uma suposta "propagação de mensagens com conteúdo racista pela internet", segundo a nota da PF. O libanês foi indiciado por crime de racismo.

Autoridades americanas têm pressionado o Brasil por não haver em lei a tipificação do crime de terrorismo. Para Tarso, não é preciso mudar a legislação, pois atos terroristas podem ser enquadrados nas leis comuns. O debate já chegou a ser travado no Ministério da Justiça. Mas a preocupação do governo é que a criação de uma lei desse tipo possa criminalizar movimentos sociais.

K. vive no Brasil com a mulher e filha, ambas brasileiras. Detido em 25 de abril, ele passou 21 dias preso por ordem do juiz da 4ª Vara Federal Criminal, Alexandre Cassettari. Agora, mesmo em liberdade, o libanês segue sendo monitorado.

Em nota, a assessoria da Justiça Federal disse que a investigação da PF apontou indícios de que K. atuava como membro da "organização extremista" Jihad Media Battalion, além de ter ligações "com outros grupos". Segundo a Justiça, "as diligências policiais constataram, também, a associação de aproximadamente 34 membros cadastrados, o que caracterizaria a formação de quadrilha". O Ministério Público ainda não decidiu se oferecerá denúncia contra K.

Ontem, a Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou requerimento que convida representantes da PF e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para discutir a prisão de K -com data a ser definida.