Maioria dos homens gostaria
que a namorada dividisse a conta
que a namorada dividisse a conta
O
estudo foi realizado nos Estados Unidos, mas o resultado talvez não
fosse muito diferente se a amostra tivesse sido composta por
brasileiros: de acordo com pesquisa apresentada na reunião anual da
Associação Americana de Sociologia, 64% dos homens gostariam que suas
namoradas se oferecessem para dividir a conta num jantar. Das mulheres,
57% disseram que se oferecem para pagar, mas dessas, 39% fazem a oferta
esperando que o homem vá recusá-la.
Os
autores, David Frederick, da Universidade Chapman, Janet Lever, da
Universidade Estadual da Califórnia, e Rosanna Hertz, do Wellesley
College, conduziram a pesquisa entre 17 mil respondentes. Outros dados
levantados mostram que 44% dos homens deixariam de namorar uma mulher
que nuca se oferece para dividir a conta, embora 76% dissessem se sentir
culpados em aceitar dinheiro da namorada.
No
geral, a disposição das mulheres em compartilhar despesas aumenta com o
tempo de relacionamento: apenas 40% das pessoas entrevistadas disseram
que as contas de jantar eram divididas no primeiro mês, mas 74% dos
homens e 83% das mulheres disseram dividir os gastos depois de seis
meses.
Até a qualidade da música
é julgada com os olhos
é julgada com os olhos
O
pesquisador Chia-Jung Tsi, do University College London, pediu a
voluntários – incluindo músicos experientes e iniciantes – que
avaliassem as performances dos finalistas de dez importantes concursos
internacionais de música erudita, e tentassem adivinhar quais tinham
sido os ganhadores. Para tanto, foram apresentados ou clipes de vídeo
contendo trechos de som e áudio de cada performance, ou apenas o áudio,
sem imagens, ou apenas o vídeo, sem a trilha sonora.
Todos
os participantes declararam que o som seria a parte mais importante da
avaliação, mas no fim, a maior proporção de palpites corretos veio,
tanto no caso dos especialistas quando dos iniciantes, das pessoas que
assistiram apenas ao vídeo mudo – sem áudio.
“Este
conjunto (...) de experimentos sugere que o juízo dos novatos espelha o
dos profissionais; tanto novatos quanto especialistas julgam a
performance musical de modo rápido e automático, com base em informação
visual”, escreve o autor, em artigo publicado no periódico PNAS. Ele
acrescenta que o resultado tem “significado prático estatístico”,
apontando para uma primazia das preferências visuais “mesmo nos níveis
mais elevados de perícia musical”.
Chia-Jung
especula que a primazia do visual pode ter surgido na evolução da
espécie por boas razões, mas que “quando essas decisões envolvem outras
informações com mais poder de prever desempenho, seja na contratação de
funcionários, em consultas médicas ou na escolha de líderes políticos,
temos de tomar cuidado com nossa tendência de confiar na informação
visual, com o sacrifício outros conteúdos mais relevantes”.
Mais antigos artefatos de
ferro nasceram no espaço
ferro nasceram no espaço
Nove
pequenos cilindros de ferro, usados como joias no antigo Egito há mais
de 5 mil anos – cerca de 2 milênios antes que a tecnologia para fundir o
metal fosse desenvolvida – tiveram origem no espaço: foram feitos de
material que chegou à Terra em meteoritos.
Atualmente
em exibição no Museu Petrie, do University College London (UCL), os
cilindros foram produzidos da seguinte forma: fragmentos de metal foram
martelados até se reduzirem a folhas delgadas, que então foram enroladas
para dar forma às contas que, depois, acabaram usadas como parte de um
colar que apresentava também pedaços de ouro e pedras preciosas.
A
origem meteorítica das contas de ferro, descobertas numa escavação em
1911, foi determinada por uma equipe liderada pelo arqueólogo Thilo
Rehren, do UCL Qatar, um campus avançado da instituição britânica no
Oriente Médio, e apresentada em artigo publicado no periódico Journal of
Archaeological Science. As joias estavam numa tumba de 5.200 anos
atrás.
Em nota distribuída pela
universidade, Rehren diz que o resultado mostra que os metalurgistas da
época já sabiam como trabalhar o ferro meteorítico, composto de uma liga
de ferro e níquel muito mais dura que o cobre, o metal mais comum da
época. Isso sugere que, quando o ferro finalmente passou a ser fundido,
milênios depois, já havia uma boa experiência acumulada sobre como lidar
com o metal.
A equipe de Rehren usou
feixes de raios-X, nêutrons e raios gama para analisar em detalhe os
cilindros, e determinou que eles continham, além de ferro e níquel,
altas concentrações de cobalto, fósforo e germânio, em quantidades
características do ferro vindo de meteoritos. Essa mesma análise
permitiu que os pesquisadores vissem a estrutura interna dos cilindros,
descobrindo que haviam sido produzidos a partir de folhas de ferro
enroladas.