quarta-feira, 27 de abril de 2011
Revival a decada de 1980 esta de volta!
(Mais ativo do que gostaria, mas diante da enxurrada de notícias escabrosas nos jornais brasileiros não me contive novamente talvez seja a primavera... não sei)
(acentos corretos cortesia do corretor do blogger e de minha paciência em corrigir cada palavra)
Não me refiro a filmes, músicas e etc, mas a situação econômica no Brasil. Pelo que tenho lido nos jornais brasileiros e nos blogs que acompanho a inflação está de volta com tudo, uma conquista indiscutível do governo do PT com direito a declarações bizarras e infantis da “presidenta” afirmando que monitorará a inflação dia e noite, como se este fosse um fenômeno espetacular que é combatido com vigilância presencial. A equipe de Dilma (entenda o PT) está perdida não sabe o que fazer. O desemprego está explodindo, ao que parece os empregos na construção civil e prestação de serviço (em especial nos Call Centers) devem estar em extinção. Para completar a autossuficiente Petrobrás está racionando gasolina por falta de etanol, ou seja, o coquetel caro e batizado está com falta de um ingrediente. Sarney continua firme e forte no governo, talvez esteja aconselhando Dilma, logo estarão de volta as fiscais do Sarney em sua nova versão “as companheiras da presidenta”.
Não é surpresa para muitos, entretanto, para os acólitos, militantes petistas e alienados a estrutura de seu mundo deve estar ruindo. Não tenho notado mais na parte de comentários dos jornais a militância eletrônica com comentários agressivos e arrogantes nestas seções do jornal, eles parecem evitar certas notícias. No twitter de um conhecido, expoente das profundezas dos pensamentos petistas e de esquerda (tem de tudo lá: antiamericanismo, chavismo, bolivarismo, odes ao terrorismo islâmico e claro um culto ao lulismo e ao petismo, em suma o pacote completo) ele estranhamente parou com as bravatas, se limita a ofender os Estados Unidos e comemorar o esvaziamento do PSDB e do DEM para a formação do mais novo PMDB o tal PSD onde reunirá os que eram oposição por obrigação que estão loucos para venderem seu apoio ao governo. Até nisto ele é míope, se ele realmente se preocupou com a oposição do PSDB e do DEM algum dia ante ao governo petista o grau de compreensão dele é realmente muito estreito.
A bolha ainda não estourou, não devemos esquecer os bilhões em empréstimos do BNDES e os heróis brasileiros e consumidores ávidos a classe “C”, aqueles magos das finanças que com ganhos familiares até 2.800,00 reais conseguem comprar: carros, casas, eletrônicos de alta tecnologia (computadores, notebooks, celulares, televisões de LCD, LED, Plasma, 3D), eletrodomésticos, assinar TV paga e agora viajar para o exterior além de freqüentar resorts de luxo, claro que baseado nas reportagens triunfantes com economistas e empresários do “ramo” que alegam voltar seu produto para estes novos ricos. Apenas lembrando que quando fazem estas coisas costumam pegar empréstimos em bancos e financeiras, o Panamericano e Silvio Santos que o digam.
Enquanto isto a companheirada e os neo-aliados vão se ajeitando: Delúbio está para voltar com as bênçãos de Lula, Renan Calheiros está no conselho e ética do senado, Sarney continua firme e forte mandando e desmandando, as centrais sindicais estão com as burras cheias e seus líderes mais prósperos do que nunca, o MST continua recebendo verbas e até mimos como 600 quilos de carne diários de governadores companheiros com os comprimentos do “contribuinte” (que não tem escolha é obrigado a pagar, portanto o termo contribuinte é indecente). As estradas continuam matando, a violência e os assaltos aumentando, recém-nascidos estão sendo despejados em todos os lugares: mato, caçambas, lixeiras de banheiros, quintais...
