01/06/2009 - 19h45
Explosão de bomba pode ter derrubado avião da Air France, diz Le Figaro
CLAUDIO DE SOUZA
Editor de UOL Carros
Editor de UOL Carros
Uma entrevista publicada no site do jornal francês Le Figaro nesta segunda-feira (1) acrescenta o terrorismo às hipóteses sobre o desaparecimento, enquanto sobrevoava o oceano Atlântico, do Airbus 330, que fazia o voo 447 (Rio de Janeiro-Paris) da Air France.
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Último título do site do Figaro afirma que uma bomba poderia ter explodido o avião; acima, Sarkozy diz não excluir nenhuma hipótese
Segundo um piloto da própria Air France, que concordou em falar ao Figaro mas pediu anonimato, "pode-se muito bem imaginar que uma bomba tenha provocado a despressurização do avião, e que então ele tenha se desfeito em pedaços". Este, no entanto, é somente um dos cenários imaginados pelo profissional, e que envolveria um artefato de pequeno poder explosivo. Outra possibilidade é a de que uma bomba muito maior tivesse destruído o avião de uma só vez.
"Poderia ser [também] uma bomba grande, que tenha explodido todo o avião. Isso explicaria o fato de a aeronave não ter tido tempo de enviar um sinal de alerta", afirmou o piloto ao jornal. O Figaro, de linha editorial conservadora, é um dos dois jornais mais importantes da França (o outro é o Le Monde).
A hipótese de o avião da Air France ter sido vítima de um atentado, segundo esse piloto, é mais plausível do que a de um raio tê-lo atingido e causado o acidente -- algo que foi aventado pelo ministro dos Transportes da França, Jean-Louis Borloo. "Na história da aviação, não se conhece atualmente casos de raios que culminem com a perda de uma aeronave", disse o piloto.
Uma pane elétrica de algum tipo no Airbus é outra hipótese da qual o piloto ouvido pelo Figaro prefere desconfiar. Segundo ele, cada avião conta com cinco fontes de eletricidade, e todas elas teriam de falhar para que seu controle ficasse totalmente comprometido. "Seria preciso que todas elas estivessem com problemas, o que me parece difícil", apontou.
Por fim, o piloto da Air France disse que há indícios claros de que uma forte turbulência atingiu o avião, e que a provável tragédia do voo AF 447 aconteceu depois dela. Mas concluiu: "Na verdade, o que é quase certo é que não se saberá jamais o que realmente se passou. O avião estava sobrevoando o Atlântico e seus destroços podem estar espalhados por 10 km no mar."
"Poderia ser [também] uma bomba grande, que tenha explodido todo o avião. Isso explicaria o fato de a aeronave não ter tido tempo de enviar um sinal de alerta", afirmou o piloto ao jornal. O Figaro, de linha editorial conservadora, é um dos dois jornais mais importantes da França (o outro é o Le Monde).
A hipótese de o avião da Air France ter sido vítima de um atentado, segundo esse piloto, é mais plausível do que a de um raio tê-lo atingido e causado o acidente -- algo que foi aventado pelo ministro dos Transportes da França, Jean-Louis Borloo. "Na história da aviação, não se conhece atualmente casos de raios que culminem com a perda de uma aeronave", disse o piloto.
Uma pane elétrica de algum tipo no Airbus é outra hipótese da qual o piloto ouvido pelo Figaro prefere desconfiar. Segundo ele, cada avião conta com cinco fontes de eletricidade, e todas elas teriam de falhar para que seu controle ficasse totalmente comprometido. "Seria preciso que todas elas estivessem com problemas, o que me parece difícil", apontou.
Por fim, o piloto da Air France disse que há indícios claros de que uma forte turbulência atingiu o avião, e que a provável tragédia do voo AF 447 aconteceu depois dela. Mas concluiu: "Na verdade, o que é quase certo é que não se saberá jamais o que realmente se passou. O avião estava sobrevoando o Atlântico e seus destroços podem estar espalhados por 10 km no mar."