domingo, 24 de abril de 2011
Como no Brasil ... tudo a direita
Por Joana Lopes, Portugal Blog Entre as brumas da memória, aqui
O Miguel Serras Pereira diz que Ferro Rodrigues meteu a lógica na gaveta. Está bem visto e eu explico por outras palavras.
Em entrevista à RTP, ontem à noite (eu ouvi), o trunfo do PS na lista de candidatos por Lisboa defendeu que se impõe uma maioria forte no Parlamento, impossível de concretizar por um acordo político à esquerda, porque «aquilo que os partidos de extrema-esquerda fizeram durante este ano e meio foi colaborarem com a direita em relação à queda do governo PS».
Em forma de silogismo, já que Lógica é comigo:
- O PS tem de fazer acordos para uma maioria no Parlamento, à esquerda ou à direita
Em entrevista à RTP, ontem à noite (eu ouvi), o trunfo do PS na lista de candidatos por Lisboa defendeu que se impõe uma maioria forte no Parlamento, impossível de concretizar por um acordo político à esquerda, porque «aquilo que os partidos de extrema-esquerda fizeram durante este ano e meio foi colaborarem com a direita em relação à queda do governo PS».
Em forma de silogismo, já que Lógica é comigo:
- O PS tem de fazer acordos para uma maioria no Parlamento, à esquerda ou à direita
- Não pode fazê-los com a esquerda porque esta se aliou à direita
- Logo, terá de aliar-se à direita.
Quem teme que Ferro Rodrigues roube votos à esquerda da esquerda talvez possa preocupar-se com outros perigos. Ontem (e não só…), pareceu bem firme naquilo ao que vem, nestes primeiros dias do resto da sua vida.
P.S. - Para evitar falsos argumentos que já me chegaram no Facebook: o que estava em questão, na conversa, eram acordos PÓS-eleitorais e, que eu saiba, a esquerda da esquerda vai a votos.