As tais obras para a Olimpíada e para Copa estão propositadamente atrasadas para que as empreiteiras parceiras possam fazê-las sem licitações e assim a espiral de corrupção aumentar, com certeza a “taxa de sucesso” será bem maior do que 6%. Sem mencionar que o Brasil potência do PT é o mesmo Brasil dos tempos do império: exportador de commodites, só que não mais para Inglaterra, agora é literalmente um negócio da China. Além das teses fenomenais do presidente da câmara dos deputados defendendo o plantio de maconha comunitário para usuários e um ministro do STF que defende a invasão de domicílios por forças federais para procurar armas. Se lembrarmos da carga tributária no fim desta questão... além disto elevar o chamado “custo Brasil” encarece o preço de tudo. O custo de vida no Brasil é mais caro do que a maioria dos países de primeiro mundo. São recordes como: o preço mais elevado de carro, gasolina, preço de imóveis, cinema, shows, energia elétrica, restaurantes, comida, estacionamento, escolas, telefonia, TV paga, banda larga, pedágios e até o Big Mac! Para piorar não segue a regras de mercado, pois a qualidade dos produtos e serviços não acompanha o preço. E o que é feito destes impostos? Mais da metade vão diretamente para os cofres federais para pagar companheiros lotados na máquina estatal inchada, cartão corporativo, adoçar centrais sindicais, “movimentos sociais” e claro o que recheia malas, roupas íntimas, e as contas clandestinas de companheiros, aliados, simpatizantes e bajuladores de todas as matizes.
O mais curioso é que continuo lendo matérias de escárnio sobre a economia americana na imprensa brasileira. Realmente para os padrões americanos a situação não é das melhores. Obama tem confirmado todas as impressões iniciais sobre ele: despreparado para o cargo, alçado a presidência por uma onda de sorte e oba-oba, um impostor que já “cumpriu o seu papel” histórico no imaginário mundial: o primeiro negro a se tornar presidente dos Estados Unidos, uma potência mundial. Ouso a dizer que Hillary Clinton também “faria história” e se sairia uma presidente infinitamente melhor do que Obama, o desastre não é maior por conta de suas intervenções no governo, vou além: o cidadão americano deve desde já torcer para que nas primárias democratas Hillary derrote Obama (o que de fato deverá acontecer) e que Donald Trump seja igualmente derrotado nas primárias Republicanas (além de Sarah Palim e Christine O’Donnell tirarem licença sabática durante a campanha) caso contrário o país continuará patinando.
Mesmo assim não há racionamento de combustíveis, tão pouco 55 mil assassinatos por ano, a cada feriado não se conta o número de mortos em estradas, o desemprego está na casa de 5% e a inflação e recessão americana se parece com o começo do Plano Real no Brasil. O perrengue americano se resume no seguinte: os “Summer Jobs” ou trabalhos de meio período não são mais suficientes para alimentar os sonhos de consumo rápido dos jovens americanos, o rapaz ou a garota de classe média ao completar 16 anos ou entrar na faculdade não ganha mais o seu carrinho na garagem; não dá mais para trocar ou adquirir rapidamente a novidade tecnológica assim que ela sai, pelo menos, para parte da classe média americana. Aquelas cenas de famílias morando em trailers ou em estacionamentos dentro de seus carros fazem parte de um passado que o americano tem calafrios ao lembrar e teme ver novamente. Para muitos os Estados Unidos estão longe de ser um paraíso na terra, mas comparado com o Brasil é o mais próximo de um paraíso. Principalmente se você morar em uma cidade pequena com pouco mais de 15 mil habitantes há menos de 100 km de Boston.
Não estou surpreso de forma alguma com o que está ocorrendo no Brasil, de fato já previa isto, tanto que tratei de me mandar, sim a grama do vizinho realmente é mais verde. O que surpreende (um pouco, bem pouco) é a continua passividade e comportamento bovino da sociedade brasileira que assiste a tudo calada e inerte.