quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Demagogia, frases de efeito e vitimização, ou seja: o de sempre
O discurso de Lula neste circo montado em Copenhague naõ fugiu da regra dos costumeiros discursos de Lula: repleto de demagogias, frases pobres de efeito e a velha divisão que ele gosta de pregar: os ricos maus e os pobres oprimidos.
Lula diz em Copenhague que o 'veredicto da História não poupará os que falharem'
Publicada em 17/12/2009 às 13h47m
O Globo e Globonews
RIO - O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um curto e enfático discurso, de cerca de sete minutos, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em Copenhague nesta quinta-feira, no qual deu seu recado aos países desenvolvidos. Disse que eles devem assumir "metas à altura das suas responsabilidades históricas".
- É inaceitável que os países menos responsáveis pelo aquecimento global sejam as principais vítimas. E os efeitos da mudança climática já se fazem sentir sobre tudo pelos países mais pobres. O combate à mudança do clima não pode se confirmar com a perpetuação da pobreza.
Lula argumentou ainda que a preservação do Protocolo de Kioto é "absolutamente necessária" e disse que a a hora de agir é esta.
- O veredicto da História não poupará aqueles que faltarem com suas responsabilidades neste momento.
Ao afirmar que a COP-15 não é um jogo no qual as cartas podem ser escondidas na manga, pediu para que todos joguem limpo.
- Ao final da partida, poderá ser tarde demais e todos seremos perdedores - disse.
O presidente disse que o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) recomenda uma redução de 25% a 40% nas emissões dos gases causadores do efeito estufa até 2020. Mas Lula disse que "se quisermos ser ambiciosos, devemos almejar o patamar de 40%". Para isso, o presidente do Brasil afirmou que vai investir US$ 160 bilhões no combate ao aquecimento global, mas exigiu que os países desenvolvidos assumam suas responsabilidades.
- Não é uma proposta para barganhar. Outros países em desenvolvimento também apresentaram propostas ambiciosas. Mas elas só acontecerão se o fundo de ajuda para combater o aquecimento não for só uma promessa, quase uma miragem - disse o presidente.
Míriam Leitão: Presidente fez discurso objetivo e preciso em Copenhague
Em sua fala, o presidente apontou que os recursos para um fundo climático global não podem vir em grande medida de mecanismos de mercado, conforme estariam propondo na mesa de negociações os países desenvolvidos.
- Mecanismos de mercado podem ser muito úteis, mas nunca terão magnitude ou previsibilidade que realmente queremos - argumentou ele, referindo-se ainda à indefinição de quanto os países desenvolvidos irão desembolsar para o fundo climático em formação na COP 15: - A fragilidade de uns não pode servir de pretexto para recuo de outros.
Não sei, mas creio que no mundo de Lula (seja ele quadrado ou redondo) os efeitos do clima atingem de maneira mais dramática os países pobres. Não vou entrar em detalhes sobre o tom apocalíptico dado pelo aquecimento global e suas causas (já que muitos cientistas divergem quanto as principais causas: atividade humana versus efeitos geofísicos), vamos tomar por base que os amantes da teoria apocalíptica do aquecimento global estejam certos, a fala de Lula é totalmente incoerente. O clima afeta o planeta de maneira uniforme, é estúpido afirmar que Brasil, México e Índia sofram mais que os Estados Unidos, Alemanha e Japão, por exemplo. A responsabilidade dos países "pobres" é a mesma dos países ricos (veja como Lula sempre faz o mesmo discurso - troque países pobres por nordeste e países ricos "opressores" por sul e sudeste). Pegue o Brasil, por exemplo, possui um transporte público medonho em todas as capitais e grandes cidades, em contrapartida a indústria nacional produz milhares de automóveis todos os anos (estima-se que 500 veículos sejam emplacados por mês só na cidade de São Paulo) com direito a redução do IPI sobre autos por parte do governo federal. Caminhões correspondem por quase 80% do transporte de cargas pelo país, enquanto países como Japão, Estados Unidos e Alemanha esta porcentagem corresponde a trens e balsas. Lembrando que estamos em dos países com maior capacidade hidrográfica do mundo.
No que diz respeito a preservação ambiental então nem se fale, o Brasil é um dos campeões em desmatamento de áreas, mesmo preservadas, principalmente pelo MST e pela “nobreza” nacional (deputados, senadores e afins) que adoram montar suas mansões e casas de praia em áreas de preservação ambiental. No perímetro urbano é vergonhoso comparar. Enquanto nas grandes cidades brasileiras a presença de grandes parques seja cada vez menos freqüentes (e sua manutenção seja precária) o mesmo não ocorre nos países ricos. Em uma grande cidade norte-americana como Boston e Nova Iorque é comum se deparar com grandes parques dentro das cidades e com a fauna nativa, como esquilos, em plena cidade, coisa muito diferente do que ocorre no Brasil.
Mas Lula sempre fará discursos demagógicos e com frases raquíticas de efeito para deleite dos bajuladores nacionais que exaltarão o presidente como senhor do mundo, que deu uma lição nos países ricos. Lula já inventou o Brasil, agora cabe inventar o mundo. “Ele criou o mundo (quadrado) e no sétimo dia bebeu e descansou (mas fez isto também no primeiro, segundo, terceiro, quarto...)